Com 2º lugar indefinido em SP, candidatos adotam discursos diferentes

Do UOL, em São Paulo

  • Montagem/Estadão Conteúdo/Facebook

    Haddad e Marta alfinetaram rivais; Russomanno adotou tom neutro e Erundina lamentou clima

    Haddad e Marta alfinetaram rivais; Russomanno adotou tom neutro e Erundina lamentou clima

Nas eleições municipais em São Paulo, o cenário se encaminha para uma intensa briga por uma vaga no segundo turno. Enquanto João Doria (PSDB) lidera as pesquisas, Celso Russomanno (PRB), Fernando Haddad (PT) e Marta Suplicy (PMDB) brigam para ver qual deles deve enfrentar o tucano. Neste domingo (2), os três adotaram estratégias diferentes em seus discursos.

Haddad e Marta preferiram alfinetar seus adversários diretos. Já Russomanno manteve uma postura mais neutra e concentrou suas críticas ao tempo reduzido de sua campanha na propaganda eleitoral gratuita.
 
De acordo com levantamento divulgado pelo Datafolha no sábado (1), o tucano tem 44% das intenções de votos válidos -- cenário em que se exclui os percentuais de brancos e nulos, além dos entrevistados que não souberam ou não responderam. Empatados tecnicamente estavam o atual prefeito Fernando Haddad com 16%, o deputado federal Celso Russomanno com o mesmo índice, seguidos pela senadora Marta Suplicy, com 14%.
 
Já no levantamento divulgado pelo Ibope também no sábado, o tucano tinha 35% das intenções de votos válidos. Nesta pesquisa, o deputado federal Celso Russomanno aparecia com 23%, seguido pela senadora Marta Suplicy, com 19%, e o atual prefeito Fernando Haddad (PT), com 15%.
 
Marta reiterou sua experiência (ela já foi prefeita de São Paulo entre 2001 e 2004) e aproveitou para cutucar Haddad. "Sou alguém que conhece palmo a palmo essa cidade. Tenho capacidade de fazer e de realizar. E sei governar para os que mais precisam. O atual prefeito trabalha com R$ 50 bilhões, eu trabalhei com R$ 13 bilhões e fiz muito mais", disse a candidata.
 
A peemedebista também alfinetou Doria ao falar sobre sua estratégia caso vá para o segundo turno. "Vamos poder mostrar propostas diferentes. Aliás, nem tanto, porque no debate ele [Doria] concordava com todas as minhas", comentou.
 
O tucano foi alvo de Haddad, atual prefeito e candidato à reeleição. "No segundo turno, vamos confrontar um projeto privatista, que vê a cidade como ponto de negócio, com outro que deseja preservá-la. É isso o que está em jogo agora", disse o petista.
 
Em breve contato com a imprensa, Russomanno evitou polêmicas com outros candidatos. Ele preferiu falar sobre as últimas pesquisas, que apontam sua queda nas intenções de voto. "Com pouco tempo de televisão, evidentemente quem tem mais tempo de televisão tem mais vantagem. No segundo turno o tempo é igual e nós vamos conseguir mostrar [o que queremos fazer]", explicou.
 
Luiza Erundina (PSOL), com poucas chances de ir ao segundo turno, comparou o clima da atual eleição com o de votações passadas. "Hoje é um dia de celebração. É triste ver que as eleições viraram um dia de velório para o povo brasileiro. Faltam manifestações... Deveríamos celebrar a democracia. Me lembro muito bem como em outras campanhas tinha bandeira na rua, música, alegria... Hoje, não é mais assim", lamentou.
 
Segundo a legislação eleitoral, é proibido portar bandeiras, campanha de boca de urna ou manifestações a favor ou contra candidatos próximo aos locais de votação. 
 

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