17/08/2010 - 20h02

Leia a íntegra do terceiro bloco do debate entre candidatos a governador de SP

BLOCO 3

[Fernando Rodrigues - Folha de S.Paulo - UOL]: E neste terceiro bloco do debate Online promovido pela Folha de São Paulo e pelo UOL, continua a série de perguntas entre os candidatos. As regras neste terceiro bloco são as seguintes: no terceiro bloco candidato pergunta para candidato. Cada candidato fará uma pergunta e responderá a outra pergunta obrigatoriamente.

De acordo com o sorteio prévio, ficou definido que Celso Russomanno fará a primeira pergunta e terá um minuto para formular sua questão. Ele escolhe quem vai responder. O candidato que responde terá dois minutos. Quem perguntou terá direito a réplica de um minuto e meio, e quem respondeu terá o mesmo um minuto e meio para a tréplica.

Depois de Russomanno, vão perguntar neste terceiro bloco Aloizio Mercadante e Geraldo Alckmin. Candidato Celso Russomanno, o senhor tem um minuto para formular sua pergunta e indicar quem vai respondê la.

[Celso Russomanno - Candidato PP]: Minha pergunta é para o Geraldo Alckmin, e a pergunta é sobre a Nota Fiscal Paulista. Eu defendo há vinte anos que o consumidor pegue uma nota fiscal pelo exercício da cidadania. O Governo do Estado de São Paulo criou a Nota Fiscal Paulista, fez uma publicidade enorme nos meios de comunicação dizendo que os consumidores teriam retorno de todas as notas pedidas.

Fez uma afirmação falsa e enganosa, porque 90, mais de 90% dos itens que estão no supermercado não recebem retorno absolutamente nenhum. Produtos como, por exemplo, chocolate, não recebem retorno absolutamente nenhum. Por que é que o governo manteve essa publicidade sabendo que a publicidade era falsa e enganosa como determina o Código de Defesa do Consumidor?

[Fernando Rodrigues - Folha de S.Paulo - UOL]: Candidato Geraldo Alckmin, sua resposta.

[Geraldo Alckmin - Candidato PSDB]: Antes de responder a questão da nota fiscal eletrônica. No caso das ETEC's e das FATEC's, no caso da FATEC, 74% dos alunos são de escola pública. No caso das ETEC's, 80% dos alunos são de escola pública, Russomanno. Aliás, eu, quando governador, criei uma política de ação afirmativa, fazendo uma pontuação acrescida. Nós temos uma pontuação para o aluno que vem de escola pública, temos uma pontuação para os afrodescendentes, como também a Unicamp tem pontuação acrescida, e, aliás, o desempenho do aluno de escola pública na Unicamp foi melhor até do que o aluno de escola privada. Os alunos que saem das nossas ETEC's, a cada cinco, quatro já são empregados no primeiro ano.

Das FATEC's, de cada dez, nove são empregados no primeiro ano. No ENEM, que nós tivemos, no último, das 50 melhores escolas de ensino médio do Brasil públicas estaduais, 38 foram ETEC's de São Paulo, foram as nossas ETEC's que também têm ensino médio, para poder oferecer o ensino médio e o técnico.

Em relação à nota fiscal eletrônica, foi um avanço, e ela já distribuiu, já devolveu, né, isso é redução de carga tributária, e é redução de carga tributária para o cidadão, não é para o dono da empresa, como é a guerra fiscal, mas é para o consumidor. Redução, foi devolvido quase 3 bilhões de reais que o governo devolveu para o cidadão. Nós temos oito milhões de pessoas cadastradas na nota fiscal eletrônica, e eu vou procurar ampliar a nota fiscal eletrônica para produtos que ainda não estão incluídos também poder ter o desconto no seu imposto.

[Fernando Rodrigues - Folha de S.Paulo - UOL]: Candidato Russomanno, sua réplica.

