Confira a íntegra do debate CNBB com os presidenciáveis

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Íntegra do 1º bloco

No primeiro bloco, os candidatos a presidente responderam uma questão da CNBB sobre reforma política

Íntegra do 2º bloco

No segundo bloco, bispos da Igreja Católica fizeram perguntas para os candidatos

Íntegra do 3º bloco

No terceiro bloco, os presidenciáveis responderam a questões formulados por jornalistas

Íntegra do 4º bloco

No quarto bloco, candidato perguntou para candidato.

Íntegra do 5º bloco

No quinto e último bloco do debate da CNBB, os candidatos fizeram suas considerações finais.

Candidatos participam de debate promovido pela CNBB

Oito presidenciáveis estiveram no encontro realizado em Aparecida, no interior de São Paulo.

Candidatos participam de debate promovido pela CNBB - Marlene Bergamo/Folhapress

Casos de corrupção esquentam debate sem confronto entre Dilma e Marina

O debate realizado pela CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) foi marcado pela falta de enfrentamento entre os principais candidatos à Presidência da República. O confronto só esquentou no final por causa de debates travados por candidatos nanicos e Aécio Neves (PSDB) --quando vieram à tona temas como os casos de mensalão do PT e do PSDB, a construção de um aeroporto em Minas Gerais e as recentes denúncias de corrupção na Petrobras. Leia Mais

Debate chega ao fim

Encerrado o debate promovido pela CNBB entre os presidenciáveis.

Levy Fidelix (PRTB)

Considerações finais de Levy Fidelix

Obrigado a todos vocês, brasileiros, até esse momento, que nos assistem. A CNBB que proporcionou nesse momento frutífero. E queria lembrar a todos, se vocês estão de acordo, a grande mídia, com as empreiteiras, com todas, todos esses bancos corruptos que estão por aí, votem nos mesmos. Continuem. No ano que vem, nas próximas eleições, em 2018, vão continuar reclamando. Reclamando dos altos impostos. Reclamando que falta saúde e educação. Que faltará também habitação. Faltará de tudo, porque a nossa mesmice vai continuar uma vez mais acreditando na falácia das grandes corporações. Jesus Cristo lá disse lá atrás, ele não estava nem com César nem com os fariseus, mas sim com o povo pobre, e escolheu pescadores, humildes, e eu estou aqui para dizer aos senhores, eu sou exatamente aquele candidato que pretende colocar o dedo na ferida, que pretende colocar em todos os meus debates que o povo sofre e não tem saída se não mudar e não mudar. Por isso, meus senhores, votem em propostas, não votem em candidatos. Que são farinha do mesmo saco. 

Pastor Everaldo (PSC)

Considerações finais de Pastor Everaldo

Quero nesse momento agradecer a CNBB, a rede de televisão, aos candidatos e todos aqueles que estão nos assistindo até essa hora. Reafirmo aqui o meu compromisso em defesa da vida do ser humano desde a sua concepção, sou contra o aborto. Sou contra a legalização das drogas. Sou contra, a favor da família como está na Constituição Brasileira, sou a favor da livre iniciativa, sou favor da liberdade de imprensa, sem marco regulatório, sou a favor da meritocracia. Ou  sou a favor do livre empreendimento, sou a favor do voto facultativo, fim do voto obrigatório, lamento profundamente que o Brasil esteja na manchete internacional novamente como foco de corrupção. E nós reafirmamos o nosso compromisso com o estado mínimo necessário. A partir de 1º de janeiro, eleito presidente, todo trabalhador brasileiro que ganha até R$ 5 mil reais estará isento do Imposto de Renda. Deus abençoe a você, Deus abençoe a sua família, Deus abençoe o nosso querido Brasil.

Luciana Genro (PSOL)

Considerações finais de Luciana Genro

Quero agradecer a oportunidade e me dirigir especialmente aos jovens que saíram às ruas em junho de 2013, e a todos e todas que apoiaram aquelas mobilizações históricas, que levantaram o sonho de um Brasil melhor. Esse sonho pode sim se realizar. É possível conquistar mais direitos, a saúde, a educação, transporte, moradia, desde que se tenha coragem de enfrentar, enfrentar os interesses dos bancos, os interesses dos milionários, os interesses daqueles que têm se beneficiado historicamente das políticas econômicas e das políticas tributárias desenvolvidas por esse país pelos partidos que já governaram. Nós podemos mudar o Brasil, e para isso o voto é um instrumento importante. Não desperdice seu voto, não deixe que as pesquisas votem por você. A eleição tem dois turnos e você tem a obrigação de escolher no primeiro turno o melhor candidato. Jogar o voto fora é votar em alguém que pode ganhar e te decepcionar. O verdadeiro voto útil é o voto no melhor candidato, naquele que tem as melhores propostas, naquele que tem a coragem de enfrentar esses interesses inescrupulosos que tem feito do nosso país um país que só beneficia os interesses de poucos onde alguns milionários se locupletam e a maioria do povo vive endividada, muitos na miséria, precisamos mudar isso, precisamos do seu voto no 50, no PSOL.

Eduardo Jorge (PV)

Considerações finais de Eduardo Jorge

Agradeço a comunidade da igreja católica que tem dado personalidades como Leon XIII, João XXIII e o Papa Francisco, com clareza, com transparência e verdade, não me escondi em nenhum momento. O partido verde é o partido do desenvolvimento sustentável e da cultura de paz. Partido democrático, que está disposto a construir o Brasil com quem quiser dialogar conosco, rejeita qualquer tipo de autoritarismo, seja de esquerda ou seja de direita, nós precisamos no primeiro turno do voto de vocês, falo aqui do Amapá ao Rio Grande do Sul, se vocês se simpatizam com nossas ideias, precisamos do voto de vocês, inclusive nos nossos parlamentares, porque eles serão o porto seguro dessas ideias verdes e de cultura de paz em Sergipe, na Bahia, no Paraná e no Rio Grande do Sul, e queremos incluir com o voto de confiança de vocês, voto livre e corajoso no primeiro turno, no segundo turno dessas eleições, como queremos com o patrimônio do voto do primeiro turno que vocês nos derem incluir nos próximos governos estados para estado, inclusive no Governo Federal, com nossa força verde, que conseguimos levar para a câmara federal. Por isso no primeiro turno, aqueles que acreditam que, que simpatizam conosco, votem com a cabeça e com o coração, e não no menos ruim no primeiro turno.

Josias de Souza

Comentário de Josias de Souza

No finalzinho, o debate pegou fogo. A fagulha foi a corrupção. Com Luciana Genro no meio, Aécio e Dilma bateram um no outro. Uma curiosa característica saltou aos olhos: os corruptos estão sempre nas outras coligações. Nas considerações finais, Marina fez pose de terceira via: quero o debate, não o embate.

Dilma Rousseff (PT)

Considerações finais de Dilma

Quem vai ganhar essas eleições é quem mudou o Brasil, é quem combateu a fome e a miséria nesse país. Quem reduziu a desigualdade social. E quem combateu esta crise e defendeu o país, não deixando que houvesse desemprego nem redução de salários. Hoje é um dia muito feliz para mim, e é um dia muito feliz para o Brasil. Nós saímos do mapa da fome, somos um entre 37 países do mundo únicos que não sofrem esse mal profundo que é a fome, e a miséria extrema. Eu sei que o fim da miséria é só um começo. O nosso país tem hoje pela frente, pelo seu horizonte, um grande caminho a percorrer. Um caminho de um novo ciclo de crescimento, de um Brasil mais moderno, mais inclusivo e mais produtivo. Focado na educação. Porque a educação é de fato o caminho pelo qual nós iremos nos introduzir numa sociedade moderna, como um país de classe média. Nós queremos ser um país que tenha valores básicos, valores e fundamentos éticos, um deles é a igualdade de oportunidades que estamos garantindo, o outro é o combate sem tréguas à corrupção.

