Recado das urnas é de mudança, afirma Dilma
Do UOL, em São Paulo
A presidente reeleita, Dilma Rousseff (PT), afirmou, nesta segunda-feira (27), em entrevista ao "Jornal da Record", que o recado dado nas urnas domingo (26) é de "mudança".
"Eu acredito que uma eleição é sempre um recado de mudança", afirmou.
Ela voltou a pedir a união em torno de objetivos comuns --ela havia dito o mesmo em seu primeiro discurso após ser confirmada como presidente reeleita.
"Agora é a hora de todos nós nos unirmos para garantirmos um futuro melhor do Brasil. É preciso abrir um amplo para desaguar em um consenso e uma ponte, para que o país cresça e mantenha um nível baixo de desemprego", disse.
A presidente não quis dizer se haverá uma reforma ministerial. "Não tenho o menor interesse em fazer essa discussão agora. No tempo exato, eu darei os nomes", afirmou.
Nesta segunda, ela fez reuniões para discutir mudanças ministeriais e recebeu os cumprimentos de presidentes e chefes de Estado. Dilma também se reuniu por cerca de uma hora com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Em seu pronunciamento após a vitória, Dilma afirmou não acreditar que o Brasil esteja dividido após as eleições.Dilma obteve 51,64% dos votos e Aécio, 48,36%. A diferença de votos foi de 3,4 milhões. Essa foi a menor em um segundo turno desde a redemocratização.
Ela se disse aberta ao diálogo e que a reeleição é um voto de esperança na melhoria de um governo. A exemplo do que ocorreu após os protestos de junho de 2013, Dilma voltou a falar em plebiscito pela reforma política.
Antes disso, a disputa mais apertada foi em 1989, quando Fernando Collor de Mello (então no PRN) venceu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por 4 milhões de votos. Na época, Collor teve 53,03% contra 46,97% de Lula.
Veja também
- Gilmar diz que suspeita de fraude em eleição de 2014 é lenda urbana
- Facebook diz 'esperar tomar medidas' contra perfis falsos no Brasil antes das eleições de 2018
- Exclusivo: investigação revela exército de perfis falsos usados para influenciar eleições no Brasil
- 'Puxadores' de voto rendem R$ 390 milhões a seus partidos