[Celso Russomanno - Candidato PP]: É verdade o que eu estou falando de que 90% dos itens de supermercado ou mais de 90% não são beneficiados com a nota fiscal paulista, e que a publicidade, como determina o Código de Defesa Do Consumidor, é enganosa, e já que o senhor assume, eu vou representar ao Conar para que tire essa publicidade do ar, porque eu sou favorável à nota fiscal como exercício da cidadania, não como projeto de enganar as pessoas.

Eu tenho uma reportagem, inclusive, feita com uma dona de um estabelecimento comercial, que tem sido atacada pelos seus consumidores porque não dá retorno da Nota Fiscal Paulista, não dá retorno porque chocolate, por exemplo, não dá retorno, e o Governo do Estado de São Paulo omite isso, omite isso dos consumidores.

Então, não se faz publicidade enganosa. O governo deveria dar exemplo antes de fazer o que está fazendo, e promover a cidadania dizendo ao consumidor que pegar nota fiscal é direito a garantia, que pegar nota fiscal é o retorno dos recursos públicos em educação, saúde e segurança que não funcionam, infelizmente. Dizer ao consumidor que pegar nota fiscal é ter procedência do que se compra.

[Fernando Rodrigues - Folha de S.Paulo - UOL]: Candidato Alckmin, a sua tréplica.

[Geraldo Alckmin - Candidato PSDB]: Olha, eu queria dizer que esse é mais um exemplo do governo eletrônico. Nós estamos aqui num debate pela Internet, e São Paulo foi premiado nos avanços com o governo eletrônico. Não existiria o Poupatempo se não fosse o governo eletrônico, e o e poupatempo.

Então São Paulo avançou em termos de tecnologia de informação como um instrumento para melhorar a prestação de serviço público para a população e melhorar a gestão no Estado. No caso da nota fiscal eletrônica, ela é triplamente importante. Primeiro, ela evita a sonegação, quer dizer, ela combate a sonegação.

Segundo, cria uma cultura das pessoas poderem participar. Terceiro, reduz a carga tributária, reduz imposto, porque devolve o imposto. Olha, quase três bilhões de reais. E mesmo naqueles produtos que possam ter um desconto menor ou que não tenham, o consumidor também é beneficiado, porque ele participa dos sorteios, e aquele que não pede ou não quer pôr o seu CPF, ele está ajudando entidades.

O hospital do Câncer de Barretos já recebeu quase um milhão de reais através da nota fiscal eletrônica. E eu vou reduzir imposto em São Paulo, como fiz quando fui governador, reduzi imposto para o pão, para a bolacha, para o macarrão, para o álcool combustível, para a indústria têxtil, para a indústria calçadista, e vou reduzir mais a carga tributária.

[Fernando Rodrigues - Folha de S.Paulo - UOL]: Aloizio Mercadante faz uma pergunta e necessariamente para Celso Russomanno.

[Aloizio Mercadante - Candidato PT]:Celso, se nós olharmos a educação do Estado, o governador diz que as ETEC's e as FATEC's vão bem. A USP vai melhor ainda, a Unicamp é uma excelente universidade, a Unesp, o Estado tem condições e fez ao longo da história excelentes experiências educacionais, no entanto, nós temos cinco milhões de alunos, esses que estão com o futuro comprometido, que é a imensa maioria do Estado.

A gente não pode passar em branco nessa discussão. Essa é a questão central do futuro do Estado de São Paulo. Como é que você vê a experiência da educação pública em São Paulo? Como é que nós vamos reverter esse quadro, quais são as propostas concretas para a gente sair dessa situação absolutamente inaceitável que se encontra a escola pública no Estado de São Paulo?

[Fernando Rodrigues - Folha de S.Paulo - UOL]: Candidato Russomanno, sua resposta.

