Os candidatos a prefeito de Belo Horizonte João Leite (PSDB) e Alexandre Kalil (PHS) estão dispensando alguns dos apoios que têm recebido de lideranças políticas de Minas Gerais.

Embora tenha festejado o apoio que recebeu dos candidatos do PMDB e do PDT derrotados no primeiro turno, o candidato tucano ironizou o apoio do prefeito da capital mineira Marcio Lacerda (PSB). "A decisão de votar é livre das pessoas. Isto está no artigo 5º da Constituição brasileira, nos direitos e garantias fundamentais", afirmou o candidato, ao comentar o voto do prefeito. Com a reação do tucano, o socialista acabou recuando e não fez o anúncio formal de apoio.

Nesta terça-feira (11), durante ato de campanha, Leite se negou a comentar outro apoio que recebeu na véspera: ficou em silêncio quando indagado do apoio do vice-prefeito de Belo Horizonte, Délio Malheiros (PSD), que ficou em quinto lugar na disputa. O tucano encerrou entrevista à imprensa sem responder qual seria sua opinião sobre o apoio do pessedista.

PCdoB numa saia justa cancela ato

O PCdoB, que tinha Jô Moraes (PCdoB) como vice do candidato Reginaldo Lopes (PT), cancelou o ato público de apoio à candidatura de Alexandre Kalil (PHS) à Prefeitura de Belo Horizonte, após a recusa do próprio candidato. Oficialmente, a legenda informou que vai "reavaliar" o voto no candidato.

O ato estava marcado para esta quinta-feira (13). Nesta segunda-feira (10), a legenda havia anunciado o apoio a Kalil: "contra o golpe" e "contra o candidato do PSDB". 

Poucas horas depois, porém, o candidato do PHS recusou o apoio dos comunistas. "Não tentem colar em mim bandeiras que não me interessam. 'Fora, Dilma, foram Aécio, golpista'. Não quero nada disso", afirmou Kalil.

O candidato do PHS repete à exaustão o mote da campanha do prefeito eleito de São Paulo João Doria (PSDB): "não sou político".