29/07/2010 - 12h11

Tucano promete pacote de segurança, mas não garante ex-secretário de volta ao governo de SP

Maurício Savarese
Do UOL Eleições
Em São Paulo

O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quinta-feira (29) durante sabatina UOL/Folha de S.Paulo que terá uma série de medidas para aplicar na área da segurança caso seja eleito em outubro. Ele, no entanto, evitou se comprometer com o retorno do polêmico ex-secretário de Segurança Pública de sua gestão, Saulo de Castro Abreu Filho.

O ex-governador, líder nas pesquisas de intenção de voto, disse que vai elevar os salários dos policiais, direcionar todos os presos a penitenciárias, e não cadeias, e integrar o policiamento militar com as guardas municipais paulistas. Alckmin disse ainda que os policiais militares devem trabalhar no máximo oito horas dentro das 36 horas de folga que têm, de forma a elevar o efetivo na rua.

 

“O Brasil qem 24 homicídios por 100 mil habitantes. O Estado de são Paulo tem 10,7. No Brasil é um quadro epidêmico, e o problema é federal”, afirmou. “Mas em São Paulo podemos melhorar. O Estado de São Paulo vai ser o primeiro do Brasil a não ter cadeia. Ele não vai ter mais preso, vai para a administração penitenciária”, disse.

Alckmin citou o presidenciável José Serra, que deixou o governo paulista há poucos meses, no trato da questão do policiamento. “O Serra está corretíssimo ao dizer que tem que criar o Ministério da Segurança Pública”, afirmou.

Questionado sobre se a polícia de São Paulo é violenta, uma crítica que também ouviu quando foi governador, Alckmin discordou e afirmou que há instrumentos para coibir excessos. Mas evitou garantir o retorno de seu ex-secretário, que tinha uma política de segurança criticada por adversários e ONGs ligadas à área.

“O Saulo fez um grande trabalho. Devemos à garra dele”, disse. “Mas essa coisa de indicar secretário não dá sorte.”

Alckmin foi sabatinado pelos jornalistas Irineu Machado, editor-executivo do UOL Notícias, Fernando Canzian, repórter especial da Folha, Mônica Bergamo, colunista da Folha e Denise Chiarato, editora de Cotidiano do jornal.

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