[Celso Russomanno - Candidato PP]: Bom, antes de fazer a resposta a você, Aloizio, eu quero responder ao Geraldo Alckmin que ele teve seis anos como vice governador, seis anos como governador, mais quatro anos como Secretário para baixar os impostos de São Paulo e não fez, não fez! Agora ele quer mais quatro, mais uma chance, depois de dezesseis, para fazer a baixa dos impostos para trazer de volta para o Estado de São Paulo as empresas que fugiram do Estado de São Paulo por causa da carga tributária.

Fugiram do Estado de São Paulo pelo pedágio mais caro do Brasil, mais caro do mundo. Respondendo a sua pergunta em relação à educação, a escola pública tem que ter qualidade. Eu vou fazer da escola pública, além de uma escola de qualidade, com professores bem pagos e sem progressão continuada. O aluno vai fazer o ano, chegou no final do ano, não passou, faz recuperação. Pode, inclusive, fazer, se for o caso, uma dependência de matéria, como existe nas universidades, mas ele vai ter acompanhamento, coisa que não existe hoje. Nós vamos trabalhar também com o aluno deficiente.

Hoje o professor dá aula para trinta alunos e não tem um assistente para dar aula para o deficiente. Então imagina o professor dando aula para uma criança que chega na escola no primeiro ano deficiente visual e que não sabe ler, como é que essa professora dá aula para essa criança e para mais trinta na mesma sala de aula? Como é que essa professora leva essa criança ao banheiro e deixa trinta dentro da sala ou manda outra criança levá la ao banheiro? E se acontecer alguma coisa, a responsabilidade é do professor? É assim que está funcionando e está tudo errado. Tem que se investir no professor, na qualificação do professor.

Aluno que não tem condição, tem que ser reprovado; nós precisamos acompanhar o aluno na recuperação fazendo com que ele tenha oportunidade amanhã de ter emprego, de estar no mercado de trabalho, porque infelizmente esses alunos serão os excluídos do mercado de trabalho.

[Fernando Rodrigues - Folha de S.Paulo - UOL]: Candidato Mercadante, sua réplica.

[Aloizio Mercadante - Candidato PT]:A grande divergência que nós temos com o PSDB é exatamente o compromisso social, o compromisso com os que mais precisam. O candidato disse aqui que “Carandiru é só em filme”, o problema é que está em cartaz em todas as cidades do interior, eles espalharam Carandiru no Estado inteiro.

Em Hortolândia nós temos o Carandiru caipira. Eles vêm aqui e falam da educação como se não tivesse acontecendo o que está acontecendo com milhões de crianças nesse Estado. Não é possível não colocar a educação como prioridade absoluta. O que é que o Presidente Lula fez? Em torno do Rodoanel colocou universidades públicas federais, porque a Grande São Paulo nunca teve, ele retomou as escolas técnicas, porque eles proibiram enquanto governaram o Brasil, e o Governo Federal fazia escolas técnicas, profissionalizantes.

Temos que fazer ensino integral, profissionalizante, para que esses jovens possam chegar no mercado de trabalho com mais oportunidades. O professor não pode ser tratado como borrachada, tem que ser tratado com respeito, com diálogo, com carreira.

Como é que dezesseis anos depois, metade dos professores que estão na sala de aula com um pedaço de giz, gastando duas, três horas de ônibus, no transporte e não tem nem carreira? Então se a gente não olhar a educação, a sociedade do futuro é uma sociedade de conhecimento. E São Paulo tem que voltar a liderar e esse grande Estado tem que liderar a mudança do Brasil, tem que impulsionar o país, e a educação é absolutamente decisiva.

[Fernando Rodrigues - Folha de S.Paulo - UOL]: A sua tréplica, candidato Russomanno.

[Celso Russomanno - Candidato PP]: Mercadante, eu quero que as pessoas tenham oportunidade no Estado de São Paulo. Eu não quero mais ver as empresas fugindo do Estado de São Paulo como estão fugindo. Eu não quero ver um Estado que teve participação no PIB nacional com 50% e hoje tem com 30%. 30%! Um Estado que minguou em comparação a outros que cresceram, que entraram na guerra fiscal, que estão defendendo os seus interesses, e São Paulo não soube defender.

