Diário de bordoUOL visita cidades e mostra curiosidades da disputa eleitoral

Equipes de reportagem do UOL percorrem todos os Estados do Brasil na mais extensa cobertura de eleições municipais já feita pelo portal. O projeto visa dar voz ao eleitor de cidades que normalmente não entram no foco principal da mídia nacional durante a campanha eleitoral. Eleitores, moradores, cidadãos, dizem o que esperam dos próximos prefeitos, que melhorias querem para suas cidades, o que pensam da política, que valor dão para a escolha de seus candidatos. Iniciativas exemplares de cidadania, indignação com a política, descrença, sotaques de norte a sul do país: o UOL Pelo Brasil pretende mostrar um grande retrato das diferenças culturais do país, da diversidade de ideias e das expectativas do povo brasileiro

Democracia ou revolução?

Quem escuta o rádio em Pacaraima pode duvidar que do lado venezuelano existe uma democracia. Os locutores da rádio comunitária de Santa Elena de Uiarén, de orientação chavista, falam em “batalha de 7 de outubro” para se referir ao dia da eleição e “nossa revolução tem que continuar” para pedir a reeleição de Hugo Chávez. Eles se referem aos opositores como “os esquálidos”. (por Rodrigo Bertolotto)

Apagão na sinalização de Boa Vista

Em Boa Vista, os faróis queimados são tantos que já viram referência para indicar a direção do aeroporto, da estrada para Manaus ou para a Venezuela. “Passa o segundo farol queimado e pegue a primeira à direita”, é uma instrução compreensível e muito prática. Veja a reportagem completa sobre Pacaraima (RR). (por Rodrigo Bertolotto)

Um fuso horário muito louco

A Venezuela está meia-hora atrás do horário de Roraima, o que causa uma sensação estranha para quem está atravessando a fronteira com hora marcada. Ou seja, é um meio-fuso, e você pode estar às 13h15 ou 13h45, dependendo do lado que estiver. Veja a reportagem completa sobre Pacaraima (RR). (por Rodrigo Bertolotto)

Um fuso horário muito louco - Denis Armelini/UOL

Posto policial é o terror

Alcabala é o nome na Venezuela para os postos de controle nas rodovias. E eles são muitos. Só na região de Santa Elena de Uairén há três, com soldados abrindo porta-malas, revistando bagagens e, por vezes, pedindo propina se encontrarem algo suspeito. O estado policialesco é apontado como um obstáculo para o potencial turístico do país. Os visitantes do Amazonas ou de Roraima enfrentam por estrada mais de 20 alcabalas até chegarem às praias caribenhas de Isla Marguerita. Perto da fronteira venezuelana com o Brasil também se localiza a catarata Salto Angel, considerada a cascata mais alta do mundo, com 979 metros de queda. Também tem alcabalas para chegar a ela. Veja a reportagem completa sobre Pacaraima (RR). (por Rodrigo Bertolotto)

A minha cerveja eu quero bem suja

Que tal uma caipirinha de cerveja? A receita é popular no Brasil equatorial, ainda mais em Porto Velho. E o nome comercial da mistura é bem chamativo: “cerveja suja”. Misture a loira com gelo picado, limão e sal e sirva em locais em que a temperatura ambiental é 37ºC ou 38ºC. A bebida é a mais vendida no Arraial Flor do Maracujá, a maior festa junina da Amazônia, que acontece na capital rondoniense. A principal atração é a competição de quadrinhas, em que cinco jurados votam qual o melhor conjunto de dançarinos. (por Rodrigo Bertolotto)

A minha cerveja eu quero bem suja - Rodrigo Bertolotto/UOL

De costas para o rio, na pista do aeroporto

Porto Velho dá as costas ao rio Madeira. Ao contrário de outras cidades amazônicas, não há um calçadão ou avenida beira-rio para os moradores passearem no final do dia, quando o sol de rachar dá uma folga. A solução local foi interditar uma das pistas do aeroporto e transformá-la em local para corridas e exercícios. (por Rodrigo Bertolotto)

De costas para o rio, na pista do aeroporto - Noelle Marques/UOL

Casas condenadas viram residências de final de semana

A marola (banzeiro, na gíria amazonense) causada pela construção da hidrelétrica de Santo Antônio causou erosão na beira do rio Madeira e obrigou muitos moradores do bairro Triângulo a abandonar as casas condenadas. A prefeitura marcou com um “x” as casas que vão ser derrubadas. Abrigados em albergues e pensões, os proprietários voltam para suas antigas residências para matar a saudade e alimentar os bichos de estimação que não tiveram outro destino. (por Rodrigo Bertolotto)

Casas condenadas viram residências de final de semana - Noelle Marques/UOL

Jesus, mania maranhense

Um dos maiores sucessos maranhenses é o guaraná Jesus. Feito à base de frutas, com toque de cravo e canela, o refrigerante é uma marca registrada de São Luís. Todos os bares e restaurantes oferecem a bebida. O sucesso foi tamanho que, em 2001, a Coca-Cola comprou os direitos da marca e é responsável pelo produto até hoje. O nome do refrigerante foi dado porque a receita foi criada pelo farmacêutico Jesus Norberto Gomes, que tentara, frustradamente, desenvolver uma fórmula de xarope. Apesar do nome sugestivo, dizem os maranhenses que ele era ateu. (por Carlos Madeiro)

Jesus, mania maranhense - Noelle Marques/UOL

Centro abandonado em São Luís

O Centro Histórico de São Luís tem 1.342 casarões, numa área tombada pelo patrimônio histórico nacional. Os imóveis foram construídos entre os séculos 18 e 19, e muitos deles estão abandonados. Segundo levantamento da Defesa Civil no início do ano, 50 deles correriam risco iminente de desabar. Segundo comerciantes do local, muitos dos proprietários desistiram de reformar os imóveis por conta da necessidade de manter a arquitetura original, o que encarece consideravelmente o custo das obras. (por Carlos Madeiro)
 

Centro abandonado em São Luís - Leandro Moraes/UOL

Um caminho quase sem retorno

Errar a entrada de uma rua em Manaus pode custar meio tanque do carro. Fora o exagero, os retornos na capital amazonense são bem complicados. Muitas vezes é preciso percorrer toda uma avenida para conseguir retornar. A estratégia de virar na próxima rua e dar a volta também não funciona: em alguns bairros, as ruas ligam uma avenida a outra sem ter conexão alguma com as ruas paralelas. (por Rodrigo Bertolotto)

Baldes e goteiras no aeroporto de Manaus

A equipe do UOL teve que redobrar a atenção ao chegar ao Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus. Diversas goteiras inundavam baldes ou criavam pequenos rios na sala de desembarque. Uma delas chamou a atenção de todos, já que se parecia muito mais com uma cachoeira. Todos os passageiros tinham que ficar atentos para não tropeçar nos baldes ou escorregar com piso molhado, e apenas uma única placa avisava que o local estava em obras. Tinha goteira até sobre a esteira que trazia as bagagens. (por Noelle Marques)

Baldes e goteiras no aeroporto de Manaus - Noelle Marques/UOL

Administração churrasqueira da cidade

Além do prefeito, outros integrantes da administração pública de Coqueiro Baixo (RS) já passaram o espeto por aí. O vereador Nestor Zambiazi, que já foi presidente da Câmara local, trabalhou em churrascarias em Marília e Pompeia, no interior paulista. Já o secretário de Obras, José Matuella, serviu em casa de Curitiba. O prefeito, Adelcio Sestari, tem ainda uma churrascaria em Cachoeira Paulista, à beira da via Dutra. (por Rodrigo Bertolotto)

Na rota da erva mate, mas cadê um pé?

Coqueiro Baixo está na “rota da erva mate”, circuito de cidades que estão próximas à rodovia RS-332 e que tem produção da erva para o chimarrão. O problema é que Coqueiro Baixo (RS) tem poucas plantações e, quando a reportagem do UOL estava por lá, as árvores estavam podadas. (por Rodrigo Bertolotto)

Combate à poluição sonora e visual dá espaço a adesivos de carros em Palmas

Um acordo entre o Ministério Público Eleitoral do Estado do Tocantins e partidos políticos com candidatos nas eleições deste ano deixou a campanha em Palmas mais silenciosa e discreta. Os partidos se comprometeram com a instituição a não usar pinturas, inscrições a tinta e fixação de placas, faixas, cartazes e outras formas de propaganda eleitoral em muros, paredes, fachadas e portões de imóveis particulares. A proibição é mantida mesmo com permissão do proprietário. Esse tipo de divulgação se mantém liberada apenas nas fachadas dos comitês de campanha. A poluição sonora também está sendo combatida na capital do Tocantins. Comícios, carreatas, passeatas e caminhadas só podem ser realizadas com prévio conhecimento da Polícia Militar (PM). O aviso precisa ser feito com no mínimo 24 horas de antecedência. Com isso, os adesivos de candidatos colocados em carros (foto) são um dos principais tipo de publicidade usados na cidade. (por Ana Paula Rocha)

Combate à poluição sonora e visual dá espaço a adesivos de carros em Palmas - Alexandre Santos/UOL

