Debate agressivo em BH tem acusações contra Aécio e Pimentel

Carlos Eduardo Cherem

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

  • Fernanda Carvalho/O Tempo/Estadão Conteúdo

    Alexandre Kalil (PHS) e João Leite (PSDB) fazem debate para a Prefeitura de BH

    Alexandre Kalil (PHS) e João Leite (PSDB) fazem debate para a Prefeitura de BH

À agressividade e ofensas pessoais dos encontros anteriores, os candidatos que disputam o segundo turno da eleição para a Prefeitura de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS) e João Leite (PSDB), incorporaram ataques a lideranças políticas, como o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), e do ex-governador de São Paulo e ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) José Maria Marin, no quarto debate realizado entre os dois na noite desta terça-feira (25), realizado pelo SBT.

Propostas e apresentação de programas foram temas pouco tratados pelos candidatos.

"O investigado na Lava Jato Aécio Neves está deixando seu apartamento na avenida Vieira Souto, no Rio, onde mora, pra vir te apoiar", afirmou Kalil. "Você [João Leite] está desesperado com as pesquisas que me colocam na frente", disse.

"Aécio é muito diferente de você. Ele não está condenado como você", afirmou Leite. "O senador não está sendo nem investigado na Lava Jato. Mas você está condenado a três anos e nove meses de cadeia", disse o tucano.

"Não fui condenado. É mentira. Estou condenado é a prestação de serviços. Isso não tem problema", respondeu Kalil.

Leite ainda acusou Kalil de ter criticado a prisão de José Maria Marin, nos EUA, acusado de corrupção. "Você é um cartola que quando o Marin foi preso falou que isso era injustiça. Você, quando foi presidente do Galo, aumentou a dívida do clube em mais de R$ 120 milhões", disse o candidato do PSDB. Leite é ex-goleiro do time mineiro e Kalil, ex-presidente.

"Você [João Leite], quando foi se casar em 1979, não tinha dinheiro e pediu para o papai [Elias Kalil, também ex-presidente do Clube Atlético Mineiro]. Você se esquece das coisas. Você é um pidão", afirmou o candidato do PHS.

"Você [Kalil] não respeita ninguém. Não me respeita como ex-goleiro do Atlético, que por mais de 17 anos defendeu a camisa do clube", disse o tucano.

Leite acusou ainda o candidato a vice-prefeito na chapa de Kalil, o deputado estadual Paulo Lamac (Rede), que recentemente deixou o PT e foi líder de Pimentel na Câmara Municipal quando o petista foi prefeito de Belo Horizonte, de estar envolvido na Operação Acrônimo, que investiga o governador de Minas por corrupção e lavagem de dinheiro.

"Vamos aguardar os próximos passos da operação Acrônimo, que tem o envolvimento do seu vice para saber da situação do governador Fernando Pimentel", afirmou o tucano.

"Você é um malandrão, quando ocupava a Assembleia recebeu R$ 74 mil de salário, que, à época, com o salário mínimo valendo R$ 180, representava 34 anos do trabalho de um empregado. Você só usou calção e terno na vida", afirmou Kalil

"Minha vida é honrada. Tenho orgulho de ter usado o calção de jogador", respondeu o tucano.

 

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