Advogados rebatem críticas e dizem que Lula confia no trabalho da defesa
Bernardo Barbosa
Do UOL, em São Paulo
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Tribunal Regional Federal da 4ª Turma/Divulgação
Cristiano Zanin, advogado de Lula, durante julgamento do ex-presidente na 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Turma, em Porto Alegre
Os advogados que comandam a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobraram, nesta segunda-feira (29) em São Paulo, que os críticos de seu trabalho o façam publicamente.
Questionados por jornalistas sobre as notícias de que integrantes da cúpula do PT querem um "medalhão" da advocacia na defesa de Lula, os advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins disseram que o ex-presidente apoia seu trabalho.
"Essas críticas, na verdade, jamais chegaram até nós. O ex-presidente Lula, pelo que tem sido divulgado, tem confiança no trabalho da defesa. Nós fizemos um trabalho técnico. Acho que quem quer fazer a crítica, em primeiro lugar, tem que colocar o nome", disse Zanin. "Crítica sem nome, para mim, não é crítica e não deve ser levada em consideração."
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Valeska considerou que a notícia seria um "ataque à defesa" e até mesmo "uma das táticas de lawfare [perseguição política por meio da Justiça], que é a tentativa de intimidação e fragilização da defesa".
Zanin e Valeska falaram à imprensa na chegada para um evento com juristas sobre o caso de Lula, que na semana passada teve sua condenação no caso do tríplex confirmada em segunda instância na semana passada. Com isso, Lula pode ficar inelegível e até mesmo ser preso.
O ex-presidente ainda pode tentar reverter a condenação nos tribunais superiores, STJ (Superior Tribunal de Justiça) e STF (Supremo Tribunal Federal). Questionado se haveria um reforço na equipe de defesa para os recursos nessas instâncias, Zanin disse que "isso ainda será definido".
Horas antes do evento, o PT divulgou uma nota em defesa dos advogados. Para o partido, a equipe de defensores tem trabalhado "de forma irretocável" e tem "envergadura moral" para conduzir a causa na Justiça.
Defesa vai à ONU
No evento desta segunda, a defesa de Lula anunciou que levará para análise do Conselho de Direitos Humanos da ONU o que considera como provas recentes de que os direitos de Lula estão sendo violados. Segundo Zanin, entre estes elementos está o fato de que gravações feitas pela polícia no escritório de advocacia que defende o petista não foram destruídas, o que violaria o sigilo profissional garantido por lei a advogados.
Zanin também citou o ritmo de andamento do processo do tríplex, que já foi chamado de "extraordinário" pela defesa, e o que chamou de "antecipação de juízo de valor" pelo presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz. Antes do julgamento da apelação no tribunal, o magistrado declarou que a sentença de Moro na primeira instância foi "irretocável".
Em 2 minutos, como foi o julgamento de Lula
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