24/08/2010 - 11h49

Em debate com vices, Temer diverge de Dilma e considera constituinte exclusiva inviável

Carlos Bencke
Do UOL Eleições
Em São Paulo

Durante debate promovido pela Folha e pelo UOL, realizado nesta terça-feira (24), em São Paulo, com os candidatos a vice-presidente Michel Temer (PMDB), Guilherme Leal (PV) e Indio da Costa (DEM), o peemedebista divergiu de sua companheira de chapa, Dilma Rousseff (PT), sobre a possibilidade de uma constituição exclusiva.

 

Segundo Temer, não existe nenhuma chance de se fazer uma constituinte exclusiva para aprovar as reformas política e tributária. “Tanto a revisão constitucional como a constituinte exclusiva agora são muito difíceis. Não há clima no país para isso”, disse. E completou: “É absolutamente inviável. Não vejo razão para distinguir um congresso que faça as reformas e um congresso que faça a revisão constitucional”.

 

Em debate realizado na semana passada com os três principais candidatos à Presidência da República, Dilma disse que é "uma das possibilidades”. Além de admitir a constituinte, Dilma defendeu também um processo democrático de discussão sobre a necessidade das reformas e sobre como fazê-la.

O presidente da Câmara dos Deputados defendeu ainda um referendo sobre o assunto. "O novo Congresso teria poderes para fazer a revisão constitucional. Para isso, é preciso que o povo confira, na eleição, esse poder ao Congresso. O que eu proponho é que se faça um referendo para verificar se o povo concorda ou não", afirmou.

Indio da Costa, por sua vez, afirmou ser favorável a uma constituinte que seja restrita a temas pontuais, como a reforma política. “Eu sou a favor de poder modernizar a constituição federal, desde que se limite. Senão, é melhor eleger uma nova constituinte”, disse.

O vice candidato de Marina, Guilherme Leal, disse que há reformas que dificilmente serão realizadas se não forem feitas através de uma constituinte.
 

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