Líder, Carlos Eduardo é alvo de adversários em debate em Natal

Elendrea Cavalcante

Do UOL, em Natal

As duas gestões anteriores de Carlos Eduardo (PDT) na Prefeitura de Natal, sua ligação no passado com a atual prefeita Micarla de Souza (PV), a escolha de sua vice Wilma de Faria, que também foi gestora de Natal e governadora do Rio Grande do Norte, foram as armas utilizadas pelos quatro outros candidatos Rogério Marinho (PSDB), Hermano Morais (PMDB), Fernando Mineiro (PT) e Robério Paulino (PSOL) para atacar o pedetista, que tem hoje, segundo o Instituto Consult,  57,8% da preferência do eleitorado em Natal.

A estratégia dos candidatos foi começar a lembrar Carlos Eduardo de suas poucas realizações  na saúde pública durante sua gestão,  além de ter apoiado a candidatura da atual prefeita de Natal, Micarla, e ter entregue a ela “uma prefeitura endividada”, segundo Paulino.

“O senhor governou a cidade durante sete anos e sequer informatizou os postos de saúde”, disse Rogério Marinho, ao emendar a crítica do candidato do PSOL.

O petista Fernando Mineiro foi ainda mais enfático nas relações dos candidatos com a atual prefeita. "Tanto Carlos, quanto Hermano e Rogério participaram direta ou indiretamente das últimas gestões e nada fizeram por Natal."

Carlos Eduardo esquivou-se da relação com Micarla e disse que entregou a prefeitura com um superavit de R$ 10 milhões, o pagamento de funcionários públicos em dia, equipou as unidades de saúde e alavancou o desenvolvimento da cidade.

“De volta à prefeitura, tenho entre minhas propostas aumentar a quantidade destas unidades de saúde, fazer concurso para os profissionais que vão trabalhar nelas, assim como dotá-las de remédios. Natal investe hoje menos de 2% de sua receita. Dá para fazer mais e recuperar a capacidade de investimento da cidade."

Além das “relações ” com a atual prefeita,  Carlos Eduardo lembrou que Hermano Morais foi vereador em sua gestão e seu líder na Câmara.

“Agora Hermano reprova minha gestão e recebe apoio do PV, da atual prefeita Micarla."

Hermano confirmou a participação, mas afirmou que se afastou do governo do Carlos Eduardo por conta de sua postura arrogante, o que foi endossado por Rogério Marinho.

Blocos

No primeiro bloco do programa os candidatos enfatizaram a necessidade de reorganização da prefeitura, quitando suas dívidas e dando prioridade às obras de mobilidade urbana.

O segundo bloco esquentou com acusações de que Carlos Eduardo também é culpado pela calamidade na saúde pública de Natal. Adversários afirmaram que ele e a vice Wilma de Faria tiveram cinco mandatos na mão e não conseguiram arrumar Natal.

No terceiro bloco, com a participação de jornalistas de veículos da cidade, foi discutido o endividamento do município, seus custos e a necessidade do próximo prefeito trabalhar parceria público-privadas e relações internacionais para trazer recursos para cidade e alavancá-la.

Discussões sobre obras para Copa do Mundo de 2014, setor hoteleiro, financiamento de campanha e corrupção foram os temas tratados no quarto bloco, com ênfase no atraso das obras que Natal deveria estar executando após ter sido escolhida como uma das sedes da Copa do Mundo de 2014.

No quinto bloco, os candidatos Hermano Morais e Rogério Marinho enfatizaram o baixo nível de cobertura sanitária de Natal, que é de apenas 30% da cidade e lembraram que a falta de proteção sanitária já está inclusive afetando as praias e afastando turistas.

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