Marina Silva (PSB)

Considerações finais de Marina

Eu quero parabenizar a CNBB pela oportunidade do debate, e eu tenho dito que essas eleições não precisam do embate entre os candidatos, que deve ser o debate, o debate de ideias, de propostas, por isso que fizemos um programa, apresentamos esse programa para a sociedade, que está sendo lido pelos adversários, que ainda não apresentaram o seu programa, aonde defendemos o passe livre, os 10% da arrecadação bruta para melhorar a saúde, antecipar as meta de escola de tempo integral para todos os brasileiros, fazer com que a Segurança Pública seja também um dever do Governo Federal para ajudar a combater a violência. Eu tenho dito que quem vai ganhar essas eleições não são as estruturas dos partidos da polarização PT/PSDB. Quem vai ganhar as eleições é o cidadão brasileiro, que está disposto a fazer a mudança, que identifica no nosso projeto a verdadeira mudança para melhorar o país, dar uma nova governabilidade que não seja com base na distribuição de pedaços do Estado, para que os grupos que praticam a corrupção possam chamar de seus. Quem vai ganhar essas eleições é o espírito corajoso, cheio de esperança, dos brasileiros que acreditam na mudança e estão se dispondo a fazê-la com nosso...

Aécio Neves (PSDB)

Considerações finais de Aécio

Gostaria de mesma forma de agradecer essa esplêndida oportunidade de fazer com que os brasileiros nos conheçam um pouco mais e cada vez eu me convenço de que nós estamos preparados para apresentar ao Brasil um projeto que seja de todos os brasileiros, que supere essa ação perversa daqueles que hoje governam o Brasil, que em qualquer dificuldade querem dividir o Brasil entre nós e eles. Nós, aqueles que apoiam o governo, e aqueles que de alguma forma se beneficiam das ações do governo e eles, aqueles que criticam o governo. Esse modelo que aí está fracassou, e por isso estou convencido de que não vencerá as eleições. Temos uma outra candidata que aparece como muito boas intenções mas não consegue superar suas enormes contradições. Hoje diz que se preocupa com o crescimento da inflação, há pouco tempo atrás estava no PT, quando o PT combatia ferozmente o Plano Real. Diz que é a favor da Lei de Responsabilidade Fiscal, mas deu seu voto não a favor, contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. Nós somos, a verdade é essa, em grande parte, aquilo que fizemos ao longo das nossas vidas. Eu estou aqui apresentando ao Brasil um projeto, um projeto amplamente discutido, aprofundado em todas as regiões do país, e eu espero que agora, quando as pesquisas já mostram um crescimento muito claro da nossa candidatura, eu possa ter a oportunidade de dar ao Brasil um governo decente.

Último bloco

No quinto bloco, os candidatos farão as suas considerações finais.

Aécio Neves (PSDB)

Direito de resposta obtido por Aécio

Uma palavra para quem nos ouve até essa hora, política é isso, debate é aquele que se dispõe a governar o Brasil tem que ouvir impropérios e aqueles que são irrelevantes, acusações absolutamente irresponsáveis, e levianas, não devem gastar um tempo tão escasso como o que temos para falar de Brasil. Eu me orgulho muito do que fiz ao longo da minha vida, das minhas tradições, da minha formação cristã, católica, nas ruas, da minha São João Del Rei sob as bençãos do cardeal Moreira Neves, meu padrinho, e aprendi muito cedo que a ética e a política devem caminhar quase que como irmãs sai mesas e foi vencendo o radicalismo da candidata que aqui se apresenta sem propostas para o Brasil, construirmos uma obra no Brasil que é respeitada por todos os brasileiros da qual me orgulho imensamente.

Dilma Rousseff (PT)

Direito de resposta obtido por Dilma

Ao longo da minha vida eu tive sempre tolerância zero com a corrupção. No caso da Petrobras eu quero lembrar ao candidato Aécio que quem investigou e descobriu todos os crimes de corrupção foi um integrante do governo. Ou seja, vinculado ao Ministério da Justiça, e,  claro que não é fácil descobrir um tamanho daquele tamanho, na medida em que está metido a Polícia Federal, o Ministério Público e o Judiciário. Agora eu quero dizer que nós fortalecemos a Polícia Federal, criamos o portal da transparência, nomeados o Ministério Público de acordo com a lista tríplice, e nunca escolhemos engavetador geral da República, é porque nós não varremos para baixo do tapete nenhum.

Josias de Souza

Comentário de Josias de Souza

Everaldo e Aécio transformam Dilma em saco de pancada. Petrobras na berlinda. Mensalão ficou no chinelo, diz Aécio. E quem mandava na estatal era Dilma. Everaldo: e eles não sabiam de nada! Aécio, na tréplica, roda a faca. Dilma pede direito de resposta. Em nome da animação, deveria ser concedido. 

Josias de Souza

Comentário de Josias de Souza

No que se refere ao tempo, Dilma brigou com o relógio. Antes de ser cortada, esclareceu que o Brasil não abrirá mão de explorar a energia nuclear. 

Luciana Genro (PSOL)

Tréplica de Luciana Genro

Com todo respeito linha auxiliar do PT uma ova, candidato Aécio, porque o PT aprendeu com o senhor, aprendeu com o seu partido. O mensalão do PT foi iniciado no governo do PSDB. E o senhor não tem resposta para debater comigo sobre corrupção, até porque o senhor foi que protagonista de um dos últimos escândalos, antes desse da Petrobras, porque um escândalo é abafado pelo outro, o senhor foi o protagonista do escândalo do aeroporto, onde o senhor utilizou dinheiro público para construir um aeroporto nas fazendas, próximas das fazendas da sua família, e inclusive entregou a chave para seu tio. Então o senhor é tão fanático das privatizações que consegue privatizar um aeroporto e entregar para sua própria família, e tão fanático da corrupção que consegue utilizar dinheiro público para construir um aeroporto beneficiando exclusivamente a sua família. É realmente escandaloso o que o PSDB faz no Brasil.

Aécio Neves (PSDB)

Réplica de Aécio

Tenho que saudar o retorno da candidata Luciana Genro às suas origens atuando como linha auxiliar do PT  e não tenha apresentado nenhuma proposta para a melhoria da qualidade de educação do Brasil. Pois eu quero me dirigir ao telespectador que nos ouve até essa hora e atento ao que os candidatos são, mas sobretudo ao que os candidatos têm a dizer. Pois bem, depois de ter levado ao estado de Minas Gerais a ter a melhor educação fundamental no Brasil nós construímos sem improviso, com a participação de brasileiros e brasileiras extremamente qualificados, de todas as partes do país, um projeto que começa pelo resgate de 20 milhões de jovens abandonados no Brasil, que não concluíram ou o ensino fundamental ou o ensino médio. Nós estaremos lançando o mutirão de oportunidades e esses jovens receberão uma bolsa de um salário mínimo para concluírem o ensino fundamental e depois concluírem o ensino médio. Nós vamos fundar a nova escola brasileira, uma escola qualificada, adequadamente equipada, com professores valorizados e bem treinados, uma escola que tenha no ensino médio um currículo muito mais avançado do que o atual, um currículo na verdade regionalizado para que possa atender às realidades locais de cada um das regiões brasileiras. O que me anima, o que me encanta, o que me faz estar aqui nesse debate é a vontade enorme de fazer um governo que honre, que orgulhe cada um.

Luciana Genro (PSOL)

Luciana Genro responde a Aécio

Os investimentos na educação, candidato Aécio, mas eu não posso deixar de comentar o seu debate agora com o Everaldo. Porque o senhor fala como se no governo do PSDB nunca tivesse havido corrupção, quando na realidade nós sabemos que o PSDB foi o precursor do mensalão, com o seu correlegionário e conterrâneo Eduardo Azeredo e o PT deu continuidade a essa prática de aparelhamento do Estado que o PSDB já havia implementado durante o governo do Fernando Henrique. Também foi pública e notória a corrupção que ocorreu durante o processo de compra da reeleição do mandato, do então presidente Fernando Henrique, amplamente divulgada pela mídia. Também foi público e notório o processo de corrupção nas empresas públicas que foram privatizadas, num processo que ficou conhecido como privataria tucana, o senhor falando do PT é como o sujo falando do mal lavado, porque o senhor é de um partido que tem promovido a corrupção, que tem inclusive se beneficiado dos financiamentos de campanha da mesma forma como PT, da candidata Dilma e o PSB da candidata Marina. As empreiteiras que fizeram o escândalo de corrupção da Petrobras são as mesmas empreiteiras que financiam a sua campanha, financiam a campanha da Dilma, financiam a campanha da Marina. As mesmas também que realizaram as obras superfaturadas da copa, inclusive aquela que desabou lá em Belo Horizonte. E que com certeza estão lá naquelas empreiteiras os seus amigos, porque o senhor é um dos políticos que têm vinculação com esses sentimentos mais parasitárias da política nacional. Então fale do PT, mas fale do seu partido também, porque o PT lamentavelmente cedeu para o mesmo modo de fazer política que o Fernando Henrique desenvolveu no seu governo.