Irrigação

Nas áreas irrigáveis (1.360 hectares ao todo) de Canindé do São Francisco, é utilizada a tecnologia de irrigação por aspersão. O sistema é alimentado com água captada do rio São Francisco, através de uma estação de bombeamento que eleva as vazões de irrigação a uma altura de 170 metros, com capacidade de 1.540 litros por segundo. Hoje são plantados lá: Acerola, banana, goiaba, manga, graviola,  abóbora, aipim, amendoim, feijão de corda, milho, quiabo, tomate. (por Carlos Madeiro)

Irrigação - Leandro Moraes/UOL

Cânions

Uma das atrações de Canindé do São Francisco é o passeio de barco aos cânions do rio São Francisco. O passeio no catamarã, que custa R$ 70, dura em média três horas, com direito a parada numa piscina natural para mergulho. Formado por um vale profundo, com 65 km de extensão e 170 metros de profundidade, os cânions formaram uma paisagem única no maior rio nordestino, mais conhecida na região como "Velho Chico". (por Carlos Madeiro)

Cânions - Leandro Moraes/UOL

Cajuína pode acabar

Maria Cosson, 82, é famosa na cidade de Xapuri por causa dos doces, biscoitos e refrescos que faz na própria casa. Ela usa e abusa de ingredientes típicos da região, como a castanha, o cupuaçu e o caju. Este dá origem à cajuína, um suco doce e refrescante, mas que pode estar com os dias contados por lá. Cosson conta que todas as outras pessoas que fabricavam a bebida já morreram e só sobrou ela e, por conta do processo de produção ser lento e exigir muito esforço físico, a doceira prevê parar de fazer até o final do ano. (por Noelle Marques)

GPS não localiza

Na saída de Rio Branco (AC) para Xapuri, a equipe de reportagem do UOL não conseguiu contar com o auxílio do GPS. O aparelho encontrava o destino, mas não identificava nenhuma via que ligasse um local ao outro. Para ele, não existe a BR-317, que liga o Brasil à Bolívia e ao Peru. Se for só depender daquele GPS, o turista nunca vai achar o caminho para Machu Pichu pela novíssima rota de chegar à cordilheira dos Andes. (por Noelle Marques)

GPS não localiza  - Noelle Marques/UOL

Aeroporto transparente

No Aeroporto Internacional de Rio Branco, Plácido de Castro, o passageiro consegue ver como sua mala é “tratada” pelos carregadores. Uma televisão mostra, ao vivo, o funcionário descarregando as bagagens na esteira do lado de fora. Veja a reportagem completa do UOL pelo Brasil em Xapuri. (por Noelle Marques)

Aeroporto transparente  - Noelle Marques/UOL

Wi-fi na floresta

Na capital do Acre, Rio Branco, a população conta com wi-fi gratuito. O Floresta Digital, nome do serviço, utiliza conexões sem fio através de torres de rádio interligadas via satélite. Segundo o site do governo do Acre, a rede já está disponível em todos os bairros da cidade. A equipe conversou com algumas pessoas que confirmaram que o serviço funciona bem no centro, mas é deficitário nos bairros mais distantes. Veja a reportagem completa do UOL pelo Brasil em Xapuri. (por Noelle Marques)

Wi-fi na floresta  - Noelle Marques/UOL

Já comeu carne de jacaré?

Alguns restaurantes de Bonito são conhecidos pelos pratos em que o ingrediente principal é um peixe de rio típico da região, como piraputanga, pacu, pintado e dourado. Quem quiser conhecer algo exótico pode experimentar a carne de jacaré (foto), servida em alguns lugares na avenida principal, no centrinho da cidade. O gosto é suave, como o da carne de frango, mas a textura é bem mais firme. (por Gabriela Fujita)

Já comeu carne de jacaré? - Gabriela Fujita/UOL

Quatro cidades brasileiras com o nome Bonito

Um é pouco, dois é bom e... existem quatro municípios brasileiros com o nome de Bonito! Além da cidade no estado de Mato Grosso do Sul, conhecida pelas atividades de ecoturismo (foto), temos as homônimas no Pará (com 13.630 habitantes, a 150 km de Belém), em Pernambuco (com 37.566 habitantes, a 120 km de Recife) e na Bahia (com 14.834 habitantes, a 450 km de Salvador). Quem nasce em qualquer uma delas é considerado bonitense. (por Gabriela Fujita)

Quatro cidades brasileiras com o nome Bonito - Bruno Henrique Pedersoli/UOL

Rendeiras do Piauí já costuraram para ex-primeira-dama, Fernanda Lima e filha de Cláudia Raia

As rendeiras de Ilha Grande (PI) chamam a atenção de quem passa pela cidade. O ofício minucioso é aprendido ainda criança e é passado de mãe para filha. Algumas vivem apenas da renda tirada do artesanato, e, segundo Maria Galeno, presidente da Associação das Rendeiras de Ilha Grande, quase todas as mulheres da cidade sabem fazer renda. O trabalho ficou conhecido até entre as celebridades. Elas já fizeram peças para a ex-primeira-dama Marisa Letícia, mulher de Lula, para a modelo Fernanda Lima e para Sophia, filha de Cláudia Raia com Edson Celulari. (por Noelle Marques)

Desequilíbrio financeiro

Um dos maiores problemas enfrentados por Ilha Grande (PI) é a quantidade de servidores públicos. Apesar de ter apenas 9.000 habitantes, há 400 servidores empregados, que causam desequilíbrio nas finanças do município. Atualmente, 73% da receita é gasta exclusivamente com o pagamento de pessoal, mais que o limite de 54% previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal. (por Carlos Madeiro)

Joelho de porco combina com purê de mandioca

O encontro da colonização alemã com o território brasileiro deu em uma mistura boa gastronomicamente. Um exemplo é a substituição batata pela mandioca como guarnição para o joelho de porco. Outra receita sincrética é o escondidinho de leberkäse, embutido teutônico cuja tradução literal é "queijo de fígado". Na cervejaria Schornstein, outros pratos também supreendem. Tem o pão de chopp e o sorvete de cerveja escura. Uma passada pelos restaurantes de Pomerode é uma boa pedida para vai fazer turismo pela região norte de Santa Catarina. (por Bárbara Therrie e Rodrigo Bertolotto) 

Google Mapas te mete em fria

 Procurar o melhor itinerário entre duas cidades interioranas no Google Mapas clicando no botão “como chegar” não é muito aconselhável. O principal problema é que o serviço não diferencia entre estradas asfaltadas e de terra. É comum o site te mandar para a lama como se fosse a melhor escolha. Foi assim no caminho entre Cascavel (PR) e Pomerode (SC). O trajeto sugerido incluía a rodovia PR-364, entre as cidades paranaenses de Irati e São Mateus do Sul. A equipe do “UOL pelo Brasil” enfrentou mais de 50 quilômetros de chão sem nenhuma placa indicando se o caminho estava certo ou não. Escaldados, os repórteres conferiram cada trecho no trecho seguinte, entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul. O traçado apontado novamente tinha um trecho grande pela terra. Ficou a lição: o melhor é seguir o bom e velho “quem tem boca vai a Roma”, perguntando para frentistas e caminhoneiros  por onde ir. (por Rodrigo Bertolotto)

Google Mapas te mete em fria - Reprodução

Problema que vira negócio

A falta de transporte público entre as aldeias e Oiapoque, uma reclamação que se ouve constantemente na cidade, foi encarada como negócio para alguns índios da aldeia Manga. Em 2009 foi criada uma cooperativa de transportes alternativos da aldeia. Os índios que têm carro cobram R$ 10 por pessoa para fazer o trajeto entre a aldeia e Oiapoque e a tribos próximas à BR-156. Não há um ponto de parada e quando o morador precisa do transporte ele vai direto na casa do motorista. (por Bárbara Therrie)

Candidato binacional

Sidney do Palace, candidato do PR à Prefeitura de Oiapoque, deve enfrentar no próximo ano outra disputa eleitoral. Ele planeja se tornar candidato à Prefeitura de Saint George, na Guiana Francesa, vencendo ou não em Oiapoque. O candidato tem nacionalidade francesa e acredita que se for prefeito dos dois municípios pode intensificar a relação comercial entre eles. A reportagem do UOL entrou em contato com o Tribunal Superior Eleitoral para saber se a dupla candidatura é permitida. A assessoria de imprensa do Tribunal informou que não encontrou nenhuma regra específica sobre isso na legislação brasileira. (por Ana Paula Rocha)

Recorde na colheita de milho em 2012

Além dos bons resultados alcançados com a soja, a produção de milho em Sorriso (MT) surpreendeu em 2012. A safrinha (segunda colheita no ano) foi melhor que a colheita principal do município, sendo a maior do Brasil. De acordo com dados do Imea, Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, o preço médio de comercialização da saca no mês de agosto foi o mais valorizado do ano no Estado, a R$ 21. (por Gabriela Fujita

Sorriso atrai muita gente atrás da sonhada felicidade

Entre os anos de 1991 e 2010 a população de Sorriso (MT) cresceu algo em torno de 300%; passou de 16.107 habitantes para 66.521, segundo dados do IBGE. São esperados cerca de 1.200 nascimentos no município em 2012, e a cidade recebe de sete a oito mil pessoas ao ano, de acordo com a prefeitura. Quem chega à cidade sem qualificação para trabalhar nas atividades ligadas ao agronegócio acaba procurando emprego no setor da construção civil, no comércio ou na prestação de serviços às famílias de maior poder aquisitivo. (por Gabriela Fujita)

