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04/07/2006 - 19h04

Amazonas não pode ser considerado um "coitadinho", diz Arthur Virgílio

Da Redação
Em São Paulo
O líder do PSDB no Senado e candidato ao governo do AM, Arthur Virgílio, disse nesta terça-feira (4/7) que o Estado arrecada entre R$ 4,5 bilhões e R$ 5 bilhões ao ano, para uma população de, no máximo, 3 milhões de habitantes, e que, por isso, não pode "ser considerado um coitadinho".

A afirmação fez parte de sua plataforma como candidato ao governo. O tucano também disse que será preciso reverter o caos em que se transformou a saúde pública e a educação, e realizar uma importante reflexão sobre o futuro tecnológico do Pólo Industrial de Manaus.

Virgílio, uma das principais vozes da oposição ao governo Lula, vai enfrentar o atual governador de Amazonas, Eduardo Braga (PMDB), que apóia a reeleição do presidente.

Lembrando que as convenções de PSDB, PPS e PV lançaram seu nome para disputar a eleição de outubro juntamente com Leonel Feitoza (PSDB) para vice e Plínio Valério (Partido Verde) para o Senado, Virgílio anunciou que, se eleito, desenvolverá um programa de governo "factível, lúcido e honesto".

"O Estado precisa é ser administrado com lisura e acerto administrativo, e isso meus adversários, intencionalmente, jamais quiseram cumprir", afirmou Virgílio, citando o caso da Saúde, que recebe investimentos próximos de tudo aquilo que representa o orçamento de Manaus, algo em torno de R$ 1,4 bilhão.

O senador comprometeu-se a proceder a "ampla e imediata" reforma administrativa, extinguindo órgãos e "inúteis e numerosíssimos cargos", que estariam sendo loteados com interesses eleitoreiros.

O tucano mencionou o propósito de um órgão operacional paracuidar de mineração; a inclusão do curso de biotecnologia e engenharia genética na Universidade Estadual do Amazonas; o estabelecimento do pregão eletrônico em todas as licitações e a associação do governo estadual e da Prefeitura de Manaus para solucionar os problemas de abastecimento de água da capital do Amazonas.

Virgílio também afirmou defender espaço ao Pólo Industrial de Manaus na concorrência com os produtos chineses e no mercado das TVs digitais; a devolução à Superintendência da Zona Franca de Manaus do poder de definir os processos produtivos básicos do Pólo Industrial; incentivos à bioindústria, ao turismo; verbas ao setor agropecuário e engajamento da comunidade na segurança pública, que incluirá a construção de presídios e reaparelhamento das polícias.

As informações são da Agência Senado.