Aécio Neves (PSDB)

Aécio pergunta para Luciana Genro

Cara candidata, todos nós sabemos que na apesar da transformação de qualquer sociedade está a educação e sei que é um tema que tem sido objeto de boa parte da dedicação do mandato, do seu mandato na câmara federal e sabemos que em qualquer ranking minimamente qualificado em que o Brasil é comparado com outros países, nós estamos sempre na lanterna, com educação de péssima qualidade. Quais as propostas da candidata para melhorar o nível da educação no Brasil? 

Josias de Souza

Comentário de Josias de Souza

Deus existe, mas é o demônio quem controla o sorteio do debate. Dilma inquirindo Levy Fidelix sobre independência do BC, sob os olhares incrédulos de Marina, é o suprassumo da inutilidade.

Josias de Souza

Comentário de Josias de Souza

Condenada pelo sorteio a “debater” novamente com o supernanico Eymael, Marina aproveita a pergunta como escada para vacinar-se contra os venenos de Dilma: ao contrario do que dizem, vou manter o Bolsa Família, o Minha Casa... Na réplica, acrescentou: Aécio e Dilma ainda não apresentaram um programa. Defende-se como pode. 

Aécio Neves (PSDB)

Tréplica de Aécio

Os brasileiros se sentem representados pela minha expressão de indignação do que vem acontecendo no governo federal. A Petrobras é a parte mais visível de um governo que abandonou o projeto de um país, o projeto transformador, e se permite hoje usar de todas as armas apenas para se manter no poder. Apenas o que diz esse diretor da Petrobras, que quantas vezes sentou à mesa com a atual Presidente da República, só que ele diz, que foi desviado nessas propinas distribuídas para a base de apoio da candidata, da então Presidente da República, permitiria abrir 450 mil vagas em creches as mesmas creches que a candidata não construiu, seriam 50 mil habitações novas no Brasil, 50 mil famílias vivendo com mais dignidade. Portanto eu estou aqui hoje como candidato a presidente da República para encerrar este ciclo e iniciar um outro, onde a decência e...

Pastor Everaldo (PSC)

Réplica de Pastor Everaldo

O mensalão 1, o ex-presidente disse que não sabia de nada. Nós vemos aí milhões indo pelo ralo da corrupção. Alguns que foram presos levantam o braço e manifestam como se fossem heróis. A população brasileira concorda com isso? A pessoa rouba o seu suor, o seu trabalho, você dá o sangue e depois é roubado, e ainda sai com punho erguido dizendo que é um herói brasileiro. Esta é uma situação que envergonha o brasileiro, envergonha a cada um de nós. A empresa que foi orgulho nacional, querida Petrobras, o petróleo continua sendo nosso, o petróleo é nosso, mas a Petrobras lamentavelmente não o é. Uma empresa que perdemos nos últimos anos o valor dela que era de torno de R$ 190 bilhões, está em torno de R$ 120, já perdemos quase R$ 70 bilhões no seu valor. Dívida ultrapassando os R$ 400 bilhões. E não sabíamos de nada. Não sabiam de nada. Eu não acredito que o povo brasileiro quer continuar desta forma por mais tempo. Este ralo da corrupção tem que ser estancado.

Aécio Neves (PSDB)

Aécio responde a Pastor Everaldo

Caro candidato, os brasileiros estão envergonhados, indignados com aquilo que vem acontecendo com a nossa mais importante empresa pública, submetida a sanha de um grupo político que para se manter no poder permitiu que um vale tudo fosse feito na nossa maior empresa. Eu, no nosso primeiro debate, o senhor se lembrará, eu disse à candidata oficial, atual Presidente da República, que ela tinha ali uma oportunidade de se desculpar com os brasileiros, pelo que havia acontecido com a nossa maior empresa, já que ela, como ministra das Minas e Energia, depois como chefe da Casa Civil, era presidente do Conselho de Administração da empresa. E como Presidente da República sempre fez questão de mostrar de forma muito clara quem é que mandava naquela empresa. De lá para cá, caro candidato, uma outra denúncia, uma outra gravíssima denúncia surgiu que fez com que o mensalão parecesse coisa pequena, uma denúncia feita pela Polícia Federal que disse que existe uma organização criminosa atuando no seio da nossa maior empresa. A partir daí um diretor nomeado pelo governo do PT e confirmado pela atual Presidente da República disse de forma muito clara que durante todos estes últimos anos financiava com propina, com participação, com parcela dos recursos das obras sobre sua alçada a base de sustentação desse governo. O que eu acho, caro candidato, e nós estamos aqui no local, talvez mais adequado, na casa da padroeira do Brasil, para dizer: Não é possível que o Brasil continue a ser administrado com tanto descompromisso com a ética, com a decência, com os valores cristãos. A vida pública não é para ser exercida dessa forma, e acho que quem não teve condições de administrar a nossa maior empresa, não tem condições de administrar.

Pastor Everaldo (PSC)

Pastor Everaldo pergunta para Aécio

Candidato Aécio, o mensalão 2, corrupção da Petrobras, a atual presidente era ministra das Minas e Energia, chefe da Casa Civil, presidente do Conselho de Administração e atual presidente da República e disse que não tinha a menor ideia do que estava acontecendo com a Petrobras. O que o senhor tem a falar sobre isso?

Dilma Rousseff (PT)

Tréplica de Dilma

Candidato, um país como o Brasil, que precisa de imensa quantidade de energia para sobreviver não consegue se sustentar com energia solar, ela é muito cara, ocupa uma grande área. Consegue basicamente tornar essa energia, como a eólica, uma energia complementar. A grande fonte de energia do Brasil é hidrelétrica. Obviamente quando você restringe o tamanho dos reservatórios, temos de construir energias térmicas sim, candidato, até porque se nós não tivéssemos construído energia térmica, nós hoje estaríamos sofrendo racionamento. Com a perda muito grande para trabalhadores, donas de casa e empresários, para toda a população brasileira. Então eu digo para o senhor, não dá para inventar a roda. Neste âmbito, a roda é clara. Nós vamos ter de optar por energia a gás, que é menos poluente do que energia a carvão.

Eduardo Jorge (PV)

Réplica de Eduardo Jorge

A matriz está indo na contramão, está ficando cada vez mais suja. Voltando ao Chico, vamos voltar às duas usinas Angra 1 e Angra 32, têm protocolos antigos, totalmente superados depois dos desastres de Chernobyl e Fukushima, portanto são usinas altamente inseguras, e mais, a presidente Dilma fala que temos que avançar, mas estamos indo a passo de tartaruga. A solar é 0,01 de energia solar. E também, presidenta, eu vi o seu Altino Filho, secretário de planejamento de Minas e Energia, falava coisas que eu fiquei abismado, depois que construirmos todas as usinas hidrelétricas na Amazônia, a nossa matriz vai caminhar para o carvão, para a energia nuclear, e o gás natural. Isso aí é o secretário de planejamento, Altino Ventura Filho, do ministro Lobão, ministro de Minas e Energia do seu governo.

Dilma Rousseff (PT)

Dilma responde a Eduardo Jorge

Na questão da energia, a questão do acordo Brasil-Alemanha, já está extremamente ultrapassado. Hoje a questão da energia no Brasil se coloca como fundamental a construção de hidrelétricas que sejam ambientalmente sustentáveis e também a construção de energias limpas, como é o caso da eólica, da solar, mas também da energia nuclear. A energia nuclear, ela pode ser construída no Brasil. Só que o Brasil hoje tem só 2% da sua energia de fonte nuclear. Ela é insignificante diante da importância das demais fontes. No meu governo, eu construí em torno de, uma quantidade muito grande, de 60 gigawatts a mais de energia. Nós criamos também um conjunto de investimentos em linhas de transmissão. Basicamente, 22 mil quilômetros de linha. Isso permitiu que o governo enfrentasse uma das piores secas, sem racionamento, sem enfrentar todas aquelas mazelas que o Brasil já enfrentou quando ocorreu o racionamento em 2001 e 2002. Eu acredito que o Brasil tem uma grande riqueza, que é o seu potencial de energia renovável. 76% de toda a energia do Brasil é de fontes renováveis. E isso permite que nós sejamos uma potência em termos de energia elétrica, e ao mesmo tempo, tenhamos a matriz mais limpa do mundo. Isso é um grande ganho para o país e isso mostra que nós estamos no rumo certo. Não acho que a questão nuclear seja uma questão muito relevante no que se refere ao Brasil.

