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Durante reunião com reitores e diretores de universidades de Santa Catarina neste sábado (24), em Florianópolis, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exaltou o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e chegou a dizer que eles formavam uma dupla como a parceria entre o argentino Lionel Messi e o uruguaio Luis Suárez, atacantes do time de futebol Barcelona.

Lula fazia referência ao período em que ele era presidente e Haddad, ministro da Educação. "Quando você está no governo, você faz. O mandado é curto e você faz. Por isso, eu e Haddad funcionávamos como se fôssemos uma dupla de jogadores do mesmo time: Messi e Luis Suárez".

Lula também disse que a educação foi prioridade em seu governo. "Eu fico feliz que o Haddad tenha vindo. Ele pode falar algumas coisas de educação, porque ele é o coordenador de programa de governo aprovado pelo diretório do PT. O Haddad sabe que quando estivemos juntos, a gente fez a educação uma prioridade do governo."

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Haddad foi ministro da Educação de 2005 a 2012, e Lula atribuiu a ele duas das principais políticas de seu governo: a criação do Fies e a do Prouni.

Após o debate, Lula participou de um ato pela educação, também na capital catarinense. Ele voltou a afirmar que é inocente e criticou as investigações da Operação Lava Jato. "Ele [juiz Sério Moro] não só aceitou [a denúncia do Ministério Público] como me condenou a nove anos de prisão. Em um processo em que a única prova que tem é a prova da inocência apresentada por mim. Nem os acusadores apresentaram prova."

O ex-presidente também criticou a Rede Globo. "Todo dia a Globo pede a minha prisão. Tem hora que eu tenho vontade de eu mesmo me prender, para ver se a Globo parece satisfeita."

Os eventos de hoje em Florianópolis fazem parte da caravana do ex-presidente iniciada na segunda-feira (19) por cidades do sul do país. O ato desta manhã foi a primeira parada do tour em Santa Catarina. No Rio Grande do Sul, Lula enfrentou protestos em todas as cidades pelas quais passou e chegou a cancelar sua participação em um evento em Passo Fundo, na sexta (23), porque uma manifestação impediu sua entrada na cidade.

Substituto na eleição

A incerteza sobre a possibilidade de Lula disputar a eleição presidencial neste ano faz com que nomes de substitutos sejam especulados. Um deles é o de Haddad, embora, oficialmente, nenhum integrante da cúpula petista admita a existência de um plano B. Em janeiro, em entrevista ao UOL, Haddad defendeu que Lula deveria ir com sua candidatura até às últimas consequências.

Neste sábado, a Folha publicou reportagem sobre encontro realizado no início deste mês no qual Lula teria indicado que o ex-prefeito precisa estar pronto caso seja escolhido para substituí-lo como candidato ao Planalto pelo PT.

Lula foi condenado em segunda instância a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex do Guarujá, e em tese está inelegível pela Lei da Ficha Limpa. Seu caso, porém, ainda será analisado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).