Para o pacto federativo, São Paulo contribui em impostos federais em 200 bilhões, só que o governador de São Paulo é muito importante para ir a Brasília buscar os recursos de São Paulo, e só traz 10% para cá, isso por atividades dos senadores como você e dos deputados federais que trabalharam, como eu trabalhei, para trazer de volta. O governador não foi buscar nada, porque não conversa, só porque o partido é de oposição o governador não conversa.

O Estado de Minas Gerais trouxe de volta para o Estado de Minas Gerais mais de 50% da arrecadação do pacto federativo, e o Estado de São Paulo deixa de trazer quase 80 bilhões de reais para São Paulo, porque o governador daqui é muito importante para ir conversar com os Ministros e com o Presidente da República. Isso vai mudar no governo de Celso Russomanno.

[Fernando Rodrigues - Folha de S.Paulo - UOL]: Agora o candidato Geraldo Alckmin, último a perguntar nesse bloco tem um minuto para formular sua pergunta e necessariamente deve ser para o candidato Aloizio Mercadante.

[Geraldo Alckmin - Candidato PSDB]: Primeiro, antes de formular a pergunta, eu queria colocar que São Paulo cresce mais do que o Brasil. Nós precisamos dar informações corretas para quem está assistindo o debate. O Estado de São Paulo, desde 2004, o PIB de São Paulo cresce acima do PIB brasileiro. O Brasil cresce 3, São Paulo cresce 3.5, se o Brasil crescer 7 este ano, São Paulo vai crescer mais de 8%. Vamos pegar um setor da economia, a indústria automobilística. Para onde foi a Toyota? Nova fábrica: Sorocaba. Para onde foi a Hyundai? Nova Piracicaba. Para onde foi o grupo FIAT? Para onde vai a Shelby? Jacareí. A economia de São Paulo é pujante e forte demais. A minha pergunta é sobre o programa de microbacia, sobre agricultura. Queria saber qual a sua proposta para a questão de microbacia, agricultura e ecologia.

[Fernando Rodrigues - Folha de S.Paulo - UOL]: Sua resposta.

[Aloizio Mercadante - Candidato PT]:Nós somos um Estado que sempre liderou a história do Brasil. Se nós temos esse tamanho continental é porque os Bandeirantes saíram de São Paulo e foram redesenhando o Brasil, a semana da Arte Moderna, que construiu a nossa identidade cultural aconteceu aqui em São Paulo, a industrialização aqui do Brasil aconteceu a partir de São Paulo, a redemocratização começou aqui nesse Estado. Por sinal, nesse Teatro Tuca, quando era professor da PUC, foi onde nós fizemos os primeiros atos pela anistia, pela constituinte, primeiro comício pelas diretas.

É esse Estado que eu estou falando. Não é um gerente administrativo que fica tentando maquiar a realidade. Esse Estado precisa de uma liderança, de um projeto histórico, de um projeto muito maior, nesse momento extraordinário que o Brasil atravessa. Porque o Presidente Lula mudou a lógica econômica desse país, distribuiu renda, trouxe 25 milhões de pessoas que estavam na pobreza para poder consumir, essa é a grande força do Brasil hoje, é o mercado interno de massas.

E São Paulo cresce, porque o Brasil mudou. Agora, São Paulo precisa mudar e impulsionar o desenvolvimento do país. No governo Lula nós fizemos o PRONAF, para ajudar a agricultura familiar, aumentamos cinco vezes os recursos para a agricultura familiar, é isso que permite diversificar a agricultura em São Paulo.

