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13/09/2008 - 07h00
Alckmin diz que vai morar no centro, e Marta promete volta do Bolsa-Aluguel, contra déficit de moradias
Bruno Aragaki
Em São Paulo
Em São Paulo
Em São Paulo, ao mesmo tempo em que faltam casas para 1,5 milhões de pessoas - moradores de favelas ou cortiços - 420 mil domicílios estão vazios, segundo o Ministério das Cidades. Para resolver essa equação, os candidatos à prefeitura têm propostas que vão de fazer as próprias malas e se mudar para o centro da cidade, caso de Geraldo Alckimin (PSDB), a oferecer bolsa de R$ 300 para famílias pobres pagarem o aluguel, proposta de Marta (PT).
"Se eu for eleito, vou mudar para o centro", disse o candidato tucano, que mora em apartamento avaliado em R$ 415,8 mil no Morumbi.
O objetivo do candidato é, com a mudança, incentivar "pessoas e empresa a se instalarem na região", que "só assim será revitalizada", segundo o candidato.
Para o especialista em habitação da FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo) João Whitaker, a proposta é "sensata, mas esconde um caráter demagógico, que é o de elitizar a região central, expulsando os pobres de lá".
O professor analisou as propostas dos candidatos à prefeitura de São Paulo para a questão habitacional (clique na tabela ao lado para ver em detalhes).
A bandeira da candidata petista para a questão é a volta do Bolsa-Aluguel, programa implantado pela candidata em 2004 (ano que tentava a reeleição) e que oferecia subsídio de R$ 300 para famílias de baixa renda.
O programa foi suspenso em 2007, pela gestão José Serra (PSDB), e atendeu a 1.500 famílias. Na época, a proposta foi criticada pela gestão tucana pelo baixo alcance - 0,1% da população em favelas ou cortiços da cidade.
O prefeito e candidato à reeleição Gilberto Kassab (DEM) diz que sua principal proposta, para o problema, é a "reurbanização de favelas".
Kassab diz conduzir o "maior programa de reurbanização de favelas da América Latina" e cita, ainda, programa de revitalização da Cracolândia, o "Nova Luz".
O programa, que consiste em desapropriar edifícios deterioriados da região e incentivar a a vinda de empresas de tecnologia, também é alvo de críticas por parte do professor.
"É outra proposta de higienizar o centro e tentar criar uma nova 'Oscar Freire'. Erra ao não levar em conta nas pessoas de classe média baixa, que poderia pagar aluguel de cerca de R$ 400, que poderiam estar na região".
Para o professor, a cidade precisa de um "mix" das outras propostas: "Tem de revitalizar o centro, subsidiar aluguel enquanto as pessoas esperam atendimento em algum programa, reurbanizar favelas e usar prédios vazios para moradia popular. Não há uma solução única".
"Se eu for eleito, vou mudar para o centro", disse o candidato tucano, que mora em apartamento avaliado em R$ 415,8 mil no Morumbi.
| Professor da USP analisa propostas para habitação em SP | ||||
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O objetivo do candidato é, com a mudança, incentivar "pessoas e empresa a se instalarem na região", que "só assim será revitalizada", segundo o candidato.
Para o especialista em habitação da FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo) João Whitaker, a proposta é "sensata, mas esconde um caráter demagógico, que é o de elitizar a região central, expulsando os pobres de lá".
O professor analisou as propostas dos candidatos à prefeitura de São Paulo para a questão habitacional (clique na tabela ao lado para ver em detalhes).
A bandeira da candidata petista para a questão é a volta do Bolsa-Aluguel, programa implantado pela candidata em 2004 (ano que tentava a reeleição) e que oferecia subsídio de R$ 300 para famílias de baixa renda.
O programa foi suspenso em 2007, pela gestão José Serra (PSDB), e atendeu a 1.500 famílias. Na época, a proposta foi criticada pela gestão tucana pelo baixo alcance - 0,1% da população em favelas ou cortiços da cidade.
O prefeito e candidato à reeleição Gilberto Kassab (DEM) diz que sua principal proposta, para o problema, é a "reurbanização de favelas".
Kassab diz conduzir o "maior programa de reurbanização de favelas da América Latina" e cita, ainda, programa de revitalização da Cracolândia, o "Nova Luz".
E eles, onde moram?
O programa, que consiste em desapropriar edifícios deterioriados da região e incentivar a a vinda de empresas de tecnologia, também é alvo de críticas por parte do professor.
"É outra proposta de higienizar o centro e tentar criar uma nova 'Oscar Freire'. Erra ao não levar em conta nas pessoas de classe média baixa, que poderia pagar aluguel de cerca de R$ 400, que poderiam estar na região".
Para o professor, a cidade precisa de um "mix" das outras propostas: "Tem de revitalizar o centro, subsidiar aluguel enquanto as pessoas esperam atendimento em algum programa, reurbanizar favelas e usar prédios vazios para moradia popular. Não há uma solução única".
Veja também, no Rio de Janeiro:
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