Pela 1ª vez na propaganda eleitoral na TV, Serra diz que deixou prefeitura para evitar que PT assumisse Estado

Do UOL, em São Paulo

O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, justificou pela primeira vez em sua propaganda eleitoral na TV desta segunda-feira (3) sua saída da prefeitura em 2006 e afirmou que irá cumprir integralmente o mandato caso eleito.

O tucano assumiu a prefeitura em 2005, mas deixou o cargo para disputar o governo do Estado em 2006. Na TV, Serra disse que, na ocasião, “o Estado estava ameaçado de cair nas mãos do PT”. “Você [eleitor] me entendeu, me apoiou e me elegeu no primeiro turno”, disse.

SERRA EXPLICA EM PROGRAMA NA TV POR QUE DEIXOU A PREFEITURA

Serra justificou sua decisão dizendo que, quando assumiu o cargo de prefeito em 2005 encontrou a prefeitura “falida”, mas que conseguiu colocar “as contas em ordem” no primeiro ano de mandato --o tucano sucedeu a ex-prefeita Marta Suplicy (PT).

O candidato disse ainda que disputou o governo porque o então governador Geraldo Alckmin (PSDB) não podia mais tentar a reeleição. “A situação agora é bem diferente. O Alckmin pode se reeleger”, disse.

A saída de Serra, que havia se comprometido a permanecer no cargo até o fim, é um dos fatores que explica sua rejeição recorde: de acordo com a última pesquisa Datafolha, divulgada no dia 29, 43% dos eleitores dizem que não votariam em Serra "de jeito nenhum".

VEJA A ÍNTEGRA DO HORÁRIO ELEITORAL DESTA SEGUNDA (3)

A última pesquisa de intenção de voto em São Paulo, divulgada na sexta-feira (31) pelo Ibope, aponta que Serra perdeu seis pontos percentuais (de 26% para 20%) e está tecnicamente empatado no segundo lugar com Fernando Haddad (PT), que subiu de 9% para 16%. A margem de erro é de três pontos percentuais.

O líder nas pesquisas Celso Russomanno, do PRB (que tem 31% das intenções de voto, segundo o Ibope), apresentou propostas para a educação em seu programa eleitoral e atacou o sistema de progressão continuada.

“Na educação, a progressão continuada, que virou promoção automática, tem arrasado o ensino. O aluno não recebe o boletim e passa [de ano] sem saber”. Russomanno prometeu revisar o modelo atual e “ajudar os professores, com melhores salários (...) e plano de carreira”.

Haddad destacou sua experiência como ministro da Educação e sua parceria com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como a gestão "que mais colocou estudantes pobres nas universidades".

Gabriel Chalita, candidato do PMDB, voltou a atacar o que chama de “picuinha” entre PT e PSDB. “PT e PSDB nunca se uniram para fazer mais metrô”, disse.

Com um programa focado em propostas para o setor de transportes, Chalita disse que os problemas da cidade “podem ser resolvidos com um prefeito capaz de unir prefeitura, Estado e governo federal, para fazer mais metrô”.

Chalita prometeu criar o “expresso zona leste”, um corredor na avenida Radial Leste que “irá direto do centro para a zona leste, sem parar, paralelo à linha vermelha, para desafogar o metrô, com sistema integrado ao Bilhete Único”.

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