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01/10/2006 - 22h37

No Amazonas, PMDB reelege Eduardo Braga

O governador no Amazonas, Eduardo Braga, 45, (PMDB), conquistou novo mandato neste domingo. Ele bateu o ex-governador Amazonino Mendes (PFL). Os dois polarizaram a disputa no Estado. O PMDB encabeçou a chapa "Pelo Bem do Amazonas", com PP, PTB e PMN.

Os demais candidatos jamais atingiram os dois dígitos na preferência do eleitorado amazonense, segundo as pesquisas. Concorreram também o senador Arthur Virgílio (PSDB), Paulo Di Carli (PDT), Herbert Amazonas (PSTU), José Sampaio Sobrinho (PCO) e Professor Sérgio (PSDC).

Braga recebeu o apoio do PT, sobretudo com sinalização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O governador reeleito era filiado ao PPS quando foi eleito em 2002, também no primeiro turno. O partido abandonou a base de apoio ao presidente Lula em 2004, e Braga transferiu-se para o PMDB.

Campanha conturbada
O primeiro turno foi marcado por ataques a Braga. O candidato do PDT, Paulo De' Carli, acusou o governador de abuso de poder econômico e administrativo. De' Carli afirmou que a participação de famílias carentes no Projeto Cidadão, programa estadual de renda mensal e capacitação profissional, estaria condicionada à ida à convenção do PMDB, no dia 30 de junho, ou ao voto em Braga.

Ainda segundo o candidato do PDT, servidores do Estado, como psicólogos e assistentes sociais, teriam oferecido vales-transportes e o cartão do programa. E a senha para o cartão seria entregue no evento do PMDB. A coordenação da campanha de Braga negou as acusações e atribuiu a acusação a uma suposta aliança entre PDT e PFL.

Outro alvo de denúncias foi o seu atual vice e reeleito ao cargo, Omar Aziz (PMN). Segundo gravações telefônicas feitas pela Polícia Federal, Aziz teria pressionado a Assembléia Legislativa a aprovar uma emenda que lhe garantiu uma aposentadoria de cerca de R$ 20 mil. Ele nega a pressão e diz abrir mão de qualquer benefício.

As gravações foram feitas em dezembro no ano passado e janeiro deste ano. Aziz utilizava o telefone celular -que estava grampeado - do seu assessor Manoel Paulino da Costa Filho, preso pela PF por suspeita de envolvimento em fraudes em licitações.

Pesquisas
Os primeiros levantamentos de intenção de voto com registro no TSE sobre a disputa no Amazonas foram realizados na capital, Manaus, em julho. Dois deles, realizados pela Unisol, fundação ligada à Universidade Federal do Amazonas, mostravam empate técnico entre Braga e Amazonino.

Em final de agosto, o Instituto Ibope, com pesquisas mais abragentes, já apontava uma diferença de 11 pontos percentuais entre Braga e Amazonino, que estava em segundo lugar. Em início de setembro, a diferença registrada pelo Ibope 18 pontos percentuais.
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