Eduardo Jorge (PV)

Eduardo Jorge pergunta para Dilma

Eu faço uma pergunta homenageando o nosso querido Chico Whitaker, 83 anos, veterano militante católico. Depois que resolveu o problema da Ficha Limpa, agora está preocupado com a questão nuclear, já pedimos audiência a senhora. A senhora vai levar adiante o programa Brasil-Alemanha, que traz aquelas usinas inseguras na porta do Rio de Janeiro. Está disposta a revogar?

Levy Fidelix (PRTB)

Tréplica de Levy Fidelix

Talvez muitos não saibam, o Federal Reserve é privado, e é isso que querem, mandar em tudo, e serem coniventes com o que aí está. A saúde, por exemplo, se investem apenas 105 bilhões de reais anuais. A educação, 95. Segurança, gente, segurança, onze, isso é um crime, não podemos continuar como está. Por isso que o tempo todo eu digo e repito eu saio vitorioso, satisfeito, caso qualquer desses candidatos no futuro adotem a política de fazermos auditoria nesses bancos brasileiros para ver que dívida realmente é o que o brasileiro tem e possui. Não preciso ganhar, já me sinto satisfeito, porque o brasileiro não aguenta mais, gente, de tanto sofrimento, não pode ter casa, não pode ter educação, não pode ter saúde, nada.

Dilma Rousseff (PT)

Réplica de Dilma

De fato a independência do Banco Central é um equívoco, até porque a Constituição só prevê a independência para poderes, como Executivo, Legislativo e o Judiciário. E a política econômica é algo que tem que ser debatido e legitimado pelo voto popular, que escolhe, o povo brasileiro, qual política econômica quer que seja seguida. Eu sou a favor da autonomia, que o Banco Central seja livre para perseguir as metas de inflação. Mas não independente a ponto de seus diretores não poderem ser demitidos. E fico também estarrecida porque a última crise, na última crise, a desregulamentação do sistema financeiro levou a um grau de perda no mundo de empregos, de direitos sociais, de salários, inclusive. Então agora nós estamos justamente, as economias mais avançadas no mundo, as 20 maiores economias, o Brasil é uma delas, pretende regulamentar o sistema financeiro, e não liberalizar, fazer um hiperliberalismo. Agora eu queria, candidato, te dar uma informação, o orçamento do Brasil é cinco trilhões e o Brasil é um dos países que têm a menor dívida líquida em relação ao PIB. Nós temos 34% de dívida líquida sobre o PIB. O Brasil não está quebrando. Pelo contrário.

Levy Fidelix (PRTB)

Levy Fidelix responde a Dilma

Senhora candidata Dilma Rousseff, muitas coisas nós discordamos, mas creio que neste ponto concordamos absolutamente. Sou contra um Banco Central independente. Temos que ter uma economia, gente, integrada, um ministro da fazenda que tenha ação conjunta na economia. Ministro que tenha o controle também desse Banco Central, onde o Copon atua apenas no interesse privado, ou seja, dos bancos. Que sobe juros, de acordo exatamente com seus interesses de cada vez mais ganharem o pouco que o brasileiro tem. Por isso que eu tenho certeza que em um eventual governo que eu possa ser presidente. Eventual eu digo como diz o Eduardo Jorge, nossas chances são dinâmico minutas enquanto não tivermos as oportunidades que os outros têm de nos dispormos. Eu tenho certeza que a macro economia tem que ser conduzida pelo ministro da economia, da fazenda, onde ele tem a visão global da sociedade, onde ele vai intervir no desenvolvimento nacional, não apenas para os bancos, com seus interesses pessoais e particulares. Os bancos realmente só querem controlar a inflação para gerar superávit primário com o governo e de novo ter o mesmo dinheiro. Os bancos querem apenas subir os juros e terem cada dia mais recursos para si próprios. Os bancos, há 30 anos atrás, representavam 4% do PIB nacional; hoje estão próximos a 20%. E o que é que eles dão para a sociedade a não ser subtrair dela? Nada, inclusive os empregos cada dia mais reduzem porque eles estão cada dia mais informatizados. Candidata Dilma, respondo positivamente, o controle do Banco Central tem que ser realmente do Estado que vai sim controlar a economia como um todo, especialmente o favorecimento das pessoas que têm menos.

Dilma Rousseff (PT)

Dilma pergunta para Levy Fidelix

Candidato, alguns candidatos estão defendendo a independência do Banco Central. Traduzindo, o presidente e a diretoria são nomeados e a partir daí têm mandato fixo e não podem ser demitidos pelo Presidente da República. Eu sou contra essa tese. Acredito que o Banco Central tem de ter autonomia operacional, tem que ser capaz de perseguir as suas metas, por exemplo, taxas de inflação.

Eduardo Jorge (PV)

Tréplica de Eduardo Jorge

É verdade, o Partido Verde participou do governo PSDB, como pode participar do governo do PT ou do PSB, se houver espaço para discutir as questões do desenvolvimento sustentável. Nós somos o partido para reformar a forma de como produzo e governa os capitalistas e socialistas, porque todos os dois lados, capitalistas e socialistas, nunca levaram em conta a questão do meio-ambiente. Se quiserem nos ouvir, nós podemos participar sim de forma construtiva, se não nos quiserem nos ouvir seremos oposição. Durante o governo do José Serra, do qual fui secretário do meio-ambiente houve um programa sério em relação à habitação, é preciso que se diga, Luciana. É preciso estudar. Houve sim um programa sério em relação à urbanização de favelas e retirada de pessoa de área de risco, tanto que foi uma das únicas cidades do Brasil, no final do governo, que teve zero morte com desastres climáticos durante três anos.

Luciana Genro (PSOL)

Réplica de Luciana Genro

O governador Alckmin trata a questão de moradia como questão de polícia. Aliás, PSDB do ex-governador Serra, que o senhor foi secretário. Mas hoje o PSDB fez uma verdadeira batalha campal em São Paulo quando o problema de moradia é um problema social. Nós temos seis milhões de imóveis vagos no Brasil e um déficit habitacional de sete milhões de famílias que necessitam de um lugar para morar. O governo do PT fez o minha casa minha vida, mas entregou para as empreiteiras a administração da política habitacional no Brasil. Também não promove uma lei do inquilinato que controle o preço dos aluguéis. Mesmo com o minha casa minha vida, o déficit habitacional aumentou, porque não há controle sobre o preço dos aluguéis, as famílias de baixa renda vêm sendo expulsas das áreas centrais cada vez mais, indo para periferias onde não tem acesso a transporte, a saúde e educação e as empreiteiras é que estão lucrando cada vez mais com o programa minha casa minha vida do PT e o PSDB em São Paulo promoveu hoje uma vergonhosa ação policial onde a violência foi brutal contra as famílias que estavam exclusivamente lutando pelo seu direito básico de moradia ocupando um imóvel que estava vago há mais de dez anos e que segundo consta inclusive não pagava em dia seus impostos.

Eduardo Jorge (PV)

Eduardo Jorge responde a Luciana Genro

Moradia é uma questão básica para a família. O Partido  Verde tem duas grandes prioridades de moradia, se por acaso é difícil, mas se por acaso eu ganhasse eleição, eu convocaria os governadores e os representantes dos prefeitos para mapear cada família que está em área de risco no Brasil. Cada família que vai trabalhar e não sabe se encontrará o velho avô, ou filho, que não foi submetido a um deslizamento ou a uma enchente de córrego. Essa seria a primeira providência, mapear cada família, e começar a colocá-las em local seguro. Não tem casa ainda? Vai para o aluguel social, e essas vão ser as primeiras famílias que vão ocupar as habitações sociais, encaminhadas em conjunto pelo governo federal, estadual e municipal, outra providência muito importante, Luciana, é rever o modelo da cidade. O centro da cidade, como no caso de São Paulo, Rio de Janeiro, salvador, Porto Alegre, a sua Porto Alegre, todas elas devem voltar a ser ocupados, por quê? Porque o planejamento errôneo expulsou o povo pobre para cada vez mais longe. Em São Paulo tem pessoas que levam duas horas para vir trabalhar, duas horas para voltar. Conceito atual de cidade ecológica é o conceito de cidade compacta, é preciso haver uma boa verticalização nos centros das cidades e voltarem a conviver as classes sociais e não em guetos como hoje. Gueto de gente pobre aqui, gueto de gente rica lá, gueto de classe média acolá. Duas prioridades sociais o partido verde defende, socorrer aqueles que são vítimas das mudanças climáticas com os desastres cada vez mais frequentes e voltar a ocupar o centro da cidade de uma forma democrática e policlassista.

