25/05/2010 - 13h21

Dilma nega que Brasil tenha sido ingênuo no acordo com Irã

Camila Campanerut
Do UOL Eleições
Em Brasília

A pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, afirmou nesta terça-feira (25), em Brasília, que pretende ampliar ainda mais os feitos conquistados na política externa pelo atual governo petista. Em referência à atuação do Brasil no acordo nuclear do Irã, a ex-ministra ponderou que, diferentemente das críticas internas e externas, a atuação do Brasil não foi ingênua e privilegiou o diálogo em vez de sanções.

“Acho que, sob qualquer aspecto, as relações são muito virtuosas, o Brasil não demonstrou ingenuidade (...) [Representou] uma busca efetiva de construção de relações que independente das diferenças que Estados tenham entre si, é possível construir o acordo e não o desacordo”, afirmou em entrevista durante evento realizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).

“Acho que o Brasil fez o movimento correto ao se aproximar dos seus vizinhos da América Latina e fortalecer o Mercosul (...) Continuarei com a política multilateral do Brasil e a ampliarei”, disse Dilma.

Segundo a presidenciável, as relações com a Europa e os Estados Unidos, parceiros comerciais tradicionais do país, também foram intensificadas. O destaque foi o aumento nos projetos conjuntos com os países africanos e asiáticos, em especial, a China.

Resposta a Serra

Álbum de fotos

Dilma rebateu seu adversário do PSDB, José Serra, segundo quem só aceitaria indicação técnica para compor a governança de agências reguladoras. "Queremos agências profissionais? Eu quero. Queremos agências com critério técnico? Eu quero. Não é acabar com indicação política, é exigir da indicação política critérios técnicos", explicou.

Projetos de governo

A pré-candidata voltou a defender sua proposta anunciada anteriormente de criar um ministério para as micro, pequenas e médias Empresas. No entanto, não detalhou como a nova pasta iria funcionar, mas ressaltou a importância de investir na educação e na melhoria das condições de trabalho, salário e formação dos professores que são a base dos futuros empresários.

A petista também demonstrou interesse em promover uma reforma fiscal e tributária e um reajuste das contas públicas que beneficie a todos.

“Há uma oposição entre custeio e investimento que não é real do ponto de vista da atividade e do exercício de uma política que quer elevar um investimento. Tem cortes do custeio que comprometem política de investimentos, por exemplo, na formação de professores. Ninguém vai fazer política de inovação do investimento sem apostar na educação”, disse.

Referente à ”boa herança” da gestão de Lula, a presidenciável reafirmou que o seu avanço junto ao eleitorado, segundo os institutos de pesquisa, se devem à atuação nos projetos de sucesso do governo. “Eu acredito que eu tenha em relação à população um grande ativo. Eu fiz, eu sei como fazer, eu não só prometo”, disse.

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