No primeiro debate entre os candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte no segundo turno, João Leite (PSDB) e Alexandre Kalil (PHS) adotaram estratégias diferentes e trocaram farpas durante praticamente todo o evento promovido pela Band, na noite desta sexta (7).

Ex-presidente do Atlético Mineiro, Kalil adotou estratégia semelhante à do prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), que faturou a disputa no primeiro turno apostando no discurso "não sou político, sou gestor".

Durante todo o debate da Band, Kalil se apresentou como o anti-político e disse que João Leite representa a velha política.

"Não sou político. Não preciso desse conhecimento. Você [oão Leite] só foi jogador de futebol e deputado. Eu trabalhei para cachorro. O que precisa para administrar a cidade é ter alma", afirmou Kalil. "Somos muito diferentes. Vamos acabar com a politicagem. O mundo existe sem o PT e o PSDB", disse Kalil.

Já o ex-goleiro do Galo, disse que o candidato do PHS é apoiado pelo governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), que é suspeito de praticar irregularidades e é investigado na Operação Acrônimo. Pimentel nega.

"Você [Kalil] esteve com o governador Pimentel esta semana e se esconde. Você se esconde do apoio político que recebe do PT", disse Leite.

"Isso é mentira. Você vive de mentiras e golpes de marketing", afirmou o candidato do PHS.

João Leite terminou o primeiro turno na primeira colocação com 33,4% dos votos válidos. Alexandre Kalil teve 26,5%.

O candidato do PSDB afirmou ainda que Kalil não tem preparo para assumir a prefeitura. "Kalil não sabe. Não conhece a administração pública. Não tem propostas e esconde que é político", disse Leite. "O senhor não sabe o básico para governar Belo Horizonte", afirmou.

Além dos ataques, os candidatos também falaram sobre temas como segurança pública. João Leite propôs armar a Guarda Civil Metropolitana e criar um gabinete integrado com presença da GCM, PM, Polícia Civil, Ministério Público e Tribunal de Justiça. Já Kalil afirmou que não dá para "sonhar com gabinete" e sugeriu "equipar e botar polícia na rua".