Luciana Genro (PSOL)

Luciana Genro pergunta para Eduardo Jorge

Candidato, hoje pela manhã nós tivemos uma verdadeira batalha campal nas ruas de São Paulo, uma desocupação extremamente violenta promovida pelo governador Alckmin, da polícia do governo Alckmin, onde pessoas, famílias, 200 famílias haviam ocupado um prédio no centro de São Paulo há mais de seis meses, prédio esse que estava vazio há dez anos. O senhor acha justo tratar moradia como caso de polícia?

Marina Silva (PSB)

Tréplica de Marina

No nosso objetivo de conquistar o Brasil que queremos, nós apresentamos um programa de governo. Infelizmente os meus adversários, Dilma e Aécio ainda não apresentaram seu programa de governo. Mas no nosso programa nós defendemos 10% da arrecadação bruta para a saúde, para que as pessoas possam ser atendidas com dignidade, quando elas mais precisam. Antecipar meta dos 10% do PIB para a educação, para que se tenha educação de tempo integral, para que os nossos jovens possam ter igualdade de oportunidades pelo estudo. Nós estamos comprometidos com o passe livre, para que os nossos jovens possam estudar com dignidade. Para o Brasil que queremos, é fundamental que o estado feche o dreno da corrupção e coloque os recursos para a saúde, educação, segurança pública, para melhorar a vida de todos os brasileiros.

José Maria Eymael (PSDC)

Réplica de Eymael

O Brasil que temos não é livre, não é justo, não é solidário. Violência dia e noite matando nossos jovens. Saúde pública desumana, ausente, indiferente. Pacientes em macas. Homens e mulheres misturados, amontoados nos corredores de hospitais. Consultas, meses. Exames, prazos a perder de vista. Uma educação pública incapaz de preparar nossos jovens para enfrentar os desafios e se realizarem como cidadãos. Uma política externa meramente ideológica, afastando o Brasil das rotas do desenvolvimento, penalizando, destruindo a indústria nacional. Um sistema tributário perverso que esmaga empresas e pessoas, impedindo o Brasil de crescer. Este é o Brasil que temos. O Brasil que nós queremos e podemos é um Brasil com igualdade de oportunidades, o que queremos é o Brasil como uma nação líder entre líderes. Um Brasil forte, que traga orgulho aqui e lá fora, para os brasileiros. Um Brasil servidor das...

Marina Silva (PSB)

Marina responde a Eymael

O Brasil que temos conseguiu conquistas significativas. Reconquistamos nossa democracia, a nossa estabilidade econômica, que agora está ameaçada com a volta da inflação, baixo crescimento, elevação dos juros. Conseguimos um esforço para fazer a inclusão social, que também é ameaçada em função dos problemas que hoje temos principalmente em relação à política que favorece um ambiente de corrupção. O Brasil que temos têm coisas boas e muitos erros que vêm sendo praticados, inclusive porque há uma governança que não é capaz de por critérios de competência, de busca daqueles que são os melhores dentro da academia, dentro dos partidos, no tecido social como um todo, serem recrutados para o exercício da função pública como um serviço. Esse Brasil que temos, temos que ter uma atitude de preservar as conquistas, como é o caso das que mencionei, da estabilidade econômica, da inclusão social, com a preservação de políticas como o Bolsa Família, o Minha Casa, Minha Vida e tantos outros que me acusam de que não sou favorável. Mas a minha vida é testemunha exatamente favorável a tudo aquilo que promove a melhoria da qualidade de vida das pessoas. No Brasil que temos, nós precisamos manter as conquistas, corrigir os erros e encarar os novos desafios para o Brasil que queremos, com gestão honesta e competente, com estado mobilizador, que mobilize o melhor de si mesmo, que seja capaz de fazer comitê de busca para preencher os cargos da Petrobras, das agências, para que não aconteça o que está acontecendo hoje com a Petrobras. No Brasil que queremos, haverá de ter justiça social, honestidade, e a política a serviço e não para...

José Maria Eymael (PSDC)

Eymael pergunta para Marina

Como constituinte, aprovei 144 propostas que hoje fazem parte do dia a dia do brasileiro. Defesa do contribuinte, proteção da família e a definição do modelo de sociedade a ser construída pelos brasileiros, livre, justa e solidária. E lhe pergunto agora, candidata, qual é o Brasil que temos?

Pastor Everaldo (PSC)

Pastor Everaldo responde a Levy Fidelix

Meu caro Levy, eu tenho falado que eu defendo a redução do Estado, o estado mínimo necessário. Hoje o estado está agigantado, aparelhado, foco de corrupção que tem afetado todo o suor, todo o sangue do trabalhador brasileiro que contribui, a família brasileira hoje trabalha mais de 150 dias por ano para pagar impostos. E aí um estado, do jeito que é hoje, inchado, da maneira que está, gasta mais do que arrecada, e com isso a dívida vai aumentando. Então à medida em que nós fizermos o enxugamento dessa máquina, desse estado que hoje está aparelhado, foco de corrupção, quando nós dminuirmos, redução do número de Ministérios, passar para a iniciativa privada empresas que tiram dinheiro do bolso do trabalhador, pega-se o dinheiro para cobrir rombo dessas empresas, então quando nós fizermos isso, vamos ter recursos suficientes para honrar os compromissos, pagar a quem devemos, e naturalmente, Fidelix, os juros serão reduzidos, e com isso os banqueiros vão ganhar menos. Naturalmente que precisamos ter essa determinação, reduzir a máquina do Estado, hoje são 39 ministérios, o governo através do BNDES é sócio de mais de 600 empresas, várias estatais foco de corrupção, de negociação política, então isso é que vai pelo ralo da corrupção todo o dinheiro do trabalhador brasileiro. Então o nosso objetivo, com clareza, é passar para a iniciativa privada todas as empresas e aí vai estancar o ralo da corrupção e o dinheiro vai ficar para o brasileiro ter educação, saúde e segurança pública.

Levy Fidelix (PRTB)

Levy Fidelix pergunta para Pastor Everaldo

Pastor Everaldo, muito me preocupa a situação macroeconômica do Brasil. Eu insisto nesse tema, não quero ser enfadonho, alguns candidatos são mal acompanhados de banqueiros sonegadores. O que o senhor pretende fazer caso seja eleito com essa nova dívida milionária que sufoca a nossa população e não deixa que sobre dinheiro para a educação, para saúde?

Josias de Souza

Comentário de Josias de Souza

Sorteio manda Marina perguntar a Eymael. Desperdício! Ela indaga: e a reforma agrária? Levantou a bola para a réplica. Marina queria responder ao Stédile, que, na véspera, prometera MST nas ruas se Marina vencer. Dilma, a candidata de Stédile, assentou menos que Lula e FHC, disse Marina. Nocaute.

José Maria Eymael (PSDC)

Tréplica de Eymael

Fui um dos constituintes que assinaram a Constituição brasileira, e efetivamente nos termos constitucionais está lá colocado o direito do acesso à terra. Só que a Constituição do nosso país não é cumprida. A constituição também diz a saúde é direito de todos e dever do Estado. O dever não é exercício, por isso que tenho afirmado em meus programas da propaganda eleitoral, como presidente da República, a Constituição será cumprida.

Marina Silva (PSB)

Réplica de Marina

Segundo os movimentos em defesa da reforma agrária, nós temos cerca de 85 mil famílias à espera de um lote para poder trabalhar, sustentar com dignidade suas famílias, que é fundamental para promover a inclusão social, a justiça social, de milhões de brasileiros que não têm acesso a terra. A Constituição assegurou o direito ao acesso a terra pelo mecanismo da reforma agrária. Lamentavelmente, no atual governo, nós temos uma situação de completo descaso para com este dilema dos assentados. O atual governo assentou apenas 20 mil famílias. O governo do presidente Lula, 70 mil. De Fernando Henrique, 60 mil. No nosso governo, nós queremos assentar os 85 mil. Queremos que os quase um milhão de pessoas, de famílias, que vivem da agricultura de subsistência possam ter acesso a crédito, possam ter acesso a terra. Nós vamos, para que a reforma agrária possa se constituir em um meio de produção, de alimentos, de melhorar a vida das pessoas. Hoje a reforma agrária está abandonada a sua própria sorte se compararmos a governos anteriores.