Enigma sobre gravuras

As itacoatiaras são gravuras em rochas nos leitos dos rios. Até aí, fato conhecido. Porém, não se sabe o que elas querem dizer, nem se sabe as motivações em que eram feitas. Segundo estudiosos, as gravuras da Pedra do Ingá foram feitas por paleoíndios, há cerca de 6.000 anos. Eles usariam substâncias alucinógenas durante rituais de produção. Alguns até acreditam até que as inscrições foram feitas por extraterrestres. (por Carlos Madeiro)

Enigma sobre gravuras - Leandro Moraes/UOL

Fruto de polpa doce dá nome à cidade paraibana

A cidade paraibana leva o nome da árvore Ingá, chamada também de Ingazeira. O nome tem origem indígena e significa embebido, ensopado e empapado. Isso se deve ao fruto da planta, uma vagem com polpa aquosa e doce que envolve sementes pretas. A árvore de grande porte, que pode chegar até 15 metros de altura, é encontrada principalmente perto de rios e córregos e é utilizada para revitalizar ambientes, já que fixa nitrogênio no solo. (por Noelle Marques)

 Fruto de polpa doce dá nome à cidade paraibana - Janduari Simões/Folhapress

Contagem regressiva

No mês de julho, durante o processo de pré-produção da reportagem sobre Ingá (PB), a equipe se deparou com o site da prefeitura inoperante. Um relógio com uma contagem regressiva marcando 0 hora e 0 minuto era, e continua, como única página do site. Há também um botão para contato, que abre apenas um campo de e-mail. A equipe enviou um e-mail, mas até agora não obteve resposta. (por Noelle Marques)

Contagem regressiva - Reprodução

Nossos ucranianos não são tão polêmicos quanto os deles

Na Ucrânia tem as feministas peladonas do Femen e histórico recente de um primeiro-ministro envenenado (Viktor Yushchenko) e uma primeira-ministra na cadeia (Iúlia Timochenko). Na cidade mais ucraniana do Brasil, a paranaense Prudentópolis (203 km de Curitiba), a política não é tão emocionante assim. Dois ex-prefeitos foram afastados, e o caso mais curioso foi o impeachment de Nelo Dal Santos por vender repolhos do próprio supermercado para a prefeitura. Dos três candidatos atuais a prefeito, dois têm descendência ucraniana. Dos possíveis vereadores, metade tem origem ucraniana. Um símbolo da mistura de culturas por lá é o pierogi com recheio de feijão. Esse ravióli eslavo é originalmente recheado com batata ou ricota, mas em Prudentópolis (auto-intitulada “a capital do feijão preto”) ganhou um toque brasileiríssimo da silva. Acompanhae a passagem do UOL pelo Brasil em Cascavel. (Por Bárbara Therrie e Rodrigo Bertolotto)

Nossos ucranianos não são tão polêmicos quanto os deles - Rodrigo Bozzi/UOL

As retas viram curvas em Cascavel

Cascavel se anuncia como “capital dos esportes automotores”, recebendo anualmente em seu circuito provas da Stock Car e da Fórmula Truck. Mas nas ruas de lá também há muitas chicanes, denominação para curvas artificiais ao final de longas retas que são usadas no automobilismo para forçar a diminuição da velocidade. A avenida Brasil, principal via cascavelense, tem trecho só com curvas onde deveria haver uma reta. Outras ruas também seguem a regra para que os motoristas diminuam a aceleração. (Por Rodrigo Bertolotto) 

Adolescentes de Foz do Iguaçu não conseguem mobilização

Próxima a Cascavel, Foz do Iguaçu (a 636 km de Curitiba) também tentou ultrapassar o número de 200 mil eleitores e ter direito ao segundo turno, mas a campanha começou muito tarde: 40 dias antes do prazo limite (9 de maio). “Não tínhamos apoio de nenhuma entidade. Até o fórum não ajudou. Nos últimos dias, a fila não andava, e as pessoas preferiam voltar para casa a ficar no sol”, relatou Rafael Osório, que encabeçou o movimento “Se liga galera” e hoje é candidato a vereador pelo PSC. Os teens de lá se inspiraram nos de Cascavel, mas a adesão não foi nenhuma cachoeira de títulos. (Por Rodrigo Bertolotto)

Adolescentes de Foz do Iguaçu não conseguem mobilização - Shutterstock

Ratinho não apoia só seu filho no Paraná

Não só em Curitiba o apresentador Ratinho está atuando como garoto-propaganda eleitoral (lá ele apoia em comícios e passeatas seu filho Ratinho Jr. (PSC), candidato a prefeito). A reportagem do UOL passava de carro por União da Vitória, cidade na divisa com Santa Catarina, quando escutou no rádio uma fala de Ratinho apoiando Hussein Bakri (PSC), cuja candidatura à prefeitura foi impugnada pela Justiça por conta de problemas em sua prestação de contas quando era prefeito de lá. Faltou café no bule. Acompanhae a passagem do UOL pelo Brasil em Cascavel. (Por Bárbara Therrie e Rodrigo Bertolotto)

Ratinho não apoia só seu filho no Paraná - Rodrigo Paiva/UOL

Quelônios da Amazônia

Desde 1985, a Ilha dos Camaleões, que pertence ao território de Afuá, é o berço para a reprodução de tartarugas e de tracajás. As matrizes, como são chamadas as tartarugas mães, são protegidas no local, para que a desova delas não corra nenhum risco. Os ovos ficam sob cuidados até o nascimento dos animais. Anualmente as tartarugas e tracajás são entregues à natureza, quando acontece o evento chamado de “Soltura dos Quelônios”. A iniciativa é uma parceria do Ibama com a prefeitura. Só neste ano foram soltos cerca de 80 mil quelônios. A estimativa é de que ao longo de todos os anos do projeto 600 mil animais reproduzidos dessa forma tenham sido soltos. (por Ana Paula Rocha)

Quelônios da Amazônia  - Patrick Chagas/Reprodução

Ida para Afuá: um passeio à parte

Só é possível chegar em Afuá; de duas formas: cruzando o Rio Amazonas ou pelos céus. O transporte fluvial é o mais usado. Saindo de Macapá pelo rio, a viagem dura cerca de quatro horas e é um passeio à parte. Uma grande porção de mata marca a divisa entre os Estados do Amapá e do Pará. Há pelo menos seis barcos que fazem o trajeto, mas cada um tem dias determinados para fazer as viagens. De forma geral, diariamente há pelo menos um deles saindo de Macapá ou de Afuá. O custo por pessoa é R$ 25 e permite colocar uma rede no barco, que não está incuída no valor. Quem quiser usar o camarote paga em média R$ 75. O espaço costuma ter um beliche. Saindo de Belém, o deslocamento de barco leva cerca de 36 horas e o custo é de R$ 70, com refeição incluída. Há dois barcos disponíveis, ambos com saída apenas às sextas-feiras. Tanto saindo de Macapá quanto de Belém, os horários da partida são definidos dia a dia, pois é preciso observar a que horas o rio estará cheio o suficiente. Também há a opção de táxi aéreo, que sai de Belém, leva uma hora e custa R$ 400 por pessoa. O monomotor comporta até cinco passageiros. Mas atenção: este serviço é ilegal, pois não há nenhum aeródromo na cidade cadastrado junto à Anac, o que significa que pousos e decolagens não são autorizados em Afuá. (por Ana Paula Rocha)

Ida para Afuá: um passeio à parte  - Alexandre Santos/UOL

Linha cruzada

O interesse por música é uma tradição do povo paraense. Em Afuá, no horário comercial, é praticamente impossível andar pelo centro da cidade em silêncio. A rádio poste Madejus, que está espalhada em diversos postes da área urbana de Afuá, veicula comerciais, música e avisos que possam interessar à população, como notas de falecimento. Com a campanha eleitoral a todo vapor, a Madejus disputa espaço com os bicitáxis que circulam em Afuá com os jingles de candidatos. (por Ana Paula Rocha)

Quem é esse aí?

