Exército e Marinha ocupam mais cinco favelas das zonas norte e oeste do Rio

Do UOL, no Rio

As Forças Armadas ocupam desde as 8h desta terça-feira (2) mais cinco favelas do Rio de Janeiro com o objetivo de dar apoio ao trabalho de fiscalização do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Militares do Exército chegaram ao morro do Timbau, no Complexo da Maré, na zona norte, enquanto soldados do Exército fixaram bases nas favelas Piraquê e Vila Cosmos, em Campo Grande, Vila Sapê, em Curicica, e Vila Vintém, em Bangu, todas na zona oeste. As tropas ficam no Rio até domingo (7), dia da votação.

Na segunda-feira (1º), as Forças Armadas iniciaram a série de operações planejada para coibir possíveis irregularidades e crimes eleitorais durante a eleição. A primeira favela ocupada foi a Gardênia Azul, em Jacarepaguá, controlada por uma milícia. Durante a tarde, o Exército chegou ao Muquiço, e a Marinha seguiu para a comunidade Fogo Cruzado, ambas na Maré. No total, cerca de 1.300 homens participam da ação de apoio ao TRE-RJ.

"Nós vamos coibir propaganda irregular e qualquer outro tipo de delito previsto no Código Eleitoral. Além do Exército, vamos contar com 80 homens [fiscais do TRE] e juízes”, afirmou o presidente do órgão, desembargador Luiz Zveiter, que acompanhou a movimentação das tropas durante a segunda-feira (1º).

A movimentação das tropas federais pelas favelas da capital fluminense têm despertado a atenção dos moradores principalmente por conta da utilização dos blindados Urutu e Cascavel. Os tanques do Exército são utilizados no sentido de facilitar o deslocamento e dar apoio logístico.

Até o próximo sábado (6), véspera da votação, receberão tropas federais 28 favelas do Rio, das quais a maioria controlada pela máfia das milícias --grupos paramilitares que exploram serviços clandestinos, principalmente na zona oeste da capital fluminense.

Os criminosos também são conhecidos pelos crimes eleitorais, o que inclui a coerção de moradores para que estes votem em determinados candidatos indicados pelos milicianos. Para impedir isso, o uso de aparelho celular na cabine de votação foi totalmente proibida no dia do pleito (a medida serve para impossibilitar o eventual registro fotográfico do voto).

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