José Maria Eymael (PSDC)

Eymael responde a Marina

A democracia cristã tem um compromisso fechado com a agricultura brasileira, notadamente com a agricultura familiar e foi por essa razão, candidata, que na assembleia nacional constituinte propus, defendi e aprovei e está hoje na nossa Constituição que todos os pequenos produtores rurais do nosso país não paguem imposto sobre a terra, não pagam imposto territorial rural. Isso beneficia hoje no Brasil milhões de pequenos agricultores rurais. E coloquei também na Constituição que as terras dos pequenos não podem ser objetivo de reforma agrária, para evitar a perseguição política, porque mesmo que não tivesse poder, bastaria um coronel do sertão dizer “me atende ou vou tomar a tua terra” para nós termos um terrorismo no campo. Quando aprovei esta proposta na Assembleia Nacional Constituinte e ela foi uma das 145 propostas que aprovei, na época ela foi considerada como a emenda da paz no campo. Quanto a reforma agrária nós somos totalmente favoráveis a reforma agrária mas dentro de uma postura aonde a reforma agrária represente efetivamente a redenção da  do agricultor, não basta apenas lhe dar terra, é necessário estar ao seu lado com tecnologia, com apoio técnico, com apoio logístico, com apoio de equipamentos. Na constituinte, quando o relator, referindo-se a minha participação em relação a questão agrária e a questão da propriedade, assim se manifestou. O deputado constituinte José Maria Eymael teve uma participação fundamental na solução do tema da reforma agrária e a propriedade.

Marina Silva (PSB)

Marina pergunta para Eymael

Candidato, um dos graves problemas sociais que o nosso país enfrenta é o problema dos agricultores que não têm hoje acesso a terra. Qual é a sua proposta para atendimento dessa demanda tão necessária para a justiça social, que é a reforma agrária?

Intervalo

Encerrado o terceiro bloco. No quarto bloco, candidato pergunta para candidato.

Luciana Genro (PSOL)

Luciana Genro responde

Eu apresentei a proposta que significa inverter a atual lógica do sistema tributário, que é extremamente oneroso com o trabalhador, com o assalariado, com a classe média, e extremamente leniente na tributação ao grande capital e aos bancos. Mais de 50% da arrecadação do Brasil vem de quem ganha até três salários mínimos. O imposto sobre consumo é extremamente injusto, porque ele tributa igualmente o milionário e o cidadão que ganha salário mínimo. O imposto sobre salário é extremamente injusto e a tabela do Imposto de Renda não é atualizada sequer pela inflação. Nós defendemos que os bancos paguem mais impostos, que os milionários que têm fortunas acima de 50 milhões de reais, são cerca de cinco mil famílias no Brasil que têm fortunas acima de R$ 400 milhões, paguem 5% ao ano de alíquota, com isso nós poderíamos arrecadar R$ 90 bilhões ao ano e dobrar os investimentos em educação. Como aprovar isso? Sem balcão de negócios, sem negociar ata com os partidos, com a pressão do povo sobre o Congresso Nacional. Eu fui deputada e percebi, e todos percebemos, como as mobilizações de junho como as elites tremem quando o povo se mobilizo e vai às ruas com propostas que têm o apoio do povo eu acredito que é possível fazer uma revolução tributária.

Jornalista Dalcides Biscalquin pergunta para Luciana Genro

A reforma tributária se mostra cada dia mais urgente, cada dia mais vital, inclusive para o crescimento do Brasil. O governo atual e os governos passados já tentaram enfrentar de alguma forma esta questão. O ponto comum é que todos fracassaram até o momento. O seu plano de governo traz também esse tema. O que há de novo, de estratégico, no seu plano de governo para que o eleitor que nos acompanha agora possa lhe dar um voto de confiança e dizer de fato vamos ter a implantação da tão sonhada reforma tributária?

Josias de Souza

Comentário de Josias de Souza

Fechado com o PV, Deus destinou a Eduardo Jorge uma pergunta sobre aborto. Em pleno evento católico, o candidato fez uma enfática defesa do direito das mulheres à interrupção da gravidez. Quanto menor a chance eleitoral do candidato, maior a sua coerência, o seu desassombro.

Eduardo Jorge (PV)

Eduardo Jorge responde

Eu sou médico, sou autor da lei de planejamento familiar no Brasil. Dom Luciano, querido amigo da Zona Leste esteve na comissão de seguridade social discutindo comigo a atual lei de planejamento familiar no Brasil. Portanto para mim, para enfrentar e diminuir o número de abortos no Brasil é preciso expandir o planejamento familiar e a Educação Sexual no ensino médio para evitar a epidemia de gravidez precoce. No entanto, amigo, enquanto isso não acontece, uma mudança cultural, você não pode deixar abandonadas 800 mil mulheres que fazem interrupção de gravidez todo ano no Brasil, em condições precárias. Veja o caso da moça Jandira no Rio de Janeiro. O drama dessa moça. Então a minha posição, eu já falei, é pela revogação dessa lei cruel, machista, que considera criminosas 800 mil mulheres, a maioria delas católicas e evangélicas que fazem interrupção da gravidez por algum motivo, acolhê-las no Sistema Único de Saúde, orientá-las, atendê-las e orientá-las para evitar outro episódio de aborto com o oferecimento da oportunidade do SUS de planejamento familiar. Esta é a orientação racional para diminuir o número de abortos no Brasil e ao mesmo tempo não continuar inflando a mortalidade no Brasil.

Jornalista André Costa pergunta para Eduardo Jorge

Candidato, a igreja católica sempre defendeu a vida desde a sua concepção e condena o aborto. Mas setores da sociedade têm defendido o aborto em casos de violência sexual e anencefalia, nos últimos anos a prática se tornou grande problema para a saúde em todo o mundo. Qual a posição do candidato sobre o aborto? E como tratar a questão da saúde pública sem afetar o respeito e a dignidade da vida humana?

Josias de Souza

Comentário de Josias de Souza

Indagada sobre saúde (falta até maca!), Dilma bate o bumbo do “Mais Médicos”. E anuncia: vem aí o “Mais Especialidades”. As pessoas querem ser atendidas por especialistas, diz a candidata. Erro. Especialista ou não, as pessoas querem ser atendidas. Dilma perde-se, de novo, no tempo. Cortam-lhe a palavra.

Josias de Souza

Comentário de Josias de Souza

Indagado sobre homofobia, Aécio defendeu o que já está definido pelo STF (união estável de casais homossexuais) e não respondeu se apoia ou não o projeto que criminaliza a homofobia, em tramitação no Senado. Fuga!!!

Dilma Rousseff (PT)

Dilma responde

Vou começar pela proposta. Depois de resolver a questão da falta de médicos que é extremamente grave o Brasil tinha 1,8 médicos por mil habitantes. Um país como Argentina tem 3, o Uruguai tem 3,2. E tem países com mais médicos. Nós criamos o “Mais Médicos” e trouxemos 14, mais de 14 mil médicos que deu cobertura para precisamente 50 milhões. Agora nós vamos fazer o “Mais Especialidades”. O mais especialidades é o reconhecimento que as pessoas esperam muito nas filas. As pessoas precisam muito de ser atendidas por médicos especialistas, e também precisam fazer exames. O “Mais Especialidades” é a criação de uma rede que integra laboratórios e especialistas. Agora, eu queria dizer que a questão da saúde é uma questão que exige extrema atenção. Quando nós iniciamos o “Mais Médicos”, o nosso objetivo era levar médicos, por exemplo, em áreas indígenas que nunca tinham recebido um médico porque o médico não ia para essas áreas mais remotas para periferia das grandes cidades. Então o “Mais Médicos” ele diminuiu a pressão sobre os hospitais. Eu acredito que a formação também de médicos que os mais médicos propõem onze mil médicos graduados.

Jornalista Júnior Guarda para Dilma Rousseff

Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil tem hoje 2,4 leitos em hospitais por mil habitantes e o recomendado pela organização mundial da saúde é de no mínimo três leitos por mil habitantes. Em centenas de hospitais falta o básico. Por exemplo, maca para atendimento ao paciente. Como candidato a presidência, qual será sua proposta na área da saúde para o Brasil?

