Três pessoas foram presas em Salvador por fazerem boca de urna nas eleições deste domingo (7), segundo afirmou o juiz da 19ª Zona Eleitoral, Eduardo Barreto, em entrevista coletiva neste domingo na sede do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) da Bahia.

As prisões ocorreram nos bairros de Itapuã e Mussurunga. A pena para este crime eleitoral é de seis meses a um ano de detenção.

O juiz apresentou ainda um balanço da fiscalização da propaganda irregular nos dois meses de campanha: 15.013 peças de propaganda em desrespeito à legislação eleitoral, entre pinturas de muros, placas, banners, cartazes e faixas foram identificados pela Justiça Eleitoral baiana, entre o primeiro dia oficial de campanha, 6 de julho, e a última sexta-feira (5).

“É uma pena, porque a cidade ficou bem suja”, afirmou Barreto. Os candidatos com propaganda em situação irregular serão citados judicialmente a apresentar sua defesa. A penalidade nesses casos é multa, que vai de R$ 5.000 a R$ 17 mil reais.

Apesar de ilegal, a distribuição de santinhos de candidatos pôde ser vista durante todo o dia em muitos locais de votação da cidade.

“É difícil a fiscalização. Salvador tem mais de 600 locais de votação, e a Polícia Militar não tem efetivo suficiente para fiscalizar todos os locais”, afirma o coordenador de eleições do TRE-BA, André Cavalcante.

Na capital baiana, 20 urnas eletrônicas apresentaram problemas e precisaram ser substituídas, segundo balanço parcial do TRE-BA, contabilizado até as 16h deste domingo. No Estado, esse número foi de 107 substituições. No entanto, em nenhum dos casos foi necessário adotar a votação com cédula de papel. A votação em Salvador utilizou cerca de 4,5 mil urnas eletrônicas. Na Bahia, das 37.557 urnas utilizadas nas eleições, apenas 305 apresentaram problemas. As que não precisaram ser substituídas tiveram os problemas corrigidos a tempo de serem utilizadas na votação.