A campanha eleitoral gratuita de televisão que é veiculada em Afuá faz pouco sentido para os eleitores do município. O sinal de televisão chega na cidade via satélite. Por isso, depois de passar a propaganda dos candidatos de Belém, são apresentadas propagandas de candidatos de outras capitais, como Salvador e Rio de Janeiro. Por outro lado, nas eleições deste ano os eleitores podem contar com uma nova forma de se informarem sobre os candidatos. É a primeira vez que Afuá conta com propaganda eleitoral gratuita veiculada em rádio, já que a primeira emissora da cidade, a Rádio Afuá FM (foto), foi inaugurada em junho de 2011. Até então só havia a rádio poste Madejus. (por Ana Paula Rocha)

Quem é esse aí?  - Alexandre Santos/UOL

Afuaenses têm pouca afinidade com capital do Pará

A proximidade de Afuá com Macapá (84 km, percorridos em quatro horas de barco) faz com que os afuaenses tenham uma relação muito mais forte com a capital do Amapá do que com Belém (a distância entre a cidade e a capital paraense é de 375 km percorridos em 36 horas de barco). É para Macapá que as pessoas vão quando têm algum problema de saúde mais sério para resolver ou quando precisam comprar algo que não encontram na cidade, por exemplo. Mas Afuá também é alternativa para quem mora em Macapá. Principalmente quando o assunto é mercado de trabalho. No barco que faz o trajeto Macapá-Afuá no domingo à tarde, é fácil encontrar exemplos de pessoas que passam a semana trabalhando em Afuá e nos fins de semana voltam para a capital amapaense encontrar a família. São, na maioria, funcionários públicos. O defensor público Hélio Paulo Santos Furtado (foto) vive essa rotina há cerca de um ano e meio. “Eu fiz concurso para defensor público do Estado do Pará. Por coincidência, estava perto a comarca de Afuá e eu não pensei duas vezes”, lembra. “Talvez as crianças cresçam nem pensando que a capital do Estado do Pará seja Belém, mas sim Macapá. Toda referência é o Estado do Amapá”, avalia. (por Ana Paula Rocha)

Afuaenses têm pouca afinidade com capital do Pará  - Alexandre Santos/UOL

Alunos de comunidades ribeirinhas viajam para chegar à escola

Para cursar o Ensino Médio morando em comunidades ribeirinhas de Afuá (PA), os estudantes enfrentam longas distâncias. E isso considerando que atualmente a prefeitura oferece transporte para todos – há alguns anos eles próprios precisavam remar. Essa distância levou Renilson dos Santos, 18, a sair de casa e morar sozinho na cidade. Se optasse por permanecer na casa da família, ele levaria cerca de três horas para chegar na escola e só chegaria em casa entre 21h30 e 22h. “O trajeto seria muito cansativo e teria que ficar o dia inteiro fora”. Ele aluga um quatro, trabalha durante o dia como garçom em um restaurante e está concluindo o 3º ano do Ensino Médio. E ele quer mais e está disposto a mudar novamente. “Quero cursar faculdade de Direito ou Informática. Não tenho certeza ainda, mas para isso terei que conseguir recursos e me mudar para Macapá”. (por Bárbara Therrie)

Alunos de comunidades ribeirinhas viajam para chegar à escola  - Alexandre Santos/UOL

Afuá tem festa anual com batalha camaroeira

Todo ano, Afuá é palco de uma grande festa, que atrai centenas de turistas para a cidade. É o Festival do Camarão, que em julho deste ano chegou à 30ª edição. O maior evento cultural da cidade teve exposição de artesanatos, venda de comidas típicas e apresentações musicais, como Jorge Aragão, Margareth Menezes, Banda Calypso e Reginaldo Rossi. Mas a grande atração, que divide a cidade, é a Batalha Camaroeira, disputada entre os camarões Pavulagem e Convencido. Nas apresentações, que acontecem em uma espécie de teatro a céu aberto, o Camaródromo, os moradores se fantasiam e interpretam coreografias. Na edição deste ano, o camarão Convencido conquistou o tetracampeonato. Segundo o secretário de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer de Afuá e criador do festival, Raimundo Carmo de Souza Chagas, mais conhecido como Pisca, circularam cerca R$ 5 milhões durante os quatros dias do evento. (por Bárbara Therrie)

Morador transforma bicitáxi em jipe que custa R$ 10 mil

Em Afuá (PA), onde o uso de carros e motos é proibido, não faltam opções de bicicletas e variações da magrela. O funcionário público Elisiomar de Castro, 37, (foto) é autor de uma das versões mais curiosas: em 2001 ele transformou um bicitáxi em jipe sem motor. Com a ajuda do pai e o dinheiro que recebeu de uma indenização, ele investiu cerca de R$ 10 mil para equipar o veículo, que demorou três meses para ficar pronto. Segundo Castro, a ideia surgiu da necessidade de ter um transporte mais firme para andar pelas ruas instáveis da cidade e o gosto por veículos grandes. O jipe possui a estrutura de um carro e é equipado com amortecedores dianteiro e traseiro, estepe, farol de milha, freio de mão, CD player, câmbio, retrovisor, entre outros acessórios e equipamentos. Com oito bicicletas em casa, Elisiomar usa o veículo apenas eventualmente. “Só saio com o jipe para passear com a minha filha aos fins de semana”. (por Bárbara Therrie)

Morador transforma bicitáxi em jipe que custa R$ 10 mil  - Bárbara Therrie/UOL

Aventura na chegada

Chegar a Jericoacoara é uma tarefa de aventura. São 15 km de terra, areia, e dunas, que agradam a qualquer que goste de adrenalina. Ao chegar na cidade de Jijoca de Jericoacoara (CE), o turista é orientado a contratar um condutor cadastrado para chegar até a vila de Jericoacoara. O trajeto inclui vários trechos de areia fofa, que requerem habilidade extra ao volante para evitar os atolamentos. Quem se aventura a ir sem um guia, acaba tento problemas. “Um dia desses trouxe um casal de turista, e eles resolveram voltar por conta própria. Atolaram o carro e, ao tentar tirar, arrancaram o para-choque”, disse “seu Roberto”, guia que acompanhou a equipe do UOL pelo Brasil. (por Carlos Madeiro)

Aventura na chegada  - Leandro Moraes/UOL

Ruas de areia

Uma das coisas que mais chama a atenção a quem chega a Jericoacoara é que, ao contrário das outras praias turísticas, as ruas da cidade não são asfaltadas, são de areia. Os carros podem circular, para deixar turistas em hotéis, mas devem ser guardados no estacionamento na entrada da vila. Sapato e calça na cidade, mesmo para comerciantes, é artigo em extinção. Em Jericoacoara, a ideia é que o local atraia turistas por se mostrar capaz de aliar a rusticidade natural a boa oferta de empreendimentos de lazer.

Ruas de areia - Leandro Moraes/UOL

Aeroporto à vista

Depois de vários meses paradas, as obras do aeroporto de Jericoacoara foram retomadas pelo governo do Estadodo Ceará no último dia 23. O aeroporto ficará no município de Cruz, ao lado de Jericoacoara. Hoje, para se chegar à cidade, é preciso encarar uma viagem de 4h a partir de Fortaleza, onde está o aeroporto mais próximo. O projeto prevê um terminal de passageiros com aparência rústica, com detalhes e janelas em parede e vidro e cobertura de telha de madeira. A pista terá comprimento de 2.200 metros e 45 metros de largura, o que permite o pouso e decolagem de aeronaves de grande porte. Com a obra, o aeroporto vai receber voos internacionais diretos, sem a necessidade de conexão em Fortaleza.

A mais rica cidade do interior de Goiás

Dona do segundo maior PIB de Goiás (cerca de R$ 8 bilhões, atrás apenas da capital) e ocupante da posição 56 na lista das maiores cidades brasileiras em riqueza, de acordo com o IBGE, Anápolis é conhecida por seu potencial industrial. Empresas de logística, do setor farmacêutico e do setor atacadista se concentram no Daia (Distrito Agroindustrial de Anápolis). Instalado em 1976, tem pelo menos cem empresas de médio e grande porte em funcionamento e gera mais de 8.000 empregos diretos, segundo a Associação Comercial. (por Gabriela Fujita)

Mural de notícias da Câmara ignora prisão de vereador e suspeita de desvio de verbas

Quando a reportagem do UOL pelo Brasil esteve na Câmara de Anápolis, o mural com o clipping de reportagens envolvendo vereadores, fixado na entrada da Casa, não trazia nenhuma matéria sobre prisão ou intimação de parlamentares. Os sete recortes de jornal fixados no local mostravam manchetes sobre concursos públicos realizados pela Câmara e vetos à Lei de Diretrizes Orçamentárias. Nada mencionava a prisão do vereador Wesley da Silva (PMDB) ou a convocação de Amilton Batista (PTB), presidente da Casa, para prestar esclarecimentos ao Ministério Público sobre suspeitas de desvio de verbas públicas. (por Gil Alessi)

Sem placas

Chegar à Praia de Pipa é, antes de tudo, um minidesafio. O problema é percebido ainda na via local da BR-101, onde não há placas oficiais indicando a entrada exata da cidade de Goianinha que leva ao destino. Além disso, os 19 km após a saída da BR-101 que levam o turista de Goianinha até avenida Baía dos Golfinhos, onde ficam toda a badalação dos restaurantes e alguns hotéis e pousadas, é para lá de malcuidada. Falta acostamento e, em muitos pontos, buracos e falhas no asfalto dificultam o trajeto. Em alguns pontos, o tráfego acontece apenas em meia pista. (por Carlos Madeiro)

Sem placas - Leandro Moraes/UOL

Criação de camarão

Além do turismo, Tibau do Sul também possui a criação de camarões --ou carcinicultura-- como outra atividade econômica importante. A criação ocorre na lagoa Guaraíras e se espalha por cidades vizinhas, já que as águas da Guaraíras banha quatro municípios. Segundo estudo feito na UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), 27% da produção de camarão em cativeiro do país acontece no Rio Grande do Norte.