Marina Silva (PSB)

Marina responde

De fato esse é um problema grave. A maioria das cidades não tem saneamento básico. E quando tem a coleta do esgoto, ele não é tratado. Estudos dão que as crianças, aonde não tem o saneamento básico, têm um desempenho pior do que aquelas que têm acesso a esse serviço. Prejudicando a qualidade do ensino em função da grande quantidade de doenças que são acometidas. O nosso compromisso é de fazer com que as cidades possam ter o saneamento básico, que o Governo Federal se responsabilize por esse tema, junto aos prefeitos, que se possam estabelecer parcerias com a iniciativa privada, que possa prover um serviço de qualidade para que as nossas cidades possam atender a população em dois níveis: O atendimento da melhoria da qualidade de vida pelo que representa para a saúde, e a melhoria da qualidade de vida para o que representa para o meio-ambiente. O não tratamento do esgoto de forma correta prejudica em todos os níveis, inclusive o abastecimento de água, como acontece no Estado de São Paulo, em várias regiões. Lidar com a questão do saneamento é atender a população no nível da qualidade de vida, da geração de emprego, e da melhoria da vida nas cidades.

Jornalista José de Melo pergunta a Marina

O IBGE aponta que 34.8 milhões de brasileiros vivem sem coleta de esgoto, portanto também uma questão de saúde pública, valeta a céu aberto. Candidata, no seu governo o que fará para resolver essa questão tão grave?

Aécio Neves (PSDB)

Aécio responde

É preciso que fique claro que qualquer tipo de discriminação deve ser considerado crime, entre elas a homofobia. Essa é uma discussão que já existe no Congresso Nacional há muito tempo, ela se aprofundou nos últimos meses, inclusive no início desse ano, e o que eu tenho dito, de forma muito clara, em primeiro lugar para que nossa posição sobre ela não paire dúvida, como vem pairando em relação a posição de outros candidatos. Há uma decisão do Supremo Tribunal Federal que consagra a união civil entre pessoas do mesmo sexo. E isso está consagrado, isso é uma página virada, a meu ver, na história do Brasil. Existem discussões que levam a que a homofobia possa ser tratada como crime, não exatamente do que propõe esse projeto de lei. Mas essa não é uma questão que dependa exclusivamente do Presidente da República. Eu não sou contra qualquer tipo de discussão no Congresso Nacional, ela possa ser aprofundada. Defendo rei sempre a liberdade de manifestação do Congresso Nacional, é ali que está representada a sociedade brasileira em toda a sua estratificação, mas eu defendo que qualquer tipo de discriminação e em especial a homofóbica seja tratada como crime. O que precisamos é definir se esse é o instrumento adequado, este que está hoje à disposição e à discussão do Congresso Nacional. Podemos encontrar um outro texto que possa inclusive ser consensual.

Jornalista Felippe Caetano pergunta para Aécio

O projeto de lei 122 que torna crime a homofobia ainda não foi aprovado. A proposta prevê pena de até cinco anos de prisão para quem cometer atos diretos ou indiretos de discriminação ou preconceito sob a orientação sexual. O texto chegou a ser aprovado inclusive pela câmara dos deputados, mas não passou no Senado. Caso o senhor seja eleito, o senhor pretende apoiar esse projeto, deve sancionar? Qual a sua opinião sobre a homofobia?

Josias de Souza

Comentário de Josias de Souza

Boa série de perguntas dos senhores de batina. Temas oportunos: juventude, educação, Estado laico, populações de rua, terras indígenas. O que estragou o bloco foram as respostas. Noves fora Luciana Genro (laicidade do Estado) e Eduardo Jorge (índios), só desconversa.

Intervalo

Encerrado o segundo bloco. No terceiro, jornalistas farão perguntas para os presidenciáveis.

Eduardo Jorge (PV)

Eduardo Jorge responde

Mais precisamente apenas 38% foram demarcadas. Infelizmente nós vamos no ritmo... Fernando Henrique, 18 por ano; Luiz Inácio da Silva, 10 por ano; governo atual, uma terra por ano. Isso significou mais violência, mais fome, mais mortalidade infantil, das nossas populações indígenas, esse ano, de 2013, passado, até novembro, 693 crianças morreram, 40% das mortes dos indígenas são crianças. E, no entanto, existem nesse momento, nesse exato momento, por coincidência, eu estava estudando aqui o relatório...Estava estudando o relatório por acaso e vi que nesse exato momento existem trinta terras totalmente prontas para serem demarcadas. 17 estão na mesa da presidente Dilma, 12 estão na mesa do ministro José Eduardo Cardozo e uma falta o registro final. Até uma terra em São Paulo, que o ministro José Eduardo Cardozo conhece muito bem, porque é uma terra indígena em Parelheiros, ele não assina. Trinta podiam assinar ainda esse ano e recuperar, salvar esse resto de mandato presidencial de quatro anos. Se eleito, assinarei as 30 no mesmo dia. 

Bispo Jacinto Furtado pergunta a Eduardo Jorge

Na Constituição Federal de 1988, há o artigo específico, sobre os indígenas, artigos 231 e 232 que garantem os direitos indígenas a terras ancestrais, a sua cultura, a seu idioma e a seu modo de viver. O artigo 67, no ato das disposições constituições transitórias determina que todas as terras indígenas sejam demarcadas no prazo de cinco anos, a partir da promulgação da Constituição de 1988. Até esta data nem a metade das áreas indígenas chegou a seu processo demarcatório definitivo. Caso eleito, que providências vai tomar?

Josias de Souza

Comentário de Josias de Souza

Depois de Marina, Dilma e Aécio também foram gongados no tempo. Cortaram-lhes a palavra implacavelmente. Quando isso ocorre, o telespectador perde o fio da meada. Não há mensagem que resista.

Josias de Souza

Comentário de Josias de Souza

Deus, como se sabe, existe. Mas ainda não convenceu a Luciana Genro. Ainda assim, Ele ajudou a candidata do PSOL a proferir uma bela resposta sobre Estado laico. 

Josias de Souza

Comentário de Josias de Souza

O bispo levantou a bola para Marina: juventude, eis o tema. Uma grande oportunidade para falar dos protestos de junho de 2013. Em vez disso, Marina serviu um 'X-tudo', da educação à violência. Perdeu-se no tempo. Cortaram-lhe a palavra pelo meio. Fiasco. 

Aécio Neves (PSDB)

Aécio responde

Quero cumprimentar Dom, da minha Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, onde aprendi muito os valores que pratico hoje, cristãos, católicos, onde me formei em economia, e Dom Joaquim sabe o esforço que fizemos em Minas Gerais ao longo dos últimos anos e que nos levou ter hoje, segundo o Ministério da Educação, a melhor educação fundamental do Brasil em todas as séries. Não somos o mais rico, não somos o mais igual de todos os estados brasileiros, ao contrário, Minas Gerais tem regiões ainda com índices de desenvolvimento humano que se aproximam da média do Nordeste. Mas nós demonstramos que com qualificação, com metas claras a serem alcançadas, e Minas Gerais talvez seja de todos os estados brasileiros o único em que 100% dos servidores têm metas a serem, que são previstas no início de cada ano e alcançando essas metas recebem uma remuneração, um 14° salário ao final do ano. Isto nos levou a ter a melhor saúde pública da região Sudeste, segundo o Ministério da Saúde, e a melhor educação fundamental do Brasil. Mas falta muito, falta muito porque infelizmente esse governo, o Governo Federal não avançou em responsabilidades que deveriam ser suas. Entre elas exatamente o que diz Dom Joaquim, depois de mais de uma década, o analfabetismo parou de cair no Brasil. Nós temos que ter uma parceria mais efetiva do governo federal.

Bispo Joaquim Mol pergunta a Aécio

O seu governo extinguirá o vergonhoso analfabetismo que atinge cerca de 9% da população acima de dez anos? Só em Minas, no meu Estado, são cerca de 7% e também o analfabetismo funcional? O que será feito para colocar todas as pessoas em idade escolar estudando? A baixa qualidade é um dos maiores problemas da educação brasileira. Será dado um grande salto de qualidade na educação em nosso país?

Dilma Rousseff (PT)

Dilma responde

Bom, Dom, eu sou uma pessoa que tem um compromisso. Meu compromisso é fundamentalmente com a inclusão social e a redução da desigualdade. Hoje é um dia muito feliz porque hoje nós recebemos o relatório da ONU que diz que o Brasil saiu pela primeira vez na sua história do mapa da fome. Isso significa que nós demos um grande passo para redução da miséria e da fome no Brasil. Saímos do mapa da fome porque de 2002 até 2013 nós reduzimos a proporção de brasileiros subalimentados, e isso o fizemos por alguns programas sociais muito importantes. Como o Bolsa Família, como o aumento do emprego, mesmo no momento de crise, hoje nós geramos 5 milhões e 600 mil empregos no meu governo. Pelo fato de termos valorizado e aumentado o salário mínimo em 74%. Pelo fato de 42 milhões de crianças terem duas refeições por dia, garantindo, portanto, um aumento significativo e também uma redução da mortalidade infantil, um aumento significativo da segurança alimentar das crianças. Queria também falar sobre a agricultura familiar. Muitas vezes o Brasil é só visto como um grande exportador, mas nós aumentamos significativamente...