Hoje o Brasil é o segundo país que mais produz e exporta alimentos no mundo e São Paulo tem um grande potencial de produção e exportação de alimentos, e nós precisamos preservar os recursos hídricos, porque a SABESP, como ela foi abertura de capital e hoje a direção da SABESP está mais preocupada em servir aos seus acionistas do que o serviço público, ela não tem um programa de gestão das microbacias e de pagar pelo serviço ambiental prestado para preservar os mananciais e preservar os recursos hídricos do Estado de São Paulo.

[Fernando Rodrigues - Folha de S.Paulo - UOL]: Candidato Geraldo Alckmin, a sua réplica.

[Geraldo Alckmin - Candidato PSDB]: Vou pedir desculpas aos internautas. Como eu tenho que fazer um debate duplo aqui, vou voltar à questão do Carandiru que foi muito importante. Onde tinha a maior casa de detenção, o maior presídio do mundo, hoje nós temos escola, nós temos ETEC. Mantive um dos pavilhões, aliás, a segunda melhor ETEC do Estado de São Paulo e a melhor biblioteca feita pelo Serra. O Serra fez a biblioteca São Paulo, hoje a mais visitada biblioteca. Onde era a Febem, lá no Tatuapé, é o parque do Belém. De novo, escola, ETEC e de novo uma biblioteca nos mesmos moldes da biblioteca de São Paulo.

O PT, na educação, nós tínhamos um orgulho aqui em São Paulo, o Brasil inteiro, 25% em educação, o Estado, 30, e o município de São Paulo 30. São Paulo continua 30%, é o Estado que mais investe em educação. O PT assumiu a Prefeitura, reduziu para 25%, essa é a realidade. Uma coisa é discurso, outra coisa é a prática. Em relação a agricultura, ele não respondeu sobre o programa de microbacias, porque estava ausente como Senador de São Paulo na votação de um projeto importante, que foi o financiamento do Banco Mundial de 130 milhões de dólares para a gente poder recuperar mananciais, conservação de solo, recuperar áreas degradadas, fazer...

[Fernando Rodrigues - Folha de S.Paulo - UOL]: Candidato Aloizio Mercadante, a sua tréplica.

[Aloizio Mercadante - Candidato PT]:Você vê que toda vez que a gente aponta um problema, e são tantos problemas do governo do PSDB, eles atacam o Lula ou ele me ataca pessoalmente. Governador, na terça feira, na terça feira da semana retrasada, quando foi aprovado o projeto da microbacia para a região da Billings, só tinham três Senadores na Comissão de Assuntos Econômicos: eu, o Senador Suplicy e uma outra Senadora que não é do Estado de São Paulo. Não tinha nenhuma liderança do seu partido ali para encaminhar. A relatoria foi de uma Senadora suplente do PSDB lá do Mato Grosso. Portanto, estava lá sim presente, e, inclusive, a Secretaria das Finanças pediram para eu ajudar a aprovar o recurso dos 120 milhões de reais para a Secretaria e nós aprovamos para o Estado de São Paulo. Em relação ao meu mandato de Senador, o povo de São Paulo conhece e sabe.

Agora, dizer que resolveu o problema dos presídios em São Paulo! O que é o presídio de Hortolândia senão um Carandiru caipira? Tem 59 mil presos além da capacidade. Vocês espalharam os presídios para o interior sem nenhuma compensação para os municípios, e mais grave, junto com o presídio foi parte do crime organizado e essa é a situação do interior hoje. Não havia os crimes que existem no interior. No ano passado aumentou 16% os homicídios no Estado de São Paulo, por quê? Por falta de uma política de Segurança Pública e pela irresponsabilidade com que conduziram a segurança do Estado.

[Fernando Rodrigues - Folha de S.Paulo - UOL]: Muito obrigado, candidato Mercadante. O terceiro bloco está chegando ao final, e antes um aviso, durante o intervalo vai as entrevistas e informações para você internauta acompanhar o debate ao vivo no I Phone e no I Pad. Vamos ao intervalo.

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