Candidatos de Tibau do Sul pretendem gastar R$ 1,5 milhão

Assim como em todo o país, Tibau do Sul (RN) vive um clima intenso de campanha eleitoral efervescente. Com exceção da região turística, que passa praticamente imune à disputa, bandeiras e cartazes com os nomes dos três candidatos dominam as ruas da cidade e movimentam os eleitores. Ao todo, os candidatos pretendem gastar R$ 1,5 milhão. Ao contrário do que propõe em seu apelido eleitoral, o que mais pretende gastar é o candidato Modesto (PSD), que prevê teto de R$ 800 mil. Já o atual prefeito e candidato à reeleição Nilsinho (PMDB) pretende gastar até R$ 500 mil. Correndo por fora, Valdenicio (PR) informou gastos de até R$ 200 mil.

Réplica de casa onde Lula nasceu está abandonada em Caetés (PE)

No sítio Várzea Comprida, zona rural de Caetés, uma pequena casa, feita de barro e madeira, chama a atenção de quem visita o agreste pernambucano. Ali seria apresentada a casa onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nasceu em outubro de 1945. Logo após a eleição e posse para o primeiro mandato de presidente, em 2002, o sítio tornou-se ponto turístico da cidade. Muita gente interessada em conhecer a história do retirante que se tornou presidente visitou o local. Mas a casa é, na verdade, uma réplica feita num terreno ao lado do verdadeiro local onde estava a residência. No terreno onde existia a casa foi destruída logo depois da partida deles para São Paulo, em 1952. Hoje, no local existe uma plantação de mandioca, que garante um sustento da família proprietária das terras. Já a casa-réplica está abandonada, com parte do teto desabado. A casa está em um terreno vendido aos irmãos de Lula, que queriam construir uma casa para contar um pouco da história da família. Mas, segundo moradores próximos, não há qualquer tipo de manutenção --a última vez que houve melhorias foi para as rodagens do filme “Lula, o filho do Brasil”, há quase três anos. Acompanhe a passagem do UOL Pelo Brasil em Garanhuns. (por Carlos Madeiro)

Escola fechada numa sexta-feira

Em plena manhã de sexta-feira, durante passagem por Caetés, uma escola pública localizada no sítio Várzea Comprida estava fechada, sem nenhum sinal de aluno por perto. Perguntamos a um morador das proximidades, que informou que, naquele dia, faltava água na comunidade (algo que aconteceria com frequência, segundo ele), o que poderia justificaria a dispensa dos estudantes em pleno dia útil. Acompanhe a passagem do UOL Pelo Brasil em Garanhuns. (por Carlos Madeiro)

Cidade conectada

Entre todas as cidades do Nordeste visitadas pela caravana do UOL pelo Brasil, Garanhuns foi a única que apresentou sinal de internet wireless gratuito, com conexão real. Apesar da baixa velocidade, o sinal pôde ser conectado por notebooks e smartphones sem maiores dificuldades em toda a região central da cidade. (por Carlos Madeiro)
 

Borá ganha mudanças estéticas, mas ainda espera por casas da CDHU

Neste ano, que é também o último de mandato do atual prefeito e candidato à reeleição, Luiz do Açougue (PT), diversos locais de Borá passaram por reformas estéticas: a praça da cidade, as calçadas, o balneário e o cemitério, que ganhou um portal. Nos anos anteriores foram feitas ainda reformas no centro comunitário e na Unidade Básica de Saúde. O prefeito admite que as obras o ajudam na campanha à reeleição, mas alega que no início de sua gestão foi feito um planejamento do que seria feito nos quatro anos de mandato e que é natural que algumas obras fiquem para o ano eleitoral.

Por outro lado, a construção de 101 casas da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) na cidade segue inacabada. O conjunto habitacional é viabilizado em parceria com a prefeitura, que é responsável pela administração da obra e contratação de empresa, por licitação, para execução dos serviços.

As obras começaram em 2006, mas, de acordo com a CDHU, a empresa contratada abandonou a construção das casas porque estava sendo investigada pela “Operação Pomar”, que averiguava fraudes em licitações de prefeituras na região de Presidente Prudente. O prefeito na época, que tenta voltar ao cargo nestas eleições, Nelson Celestino Teixeira (PSDB), confirma a versão e diz que não foi possível fazer uma nova licitação ainda em seu mandato em função da investigação da empresa.

Luiz do Açougue defende que precisou de cerca de um ano e meio de seu mandato para poder regularizar a situação da obra. Conforme a CDHU, uma nova licitação foi feita e, em abril de 2011, as obras foram reiniciadas. A previsão da Companhia é de que as casas estejam prontas em dezembro deste ano. O prefeito Luiz do Açougue é mais otimista. Ele prevê que as casas sejam entregues ainda em novembro. (por Ana Paula Rocha)

Borá ganha mudanças estéticas, mas ainda espera por casas da CDHU - Yuri Catelli/UOL

Vereadores têm mandato cassado

Dois vereadores de Borá tiveram seus mandatos cassados por infidelidade partidária: Robson Donley (PSB) e Agripino Thadeu Silva de Andrade (PV). Dolney (na foto à esquerda), que era do PTB, mudou de partido em outubro de 2011. Ele alega ter sofrido o que chamou de perseguição política. “O PTB me garantiu filiação, mas me tirou da presidência do partido da cidade e não garantiu minha vaga como vereador”, justifica. Dolney planeja entrar com recurso no TRE-SP. Já Andrade declarou que não entrará com recurso. Ele também diz que o partido ao qual pertencia, o PMDB, não garantiu a candidatura dele a vereador, e que por isso mudou para o PV, em outubro de 2011. Entretanto, Andrade (na foto à direita) não se tornou candidato à vaga no Legislativo pelo novo partido. De acordo com a chefe do cartório da 12ª zona eleitoral de Paraguaçu Paulista, Cláudia Eliane Marcom, a Câmara de Vereadores de Borá pediu que o juiz eleitoral indicasse quem deveria assumir como suplente no lugar dos dois, mas, conforme ela, essa é uma atribuição da própria Câmara, que deve decidir os suplentes de acordo com a quantidade de votos nas últimas eleições. A Câmara de Vereadores de Borá tem até 13 de setembro para fazer a nomeação. (por Ana Paula Rocha)

Vereadores têm mandato cassado - Yuri Catelli/UOL

Ex-prefeito investigado pela Lei da Ficha Limpa

Até o fechamento desta matéria, a candidatura de Nelson Celestino Teixeira (PSDB) à Prefeitura de Borá corria risco. O Ministério Público Eleitoral entrou com recurso pedindo que a candidatura dele fosse indeferida por rejeição de contas públicas. O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) concordou como MP e barrou a candidatura, mas Teixeira (foto) entrou com recurso junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que ainda não julgou o caso. Conforme a acusação, Teixeira teria deixado de investir pelo menos 15% do orçamento da cidade em saúde em 2008, último ano do último dos quatro mandatos dele como prefeito. De acordo com o advogado de Teixeira, João Antônio Bacca Filho, isso ocorreu porque o Tribunal de Contas não considerou os gastos com um veículo da prefeitura, que, segundo ele, era usado pela área da saúde. Estes gastos teriam sido rejeitados porque o veículo não tinha nenhuma identificação da Secretaria Municipal de Saúde. Bacca Filho defende que isso não pode qualificar Teixeira como “ficha suja” por não se tratar de ato doloso, enriquecimento ilícito ou prejuízo ao erário público. (por Ana Paula Rocha)

Ex-prefeito investigado pela Lei da Ficha Limpa - Yuri Catelli/UOL

Quebrando o gelo

Borá (SP) é uma cidade extremamente silenciosa. É mais fácil você ouvir os passarinhos do que a voz de pessoas, principalmente à tarde de um dia de semana, quando as crianças estão na escola e muitos adultos ainda estão no trabalho. É um daqueles lugares em que você controla o volume da sua voz e da gargalhada, com a impressão de que qualquer ruído mais alto pode tirar a paz da cidade toda. Mas nos fins de tarde, 45 crianças e adolescentes quebram completamente o gelo. Eles vão aparecendo aos poucos, cada um com um instrumento. Assim que estão todos reunidos, seguem as orientações do instrutor voluntário, Igor Henrique Favato Bregolato. Está formado o ensaio da fanfarra da cidade. Eles costumam se apresentar em desfiles em Borá. No dia da nossa visita, eles planejavam a apresentação para o 7 de Setembro. (por Ana Paula Rocha)

Quebrando o gelo  - Yuri Catelli/UOL

Grupo da Melhor Idade em Borá

Ao andarmos por Borá, cidade com o menor número de habitantes do Brasil (805), vimos alguns senhores e senhoras nas praças conversando ou simplesmente esperando o tempo passar. Mas nem só disso é a rotina deles. Também há momentos de recreação. Desde 2009, o Grupo da Melhor Idade, formado por cerca de 40 pessoas entre 55 e 80 anos, se reúne às segundas e quartas-feiras. Os encontros acontecem das 15 às 17h, no centro comunitário da cidade, onde ocorrem atividades como teatro, dança, ginástica e prática de exercícios físicos. (por Bárbara Therrie)

