UOL Eleições 2008 Rio de Janeiro

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  Alessandro Molon

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  Chico Alencar

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  Eduardo Paes

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  Fernando Gabeira

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  Jandira Feghali

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  Marcelo Crivella

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  Solange Amaral

Alessandro Molon (PT)

“Devolver a paz e a tranqüilidade ao carioca do morro e do asfalto será o meu maior desafio nos próximos 4 anos. O sentimento de insegurança que aflige todas as faixas socioeconômicas da população está longe de ser um problema que se resolva apenas com ação policial. Os recentes excessos e desacertos da PM são a prova inequívoca de que a política simplista de enfrentamento é ineficaz.

Os danos causados pela violência ultrapassam o plano individual ou familiar e atingem a economia da Cidade Maravilhosa, resultando, inclusive, na redução da oferta de emprego. Não existe receita mágica que faça a cidade voltar a respirar, sem sustos e sem sobressaltos. No entanto, não faltam bons exemplos – Bogotá, na Colombina, é apenas um deles.

A ação prioritária será o alinhamento dos três níveis de governo, em todas as ações na cidade. Boa parte dos problemas atuais resulta de desencontros federais, estaduais e municipais – a desastrada atuação do Exército no Morro da Providência é exemplo recente e dramático.

Penso que o grande desafio é implementar políticas que levem à redução das desigualdades sociais e que, por esse caminho, conduzam harmoniosamente à redução da insegurança. Desigualdade e insegurança se combatem com direitos. É preciso dar voz aos que vivem os dois cercos, o das desigualdades e discriminações, e o da violência e do medo. Ao rompermos com a segregação, tornamos a cidade um espaço de convivência respeitosa e de bem-viver. Esse direito à cidade é direito de cidadania, é ele que faz a cidade segura, cidade de todos, cidade-cidadã.

Uma ação simbólica será a implantação progressiva dos Territórios de Cidadania – versão urbana do programa homônimo do Governo Federal – nas regiões de baixo IDH. A conjugação desses esforços – e nenhum deles isoladamente – é que nos irá redimir da desintegração produzida nos laços urbanos, até hoje combatida em seus efeitos e nunca enfrentada em suas raízes”, diz Alessandro Molon.