24/08/2010 - 11h17

Indio diz que Dilma ''faz qualquer negócio para fugir de debate''

Andréia Martins
Do UOL Eleições
Em São Paulo

Em sua primeira participação no debate entre os candidatos a vice-presidente, Indio da Costa , vice de José Serra (PSDB), não poupou críticas à candidata petista, Dilma Rousseff, que ontem não compareceu ao debate entre os presidenciáveis promovido nesta segunda-feira (23), pela TV Canção Nova e pela Rede Aparecida de Comunicação.

 

“Ela faz qualquer negócio para fugir de debate”, disse o vice do tucano, ao comentar que a petista teria deixado de ir ao debate para ir a um show de rock. "Não acho que seja do gosto da candidata ir a shows de rock", completou ele.

O debate conta ainda com a presença dos vices Guilherme Leal (PV), da chapa de Marina Silva, e Michel Temer (PMDB), vice de Dilma Rousseff (PT).

A primeira pergunta questionou a opinião dos candidatos sobre a propostas para uma assembleia de revisão constitucional, para que determinados artigos da Constituição sejam modificados pelo Congresso. Para Leal e Temer, a proposta poderia acelerar a votação de reformas como a política e a tributária.

“A Marina Silva defende uma assembleia constituinte exclusiva como uma opção para tratar algumas das questões relevantes que se colocam como desafio para o governo”, disse Leal, que considerou a opção um “caminho possível”.

Já o peemedebista disse que tal proposta só poderia ser aprovada se fosse validada “pelo povo", elegendo representantes no Congresso para esse fim, e "por meio de um referendo”.

Indio da Costa de mostrou contrário à ideia. “Eu sou contra qualquer tipo de mudança na Constituição. Ontem o ministro [da Comunicação Social] Franklin Martins disse que eu sou uma besta. Mas me parece que eles estão vivendo no século passado”, disse Indio da Costa, citando projetos do governo Luiz Inácio Lula da Silva que segundo ele, buscavam estabelecer o controle da mídia.

“Esse não é o governo que a gente quer. (...) A candidata atual não é conhecida da população. Vamos ter atenção, acompanhar de perto, para escolher melhor em quem votar”, disse o democrata.
 

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