25/05/2010 - 15h37

Marina fala em manter política econômica, mas adotando ações de sustentabilidade

Camila Campanerut
Do UOL Eleições
Em Brasília

A pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, afirmou nesta terça-feira (25) que, se eleita, pretender dar continuidade à atual política econômica adotada pelo país, reforçá-la com ações de sustentabilidade, além de olhar com ressalvas as relações bilaterais com o Irã – em cujo mandatário a senadora diz não confiar.

“Em política econômica, não defendemos aventura, não podemos abrir mão da estabilidade econômica conquistada nos últimos 16 anos. A autonomia do Banco Central pode continuar sem institucionalização. Manter o câmbio flutuante também é fundamental. É preciso pensar que o que fez o Brasil atravessar a crise foi o câmbio e as reservas. Também vamos dar continuidade às políticas de controle da inflação, que hoje é feita apenas com controle de juros e não com redução do gasto público”, afirmou.

Para a senadora, a economia de baixo carbono não é incompatível com os interesses da indústria e da agricultura. Ela avalia que o próprio Estado pode auxiliar no desenvolvimento da economia verde no que se refere ao investimento de práticas sustentáveis e compras dos empresários que já trabalham com os conceitos de proteção ambiental.

Sobre a revisão do código florestal em tramitação no Congresso Nacional, Marina Silva considera que ele diminui a proteção das florestas.

“O que está em debate é tirar competências da União na regulamentação das APAs [Área de Proteção Ambiental], encostas de morro, matas ciliares e transferir competências para que cada Estado possa legislar. Tenho posição contrária ao que está em tramitação, ajustes que precisam ser feitos para integrar avanços da Constituição de [19] 88”, explica.

Álbum de fotos

Irã

“Não podemos dar audiência para um dirigente que não respeita os direitos humanos, que tem presos políticos, que nega o holocausto”, afirmou Marina, sobre o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad.

Segundo a pré-candidata, é preciso ficar atento à possibilidade de Ahmadinejad “romper com a tradição histórica” do país de querer construir uma bomba atômica, “algo que o Brasil não pode compactuar”, disse.
 

Compartilhe:

    Sites relacionados

    Siga UOL Eleições

    Hospedagem: UOL Host