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07/10/2008 - 10h01

Marta diz que Kassab "não tem imagem própria" e que vai virar disputa

Do UOL Notícias
Em São Paulo
No segundo dia de campanha do segundo turno, a candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, visitou a região de Itaquera, na zona leste da capital, e voltou a criticar seu rival eleitoral.

  • Moacyr Lopes Jr./Folha Imagem

    Às 10h, Marta busca votos em boteco do centro de Itaquera

  • Moacyr Lopes Jr./Folha Imagem

    Eleitor dá beijo em candidata petista entre barracas de camelôs

  • Moacyr Lopes Jr./Folha Imagem

    Em associação de moradores da Cohab, Marta abraça eleitora

Perguntada sobre a aproximação entre o seu rival Gilberto Kassab (DEM) e o governador José Serra (PSDB), alfinetou: "Quem não tem imagem própria tem que se associar a alguém". A frase taxativa encerrou a entrevista coletiva que a candidata deu pela manhã em associação de idosos da Cohab 1.

O curioso é que uma das estratégias de Marta, como de vários candidatos petistas, é colar sua imagem à do presidente Lula, em alta nos levantamentos de popularidade, seja em comícios e em declarações públicas.

Pela segunda vez em dois dias, Marta pegou a avenida Radial Leste para fazer campanha na região que, junto com a zona sul da capital, deu para ela a votação mais expressiva no primeiro turno.

"Pretendo conquistar os eleitores de todas as áreas; tenho proposta para todos", respondeu quando questionada sobre por que escolheu fazer campanha neste início de segundo turno em redutos onde foi bem votada - segunda-feira esteve em Cidade Tiradentes.

Por outro lado, Marta disse não temer uma falta de alianças no segundo turno: "A cúpula do partido é quem trata disso. Minha preocupação é o eleitor, ele não vê quem está apoiando quem".

Ao chegar à associação, a candidata foi cercada pelas senhoras que estavam fazendo ginástica matutina ao som de Madonna ("Like a Virgin") e Pet Shop Boys ("Domino Dancing"). Elogios não faltaram à candidata. "Você é linda, bonitinha" e "você é muito chique, queria ter segurança que nem você" foram algumas das frases.

Depois, Marta tomou um café e comeu um pão com alguns dos idosos com quem se encontrou. "Seja bem-vinda ao nosso pedaço", gritou uma delas.

Em seu discurso para as senhoras, recomendou que não ficassem em casa na frente da TV. "Eu estou na idade de vocês, mas estou na ativa, na luta. Não fico em casa fazendo bolo e cuidando dos netos. E se puder namorar melhor, né?", falou a política de 63 anos ao microfone - seu atual marido, Luis Favre, não é visto nos compromissos de campanha.

Em seguida, em caminhada pelo centro comercial de Itaquera, onde passou por um açougue, uma padaria e um boteco, além cumprimentar ambulantes.

CIDADE TIRADENTES

Confira o primeiro dia de campanha da petista para
o segundo turno

No bar, conversando com um frequentador, ela prometeu que virar o jogo com Kassab, que venceu no primeiro turno (33% contra 32%) e está na frente nas pesquisas para o segundo. "Comecei atrás do Alckmin e viramos. Vamos lá, vamos fazer o mesmo", se entusiasmou.

Na calçada, um perueiro parou a candidata para reclamar que ficou sem emprego e sem indenização. "Eram empresas mafiosas. Fico chateada, mas não posso fazer nada. Não é a primeira vez que um perueiro me pára", tentou consolar Marta.

Mesmo no reduto petista também há os pouco simpáticos a ela. Ao entrar em uma padaria, um dos consumidores gritou: "Paga cafezinho para todo mundo, não adianta vir só para apertar a mão." Outro a chamou de "candidata Hello Kitty" e de Martaxa, apelido que ganhou dos detradores pela criação da taxa do lixo em 2003.

  • Kassab diz que apoiaria Alckmin, se ele tivesse passado para o segundo turno
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