Caipiras, mazorca e sertanejos

Em Borá (SP), onde praticamente o único espaço de divertimento é um balneário, alguns moradores formam grupos de amigos, com direito inclusive a camisetas personalizadas que os identifiquem. Há pelo menos três deles na cidade: “Os caipiras”, “Mazorca” e “Os sertanejos”. No fim de uma tarde de uma quinta-feira, o barulho que vinha de uma casa próxima ao cemitério de Borá ofuscava o silêncio da cidade. Era um encontro dos meninos do “Os sertanejos”, grupo que conta com 15 jovens. (por Ana Paula Rocha)

Escuridão plena

A cada dois ou três meses, funcionários da Secretaria de Educação e do serviço de assistência social de Feliz Natal visitam as cinco aldeias indígenas que estão dentro do território do município. Como o trajeto até a comunidade mais distante pode levar um dia de viagem, as equipes da prefeitura vão preparadas para pernoitar nas aldeias; além de comida e outros mantimentos, levam também roupa de cama e colchonetes (a maioria não tem o hábito de dormir em rede, que é o costume indígena). Na aldeia Morená, por exemplo, onde vivem 75 índios kamaiurás, o gerador de energia elétrica é desligado sempre às 21h. De início, a escuridão e o silêncio plenos chegam a incomodar, mas em poucos minutos a sensação passa a ser de uma calma relaxante. O céu observado à noite, à beira do rio Xingu, em nada se parece com o que conhecemos no mundo urbano – brilha com tantas estrelas! (por Gabriela Fujita; foto: Bruno Henrique Pedersoli)

Escuridão plena - Bruno Henrique Pedersoli

Feliz Natal tem menos de um habitante por quilômetro quadrado

A área do território de Feliz Natal, segundo dados do IBGE, tem uma extensão de 11.462,366 km², sendo que 45% estão em área indígena, no Parque do Xingu. Para se ter ideia do que representa essa extensão de terra, a capital Cuiabá tem área de 3.362,755 km², e São Paulo, 1.523,278 km². Não é à toa que o pequeno município mato-grossense, com população de 10.933 pessoas, tem menos de um habitante por quilômetro quadrado. (por Gabriela Fujita; foto: Gil Alessi)

Feliz Natal tem menos de um habitante por quilômetro quadrado - Gil Alessi/UOL

Como ir a Feliz Natal

Chegar à cidade de Feliz Natal (MT), a 530 quilômetros de Cuiabá, não é complicado, mas exige um pouco de disposição. De São Paulo, é possível pegar um avião até Sinop (MT) – com uma parada de conexão, são cerca de três horas e meia de viagem, e a dica é alugar um carro para seguir até Feliz Natal. A maior parte do trajeto é feita no asfalto, mas ainda há um trecho de 12 quilômetros sem pavimentação. O percurso total de carro dura duas horas e meia. Lembre-se: o fuso horário em Mato Grosso é de uma hora a menos em relação ao horário de Brasília. (por Gabriela Fujita)

Como ir a Feliz Natal - Gabriela Fujita/UOL

Primeira eleição em Mariana completou 300 anos em 2011

Em 2011, as cidades mineiras de Mariana, Ouro Preto e Sabará comemoraram 300 anos das primeiras eleições. A pioneira foi a Vila de Nossa Senhora do Carmo, atual Mariana, que em abril de 1711 escolheu seus primeiros representantes. No tempo do Brasil Colônia, era função das Câmaras administrar a vila, criar as leis e cumpri-las. As Câmaras eram compostas por dois juízes ordinários, que exerciam a presidência alternadamente, três vereadores, um procurador, um escrivão e um tesoureiro. A cidade de Mariana também abriga a primeira urna usada nas eleições. (Por Priscila Tieppo)

Primeira eleição em Mariana completou 300 anos em 2011 - Priscila Tieppo/UOL

Musica alemã

Mariana abriga o único órgão do alemão Arp Schnitger existente hoje fora da Europa. O instrumento fica na igreja da Sé, catedral da cidade. Concertos com o órgão são realizados aos domingos e atraem muitos visitantes. O órgão foi fabricado em 1701, na Alemanha, e instalado em 1752, por Antônio Francisco Lisboa, pai do artista Aleijadinho.  Antes de chegar ao Brasil, o instrumento passou um período em Portugal e foi adquirido em 1747 por Dom João 5º. (Por Priscila Tieppo)

Musica alemã - Priscila Tieppo/UOL

Casa de Câmara e cadeia em Mariana

Antigamente, a Câmara dos Vereadores de Mariana funcionava no mesmo casarão que a prisão da cidade. O objetivo era julgar e prender no mesmo lugar.  Ao visitar o prédio, é possível ver as grades e os enormes cadeados que isolavam os presos. A Câmara completou 230 anos este ano e mantém até hoje a mesma sala das plenárias, com a mesma disposição de cadeiras e mesas.  Atualmente, nove vereadores atuam em Mariana, mas a partir do ano que vem serão 15 eleitos. (Por Priscila Tieppo)

Casa de Câmara e cadeia em Mariana - Priscila Tieppo/UOL

O quadro da rainha

Ela nunca esteve na cidade, mas dá nome a ela. Em 2006, a cidade de Mariana. (MG) recebeu do governo português o quadro com o retrato de Maria Ana d’Áustria, mulher de Dom João 5º. O rei deu o nome da cidade de Mariana para homenagear sua mulher. Contam os marianenses que Dom João andava “aprontando” fora de casa e para aliviar a culpa fez esta homenagem à mulher. Antes, a cidade se chamava Vila de Nossa Senhora do Ribeirão do Carmo. Mas, quando elevada à cidade, em 1745, passa a ter o nome da rainha. O quadro fica exposto na Câmara dos Vereadores de Mariana e está na sala em que acontecem as plenárias do município. (Por Priscila Tieppo)

O quadro da rainha - Priscila Tieppo/UOL

Site da Prefeitura de Rio Largo está fora do ar

Desde que o prefeito Toninho Lins (PSB) foi afastado, o site da Prefeitura de Rio Largo está fora do ar. Sem nenhum aviso ou mensagem, a página inicial tem apenas links em azul, que levam a páginas que não têm qualquer conteúdo.

Fábrica da Bauducco vai produzir 3.000 toneladas em Rio Largo

Diante da avalanche de investimento que são recebidos pelo Nordeste nos últimos anos, Rio Largo desponta como uma das cidades com maior potencial em Alagoas. Existem empreendimentos em andamento no local. O grande destaque é para a fábrica da Bauducco. A obra que está em andamento e, segundo o governo do Estado, deve ter R$ 97 milhões em investimentos. A projeção é que 250 empregos sejam gerados durante a fase inicial das operações, que devem gerar 3.000 toneladas de produtos por ano. A perspectiva é que até março de 2013 a Bauducco já esteja operando suas duas primeiras linhas de produção, que atenderão a demanda da região.

Rio Largo (AL) ainda espera por trem

Uma das maiores queixas dos moradores de Rio Largo é a desativação do trem urbano, que teve os trilhos destruídos pela cheia de 2010 e nunca teve a recuperação completa. Com a cheia do rio Mundaú, as últimas duas estações estão desativadas. Na época da visita do UOL à cidade, a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) havia prometido o retorno para o dia 15 de agosto, mas as obras não teriam sido concluídas a tempo, e até hoje, os moradores são obrigados a pagarem pelo menos R$ 2 a vans que fazem a viagem a Maceió. Já o trem cobra R$ 0,50.

Rio Largo (AL) ainda espera por trem - Leandro Moraes/UOL

Condenado tenta se eleger vereador

Dos seis vereadores condenados por envolvimento em pedofilia em Porto Ferreira (SP), apenas um deles ainda continua na política municipal. João Lázaro, que em 2008 se elegeu como vereador suplente, está tentando novamente uma cadeira no Legislativo pelo PT. Em 2004, apenas um ano após o escândalo, Luiz César Lanzoni (PTB) se candidatou a vereador e foi o terceiro mais votado para este cargo na cidade. Como ele estava preso na época da campanha, os familiares se mobilizaram para conseguir votos para ele. Na época, Lanzoni teve sua candidatura homologada pela mesma juíza que o condenou em primeira instância, Sueli Juarez Alonso. A juíza seguiu a Lei Eleitoral vigente naquele ano, segundo a qual qualquer pessoa que estivesse em pleno exercício de seus direitos políticos poderia se candidatar. Até então, Lanzoni havia sido condenado apenas em primeira instância.  Em 2008, além dele, Laércio Storti (PSC) e Luiz Borceda (PTN) se candidataram novamente, mas nenhum se elegeu. (por Ana Paula Rocha)

Vice-prefeito é suspeito de infidelidade partidária

Na semana em que o UOL esteve em Porto Ferreira (SP), uma notícia corria pelas ruas: o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo(TRE-SP) havia divulgado nota informando que o vice-prefeito do município, Saldanha Cougo (PT), havia tido seu mandato cassado por infidelidade partidária. A decisão não interfere na candidatura de Cougo, que recorreu da decisão junto ao Tribunal Superior Eleitoral. Ele está no último ano de seu primeiro mandato como vice e deixou o PP em 2011 para se filiar ao PT, mesmo partido do prefeito Maurício Rasi. Ele alega que a mudança foi feita sabendo dos riscos que corria, mas que não via coerência em continuar pertencendo ao PP, já que este passou a ser oposição ao PT. (por Ana Paula Rocha)

