Em sabatina no Rio, Paes admite constrangimento com bicheiros em escolas de samba
Do UOL, no Rio
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Ale Silva/Futura Press/AE
Em sabatina do jornal "O Globo", Eduardo Paes (PMDB) admitiu ser "chato" o fato de muitas escolas de samba do Rio estarem vinculadas à máfia do jogo do bicho
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O prefeito do Rio de Janeiro e candidato à reeleição, Eduardo Paes (PMDB), afirmou durante sabatina promovida pelo jornal "O Globo", nesta sexta-feira (14), considerar "chato" o fato de muitas escolas de samba estarem vinculadas à máfia do jogo do bicho.
Paes disse que já pensou em licitar a festa, mas a proposta não teria sido bem recebida pelas escolas. "Não apareceu ninguém", afirmou o candidato à reeleição, que já foi acusado pelos adversários de beneficiar escolas de samba para conseguir votos.
"Chato, é. Mas vou acabar com o carnaval? É chato para todos nós. Agora, eu acho que há um processo, a gente vê bicheiro sendo preso, condenado. O que foi meu esforço? Foi dotar as escolas de samba de uma condição tal que permitisse a elas abandonar essa terrível história do patrono. O dia que o patrono estiver catando coquinho no asfalto é o dia ideal", afirmou.
"Eu não tenho reunião secreta com o Anísio não sei das quantas, com o CCapitão não sei das quantas. Quero que todos eles se danem, pra não dizer se explodam. Não estou nem aí para eles, nunca encontrei secretamente com nenhum deles", completou o prefeito.
Durante a sabatina promovido por "O Globo", o peemedebista disse que a sua relação com a Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba) se limita ao diálogo com o presidente do grupo, Jorge Castanheira.
"A conversa que eu faço com a Liesa é com o Jorge Castanheira, é pública. O que eu posso fazer é ajudar as escolas para que elas tenham um caminho próprio, vida própria", declarou.
Segundo Paes, o financiamento das escolas de samba com dinheiro público é fundamental para manter a estrutura do Carnaval carioca, e assim garantir o crescimento do turismo na cidade.
Já o candidato do PSOL, Marcelo Freixo, principal adversário de Paes na corrida eleitoral, defende a tese de que as escolas de samba devem receber dinheiro público desde que os enredos escolhidos tenham "contrapartidas culturais".