24/08/2010 - 11h52

Temer descarta controle da mídia; Indio volta a ligar PT às Farc

Andréia Martins
Do UOL Eleições
Em São Paulo

O candidato a vice na chapa de Dilma Rousseff (PT) e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, negou a intenção de seu governo em controlar a mídia, com sugeriu Indio da Costa, vice de José Serra (PSDB). "A própria Dilma já disse, controle só se for o controle remoto. Não há possibilidade de impor um controle", disse Temer durante o debate Folha/UOL entre os candidatos a vice-presidente.

Além disso, o peemedebista voltou a negar que seu partido esteja negociando cargos e espaço num eventual governo da petista. “Na aliança do PT e do PMDB, o PMDB terá a vice-presidência. Segundo ponto: participaremos do programa de governo. Esses são os únicos compromissos. Não há nada disso de partilha de cargos. (...) Quem vai decidir isso é a presidente da República”, disse.

 

Antes, o deputado Indio da Costa (DEM) voltou a comentar a ligação do PT com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Segundo o democrata, o partido teria participado de um encontro com as Farc em Buenos Aires, na semana passada.

“Ninguém me chama para participar de uma reunião com as Farc. Se me chamarem, eu vou com a Polícia Federal para prender todo mundo”, disse Indio, que defendeu a criação do Ministério da Segurança para conter a entrada de drogas e o crime no país.

Questionado sobre a posição de figuras como Fernando Gabeira (PV-RJ) e Fernando Henrique Cardoso, favoráveis à legalização das drogas, Indio disse que Gabeira hoje é contra a liberação das drogas.

“Ele já viu o que aconteceu em países que fizeram isso. E as pessoas podem ter a opinião que quiserem. O FHC é favorável, mas não propôs liberar as drogas em seu governo”, argumentou o democrata.

Michel Temer entrou na discussão para rebater a afirmação de Indio de que no governo federal há “permissividade” para a entrada das drogas. "Nestes últimos anos, aumentou a apreensão de cocaína. Há uma ação do Ministério da Justiça e da Polícia Federal nisso. Temos que estar atentos. Mas dizer que há permissividade para o tráfico de drogas, não há”.

 

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