Vice-prefeito é suspeito de infidelidade partidária  - Yuri Catelli/UOL

Morte de jornalista também marca Porto Ferreira

Em 2007, o jornalista Luiz Carlos Barbon Filho, 37, foi assassinado com dois tiros de espingarda calibre 12 quando estava com amigos em um bar de Porto Ferreira (SP). Em 2003, ele foi um dos que denunciou o esquema de exploração sexual de menores de idade. Barbon também havia feito denúncias contra a atuação policial na cidade. A investigação da morte dele resultou na condenação de três policiais militares e de um civil. Barbon já havia tido um jornal na cidade, mas depois que encerrou o negócio, passou a pagar por espaço na publicação semanal da cidade, o Jornal do Porto. Um dos diretores do jornal conta que ele era alertado sobre os perigos que corria, mas que preferia publicar as denúncias que tinha mesmo assim. (por Ana Paula Rocha)

Morte de jornalista também marca Porto Ferreira  - André Porto/Folhapress

Cinema tem um filme em cartaz por semana

Pela fachada, o local parece uma locadora de vídeos, com as capas dos longas expostos. Mas uma discreta lousa com o nome de um filme e o horário de exibição indica que se trata de um cinema. Aliás, o único de Porto Ferreira (SP). O Cine Grêmio Ferroviário, curiosamente, teve origem em um time de futebol formado por alguns ferroviários da região, em 1938. Quem explica é um dos administradores do local, Edison dos Santos. O cinema funciona diariamente, a partir das 20h, e exibe um filme por semana. O preço do ingresso é único: R$ 7. O espaço tem capacidade para 450 lugares e os dias mais movimentados são nos fins de semana, com uma média de 150 expectadores. Mas o local também é usado para apresentações de teatro, dança e atividades com estudantes. (por Bárbara Therrie)

Cinema tem um filme em cartaz por semana  - Bárbara Therrie/UOL

Porto Ferreira preserva memória da cidade com cápsula do tempo

Quem passa em frente à Prefeitura de Porto Ferreira (SP)consegue ver na calçada uma urna onde foi depositada uma cápsula do tempo. Ela deve ser aberta em 2046, quando o município comemorará 150 anos de emancipação política. A ação, feita por políticos com a participação da população, aconteceu em 8 de dezembro de 2008. O objetivo é de que no futuro possa-se resgatar a história do local. Na cápsula estão reunidos documentos, depoimentos, fotos e ações que fizeram parte da cidade conhecida como a “capital das artes cerâmicas”. (por Bárbara Therrie)

Porto Ferreira preserva memória da cidade com cápsula do tempo  - Bárbara Therrie/UOL

Meninas de um lado, meninos do outro

Bem próximo à principal praça de Porto Ferreira (SP), chama atenção a fachada da Escola Municipal de Ensino Fundamental Sud Mennucci. Isso porque ela foi mantida com a inscrição “meninas” de um lado e “meninos” do outro. A escola, tombada, é de 1914 e só passou a ter classes mistas em 1945. É provavelmente um dos prédios mais antigos da cidade que ainda mantém um pouco do visual original. (por Ana Paula Rocha)

Meninas de um lado, meninos do outro - Bárbara Therrie/UOL

Crescimento "a galope" em Aparecida de Goiânia

Embora a região centro-oeste seja a de menor representação populacional no Brasil – 6,85% em 2000, de acordo com o IBGE - o Estado de Goiás teve um crescimento no número de habitantes bem acima da média, na última década. Enquanto o país teve um aumento de cerca de 12%, em Goiás o índice ficou em 20%. Aparecida de Goiânia, distante 20 km da capital, cresceu 35% entre 2000 e 2010, e hoje é a segunda maior cidade do Estado, com aproximadamente 456 mil moradores. (Por Gabriela Fujita)

Derivados de Goiânia

A Região Metropolitana de Goiânia é formada atualmente por 20 municípios. Curiosamente, vários deles têm o nome derivado do nome da capital ou do Estado: Abadia de Goiás, Aparecida de Goiânia, Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Goianápolis, Goianira, Santo Antônio de Goiás, Terezópolis de Goiás. Os outros 11 são esses: Bonfinópolis, Brazabrantes, Caldazinha, Caturaí, Guapó, Hidrolândia, Inhumas, Nerópolis, Nova Veneza, Senador Canedo e Trindade. (Por Gabriela Fujita)

Mercado Central de Goiânia

O Mercado Central de Goiânia, localizado no centro da cidade, tem uma série de lojas especializadas em ervas e temperos, fumo em corda, artesanato, calçados de couro e panelas de barro. É um bom lugar para conhecer produtos locais, como o molho de pequi, e algumas “criaturas” esquisitas. Esse tipo de cabaça (foto), usada em artesanato, também tem as sementes aproveitadas e é vendida em um dos armazéns. Endereço: Rua Três, 322 – centro. Horário: segunda à sexta-feira, de 8h às 18h / sábado, de 8h às 12h. (Por Gabriela Fujita)

Mercado Central de Goiânia - Gabriela Fujita/UOL

Analógico x Digital

Leomar Ferreira de Amorim trabalha como fotógrafo no centro de João Lisboa (MA). Usando uma cabine fotográfica de aproximadamente 10 anos e uma câmera analógica, ele faz retratos 3x4 dos moradores da cidade e fotografa em festas e eventos. No entanto, por causa das câmeras digitais, Leomar já não é procurado com muita frequência. Com olhar experiente, Leomar diz que ainda prefere as fotos feitas por filmes do que as digitais. Ele aprendeu o ofício com um amigo na cidade vizinha, Imperatriz, onde ainda vai para revelar as fotos que tira. Atualmente, Leomar tem apenas um rolo de filme e já não encontra mais quem os venda. (Por Leandro Moraes e Noelle Marques)

Analógico x Digital - Leandro Moraes/UOL

Sarney na entrada

No Maranhão, não poderia ser diferente: logo na entrada de João Lisboa, uma placa foi colocada com a foto de quem? José Sarney, senador da República pelo PMDB do Amapá, mas que comando o Estado. Na placa, ele aparece dizendo "Chiquinho Escórcio [deputado federal] foi decisivo!", em referência à chegada do curso de medicina a Imperatriz, que terá 80 vagas, segundo consta o informativo encravado no asfalto da principal avenida da cidade. (Por Carlos Madeiro)

Sarney na entrada - Leandro Moraes/UOL

"Uma sentença, uma árvore"

Além de adotar medidas para dar transparência ao processo eleitoral, o juiz Márlon Reis também inovou na área ambiental. O fórum da cidade, por exemplo, adotou a coleta seletiva de lixo. Já o projeto “Uma sentença, uma árvore”, lançado em setembro de 2011, prevê que para cada sentença de adoção de uma criança no Tribunal de Justiça do Maranhão serão plantadas quatro árvores. Para cada conciliação formalizada e para cada homologação de acordo judicial outras três nascerão. As plantações tiveram início no mês de julho, tendo como primeiro local as margens do riacho Marajuba, próximo à cidade de João Lisboa. Lá estão sendo plantadas árvores frutíferas tais como manga, tamarindo, laranja, graviola, laranja, entre outras. Em sua fase inicial, serão plantadas cerca de 5.000 mudas de árvores nativas em regiões degradadas de João Lisboa de forma que possa reduzir os impactos ambientais provocados pelas atividades do Judiciário maranhense. (Por Carlos Madeiro)

"Uma sentença, uma árvore" - Leandro Moraes/UOL

Homenagem

João Lisboa leva o nome do político e escritor do século 19 João Francisco Lisboa, também conhecido como “Timon Maranhense”. Por conta de suas obras, ele é o patrono da Cadeira nº 18 da Academia Brasileira de Letras, por escolha do fundador José Veríssimo. No Maranhão, destacou-se em 1838, quando foi diretor da “Crônica Maranhense”, em sua fase áurea como escritor. O periódico era um jornal de combate, criado para defender os interesses do Partido Liberal. (Por Carlos Madeiro) 

Ex-distrito

João Lisboa era um distrito de Imperatriz até 1961. Mas a ligação entre as duas cidades continua bastante íntima. A começar pelo acesso, que é feito por uma avenida duplicada, e não por uma rodovia, como na maioria das cidades. A avenida, porém, tem buracos na pista, que obrigam os motoristas a trafegarem com cuidado, especialmente à noite, quando a iluminação é precária. (Por Carlos Madeiro)  

Industrialização x criminalidade

Apontado pelas autoridades como principal ponto de desovas no município, o Centro Industrial de Aratu (CIA) tem 144 empresas, sendo 121 delas em Simões Filho e 23 em Candeias. Segundo o governo estadual, o CIA gera aproximadamente 13,5 mil empregos diretos e representa o dorso da economia de Simões Filho. Situado às margens da BR-324, o local possui 150 km de vias, sendo que grande parte não tem iluminação e está tomada pelo matagal. Fundado em 1967, o local funciona al lado do Porto de Aratu com empreendimentos dos segmentos químico, mecânico, calçados, alimentício, metalúrgico, moveleiro, de minerais, plásticos, fertilizantes, eletroeletrônicos, bebidas, logística, têxtil, termelétrico, serviços e comércio. Empresas como Avon, Gerdau e Tramontina mantêm empreendimentos no local. (Por Carlos Madeiro)

