Gilmar ataca imprensa e diz que PT gestou "germe ruim da violência"

Felipe Amorim e Mirthyani Bezerra

Do UOL, em Brasília e em São Paulo

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes fez duras críticas ao Partido dos Trabalhadores e à imprensa ao dar o seu voto no julgamento do habeas corpus contra a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), analisado no plenário da Corte na tarde desta quarta-feira (4).

Mendes afirmou que o PT, que tem chamado de "fascistas" e "milicianos" quem protagonizou episódios de violência contra a caravana do petista no Sul do país, foi quem gestou o "germe ruim da violência". Ele citou o episódio em que o então governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), foi agredido por professores em greve em 2000. "E José Dirceu, líder então, disse: bem feito, vai apanhar nas ruas e nas urnas. Esse tipo de intolerância. Gestou-se esse germe ruim da violência", disse.

Na mesma fala, ele atacou a imprensa, chamando-a de "opressiva" e "chantagista", citando nominalmente o Jornal Nacional, da TV Globo, e os jornais Folha de S. Paulo e O Globo. "Se fez ontem um festival no Jornal Nacional querendo provar minha incoerência. Não tem incoerência, tenho responsabilidade com o país", afirmou referindo-se à reportagem do JN que mostrou que ele votou a favor da prisão após condenação em segunda instância em 2016.

Quanto à Folha, criticou a reportagem publicada este domingo (1º) sobre os 88 dias de férias do Poder Judiciário. "É como se dissesse assim: se vocês se comportassem, a gente não publicaria isso, mas como vocês não estão se comportando. Em um regime democrático isso não se pode fazer", afirmou ao salientar-se contra os chamados feriados do judiciário.

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