Industrialização x criminalidade - Leandro Moraes/UOL

Cidade-passagem

Assim como a maioria das cidades das regiões metropolitanas, Simões Filho se tornou uma opção de moradia para quem não tem recursos para viver na capital, no caso Salvador. Com pouca estrutura, a cidade cresceu sem receber a devida estrutura urbana –hoje são 118 mil habitantes. A cidade tem limite outras cinco cidades, o que faz com que exista vários pontos de entrada e saída, o que acaba se tornando um fator visto por criminosos como uma “facilidade” para a desova de corpos. O município também é a principal rota de saída de Salvador, pela BR-324, com destino, por exemplo, a Feira de Santana (maior cidade do interior baiano) e região do sul do país. (Por Carlos Madeiro)

Cidade-passagem - Leandro Moraes/UOL

Saneamento para poucos

Fossas e esgotos a céu aberto. Em Presidente Kennedy, apenas 38% das casas possuem saneamento básico, de acordo com o Censo de 2010. O município, localizado no litoral sul do Espírito Santo, com mais de 10 mil habitantes e o segundo maior PIB do Estado, ainda carece de rede de esgoto. Esta necessidade básica é a mais pedida pela população quando questionada sobre o que falta para a cidade melhorar.
Dona Edna Maria, de 77 anos, que mora na comunidade quilombola Cacimbinha contou que seu esgoto é uma fossa bem funda construída no quintal de sua casa. “Aqui é tudo assim. Não dá cheiro, mas precisa fazer bem fundo para não precisar esvaziar quando encher”.
Mas não é só em comunidades afastadas que o problema persiste. No centro da cidade, há um córrego que recebe os dejetos da população a céu aberto. (Por Marcela Rahal e Priscila Tieppo)

Saneamento para poucos - Priscila Tieppo/UOL

Promessas aos santos

Repleta de fotos, partes do corpo feitas de cera e muitos objetos. Assim é a sala de promessas da igreja Nossa Senhora das Neves, em Presidente Kennedy. Apesar de ser a padroeira da Paraíba, é na cidade do Espírito Santo que a santa tem uma igreja antiga e muito bonita. O templo marca, inclusive, a fundação da cidade, quando esta pertencia à Cachoeiro do Itapemirim, município bem próximo à cidade. (Por Marcela Rahal e Priscila Tieppo) 

"A gente nem brinca mais o jongo"

Também conhecido como tambor, por usar o instrumento, o jongo é uma dança típica feita por descendentes de escravos que moram na região sudeste. Além da função de compor uma festa, o jongo também cumpre o papel de manter a tradição dos escravos. No vídeo, Mestre Jorginho, de Presidente Kennedy, explica como o jongo era feito na comunidade. (Por Marcela Rahal e Priscila Tieppo)

Saúde em Kennedy

 “Ninguém nasce em Kennedy”. A frase dita por um morador da pequena cidade do Espírito Santo aponta a falta de hospitais na região. Para nascer lá, só se for em casa com o auxílio de uma parteira.Presidente Kennedy, um município com mais de 10 mil habitantes, tem apenas postos de saúde, para consultas básicas, e não tem estabelecimentos de saúde com internação, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para ir até um hospital, as pessoas têm de se locomover até Cachoeiro do Itapemirim, cidade distante 37 km.Além disso, moradores que vivem nas áreas rurais – correspondentes a 73% da população, segundo o IBGE – pedem para ter ao menos um posto de saúde mais próximo. (Por Priscila Tieppo) 

Saúde em Kennedy - Priscila Tieppo/UOL

Uma guitarra para o rei

Chegando a Cachoeiro do Itapemirim, cidade no interior do Espírito Santo, a recepção é um monumento em homenagem ao cantor Roberto Carlos: uma guitarra feita de mármore e granito, sustentada no alto por uma grande letra “C”, de Carlos. Do outro lado da rotatória, logo na entrada de Cachoeiro, vê-se a letra “R”, de Roberto. Assim se forma a homenagem feita pela cidade ao seu filho mais famoso.A obra, que foi inaugurada no dia 19 de abril de 1995, quando o cantor completou 54 anos, traz a mensagem: “...a guitarra do nosso maior ídolo, Roberto Carlos, mostra ao viajante forasteiro que por aqui passar que Cachoeiro é ali adiante...” (Por Priscila Tieppo)

Uma guitarra para o rei - AgNews

Ponto turístico de Nova Friburgo (RJ), teleférico segue quebrado

O teleférico de Nova Friburgo (RJ), principal ponto turístico da cidade, continua quebrado desde o temporal que atingiu a cidade, em janeiro de 2011. Os cabos de aço foram rompidos por grandes troncos e as cadeirinhas, completamente destruídas. Localizado na praça do Suspiro, o brinquedo é particular e não teve incentivo público. Por isso, não há previsão de reinauguração.A igreja está em reforma, já que também foi atingida pelas chuvas, e a praça passa por um processo de revitalização desde junho passado, financiada pela secretaria municipal de Turismo.Os investimentos nos pontos turísticos não são em vão, já que o turismo na cidade vem se recuperando. De acordo com informações da TurisRio, a região serrana (Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo) obteve um crescimento de 13% na taxa de ocupação hoteleira em relação a 2011. (Por Priscila Tieppo)

Ponto turístico de Nova Friburgo (RJ), teleférico segue quebrado  - Priscila Tieppo/UOL

Engenheiro abre estrada por conta própria depois da tragédia em Friburgo

Após a tragédia das enchentes de janeiro de 2011, lamas e troncos de árvores tomaram o lugar do que era uma estrada de terra que dava acesso ao bairro Rio Grande de Cima, zona rural de Nova Friburgo (RJ). O lugar ficou ilhado, estava difícil chegar ou sair.  Sem qualquer apoio da prefeitura, o engenheiro Jorge Cunha, dono de um sítio no bairro, abriu uma estrada para que os moradores dali pudessem ir e vir. Para a decisão, ele dá uma explicação simples: “Não é difícil, mas falta vontade política para fazer o que eu fiz”.Segundo os moradores, nada foi feito naquela região. “Não mexeram em nada, está tudo como ficou e o que resgatamos foi com a ajuda dos moradores”, disse Joana Mineiro, estudante e moradora do bairro. (Por Marcela Rahal e Priscila Tieppo)

Engenheiro abre estrada por conta própria depois da tragédia em Friburgo  - Priscila Tieppo/UOL

Cidade dos festivais perde eventos após tragédia

Conhecida como a cidade dos festivais desde a década de 50, Teresópolis (RJ) tem perdido seus principais eventos nos últimos tempos. Com a tragédia e a falta de investimentos na região, os eventos como os festivais foram preteridos.Segundo o secretário de Cultura de Teresópolis, Ronaldo Fialho, as enchentes que aconteceram em janeiro do ano passado dificultaram os investimentos públicos em festivais. “Deixamos de realizar o Festival de Música Clássica, o Terê-Bossa, o Festival de Culturas Populares e outros de relevância na grade cultural do município”, afirmouPara os saudosistas destes eventos, a constatação é triste. Na década de 60, a cidade chegou a abrigar algumas edições do Festival de Cinema. Este foi um dos eventos de maior destaque nos calendários nacional e internacional. “Tinha tanto festival legal aqui. A cidade está acabada”, lamentou Cláudia Watkins, moradora de Teresópolis. (Por Priscila Tieppo)
 

Cidade dos festivais perde eventos após tragédia  - Priscila Tieppo/UOL

Muito pouco foi feito em Teresópolis

Passado mais de um ano e meio da tragédia causada pela forte chuva que caiu em Teresópolis (RJ), a AVIT (Associação das Vítimas de Teresópolis) ainda tem muito para reivindicar. De acordo com Cláudio Carneiro, voluntário e integrante do colegiado da entidade, a AVIT pede mais rapidez nos processos de negociação e vistorias das moradias em áreas de risco e assistência às famílias dos 191 desaparecidos na enchente.Neste período em que a associação existe – ela foi criada no dia 10 de março do ano passado -, as conquistas se resumem ao pagamento de aluguéis sociais para cerca de 600 famílias, conseguido por meio de uma ação judicial. Além disso, foram três audiências na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, em que foram ouvidos pelos deputados, e algumas mobilizações. “Muito pouco foi feito por nós”, afirmou Carneiro.Muitas vítimas ainda aguardam por indenizações e ainda vivem em áreas de riscos. As casas estão lá marcadas pela Defesa Civil, mas as pessoas continuam no mesmo lugar. Ou sem lugar. (Por Priscila Tieppo)

Muito pouco foi feito em Teresópolis - Priscila Tieppo/UOL

UOL pelo Brasil visitará cinco regiões do país

O projeto “UOL Pelo Brasil” vai percorrer as cinco regiões do Brasil com equipes de reportagem que visitarão municípios em busca de boas histórias de problemas urbanos e fatos curiosos da disputa eleitoral

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