Bispo Guilherme Werlang pergunta a Dilma

O que vai fazer como prioridade máxima para diminuir significativamente a grande desigualdade social que ainda persiste no país, onde 1% detém 50% da riqueza produzida no Brasil?

Luciana Genro (PSOL)

Luciana Genro responde

Obrigada. Primeiro quero dizer com muita sinceridade que não sou uma pessoa religiosa mas tenho enorme respeito por todas as religiões, não vou me converter ao sabor de uma necessidade eleitoral, como muitos candidatos fazem. Eu entendo que a laicidade do Estado deve ser defendida como uma garantia para todas as religiões e para quem não tem religião. Entendo que a liberdade de religião não pode sofrer nenhuma restrição. Mas que as políticas públicas não podem estar subordinadas a nenhuma religião, a nenhuma crença. Por isso eu defendo, por exemplo, a união homoafetiva, o casamento civil igualitário, a necessidade do Estado reconhecer isso que já é algo natural na nossa sociedade e que é preciso combater a homofobia, é preciso combater a transfobia, é preciso combater a discriminação que também se manifesta através do racismo, é preciso pregar o bem, a igualdade, independente da religião. E é preciso que as políticas públicas estejam a salvo das crenças religiosas. Cada um deve exercer a sua crença com toda a liberdade. E as políticas públicas pensarem nas necessidades do conjunto da população, independente da religião que cada um professe.

Bispo José Belisário pergunta a Luciana Genro

É cada vez mais presente na sociedade a discussão sobre a laicidade do Estado. O entendimento e a argumentação de muitos formadores de opinião apontam para uma rejeição a qualquer participação das igrejas no processo de debate e discussão de temas políticos. Há grupos que chegam a negar até a história, e beiram a intolerância. Eu pergunto: qual seu entendimento do estado laico? Se for eleita, como se dará em seu governo a relação estado, igrejas e religiões?

Levy Fidelix (PRTB)

Levy Fidelix responde

Senhor bispo, muito obrigado pela pergunta. A família brasileira é indo solo universal, sou católico, frequento assiduamente as missas porque tenho convicção de que a família unida e dentro da religião pode ser também exemplo para os que vivem à sua volta. Vislumbro que atualmente os meios de comunicação estão destruindo as famílias, os maus exemplos dessa questão também crucial, permitida em lei, da união homoafetiva, destrói sim a família. Isso é terrível! Então, eu tenho certeza que um governante que pretenda que o seu país tenha futuro precisa se pautar acima de tudo em preservar as famílias, com acima de tudo bom exemplo vindo do seu governante. E eu creio que não resta dúvida que o meu governo fará tudo para preservar a família, dando a elas as condições necessárias, econômico e financeiras, com trabalho, com trabalho, e desenvolvimento, porque o país precisa de progredir e as famílias que tenham condições econômicas sobrevoarão naturalmente bem melhor.

Bispo João Carlos Petrini pergunta a Levy Fidelix

Estudos das ciências humanas atestam que a família é constituída por um homem, mulher e filhos, é um recurso importante para as pessoas e para sociedade, pois desempenha funções de proteção, amparo e cuidados. Que políticas públicas podem corrigir o processo de desvalorização da família empenhada na fidelidade e na duração do vínculo, aberta para gerar filhos e educá-los? Como não desperdiçar o recurso que a família constitui para o povo brasileiro? Muito obrigado.

Marina Silva (PSB)

Marina responde

No nosso programa de governo a juventude é tratada como ela merece, que ela possa ter os meios necessários para desenvolver suas potencialidades. Algumas questões são fundamentais para tratar adequadamente o tema das juventudes, que ela possa ter acesso a educação de qualidade, a educação gera igualdade de oportunidades para que as pessoas possam ter uma ocupação decente, possam ser adequadamente respeitadas como sujeitos de direito. No outro aspecto importante é que se crie um ambiente favorável para que possa ter acesso ao emprego, para que possa ter acesso ao lazer, para que possa ter acesso aos meios para que tenham uma vida digna, possa constituir uma família. O combate a violência é fundamental porque, de fato, se não tivermos um sistema de segurança que seja capaz de combater o tráfico de drogas, o tráfico de armas, e tudo aquilo que promove a violência, a nossa juventude continuará sendo ceifada. Cerca de 56 mil pessoas são assassinadas por ano; a maioria, jovens. Nós vamos, junto com os governos dos estados ajudá-los a combater a violência que hoje está nas costas apenas dos governos dos estados, para que a nossa juventude seja protegida, as famílias sejam protegidas, e que a gente possa com educação, com meios para que a juventude...

Bispo Vilson Basso pergunta a Marina

A juventude é uma parcela importante de nossa população e sofre com a falta de oportunidades. O país é assolado pelas drogas e violência, que têm dizimado, matado mais de 50 mil jovens todos os anos, chega de violência e extermínio de jovens. No vosso programa de governo quais as propostas concretas de superação da violência e combate às drogas? Porque a juventude quer viver com dignidade e esperança.

Josias de Souza

Comentário de Josias de Souza

Está explicado, finalmente, por que a reforma política não sai. Todos consideram a reforma essencial. Somando-se apenas as ideias de Aécio, Marina e Dilma, daria para fazer uma dúzia de reformas do sistema político brasileiro. Incluindo-se as teses dos nanicos, sobraria material para mais meia dúzia.

Josias de Souza

Comentário de Josias de Souza

Depois de 12 anos de PT no poder, defesa que Dilma faz da reforma política soa como lero-lero. De que serviu, afinal, a mega-aliança partidária que custa tão caro ao país? 

Primeiro intervalo

Encerrado o primeiro bloco. No segundo, bispos farão perguntas para os candidatos.

Levy Fidelix (PRTB)

Levi Fidelix responde

Senhoras e senhores brasileiros, católicos, saúdo aqui Dom Damasceno, também nossos bispos aqui presentes, correligionários, candidatos amigos. Senhores, o nosso partido vem apregoando há muitos anos que a nossa reforma política é necessária, especialmente em se tratando de uma reforma essencial para que possamos ter a democracia plena. Sempre trabalhamos contrariamente a esse voto obrigatório. Sempre. Por acharmos que a obrigatoriedade leva realmente, à essência, a que o voto secreto possa ser violado na medida em que as pessoas podem ser corrompidas e as pessoas de menor poder aquisitivo são realmente seduzidas pelas grandes feras, especialmente dos grandes candidatos. Quanto ao financiamento público também, é muito importante termos, mas a iniciativa privada tem dado sua contribuição. Porém, a essência está em que privilegiam aqueles candidatos que sempre vão ganhar. Meus senhores, a minha pretensão aqui é falar de uma coisa final muito importante, é com relação especialmente a divisão do tempo de rádio e televisão. Chega a ser criminoso o que fazem conosco, os partidos menores, quanto ao tempo de rádio e televisão, não nos dando a visibilidade que merecemos, e que poderíamos ter muito mais se nos dessem chance de apresentar nossas ideias e nossos conselhos, nossos ideais. Vislumbro aí exatamente o que Cristo falou lá atrás, exatamente. Procurou aos menos favorecidos e não procurou aos fariseus e nem aos romanos, e deu a eles a chance necessária.

Pastor Everaldo (PSC)

Pastor Everaldo responde

Boa noite candidatos, boa noite candidatas, quero parabenizar e agradecer a CNBB, a rede Aparecida e todos os associados por promover mais um debate para que a população brasileira tome conhecimento das propostas de cada candidato a presidência da República. O partido social cristão, que tem como presidente doutor Vitor, católico, padre Aleixo, filho do saudoso presidente Pedro Aleixo, tem proposta de reforma política clara. Já apresentamos em 2011 a proposta de fim do voto obrigatório. Somos a favor da liberdade, do voto facultativo. Somos 100% favoráveis ao fim das coligações proporcionais, cada partido defenda os seus ideais e  coloque para a sociedade brasileira. Somos a favor do fim da compra do tempo de televisão, cada partido, fez as coligações para majoritária, o partido cabeça de chapa fica com seu tempo de televisão e quem se associa com ele, se associa pelo programa e não pela compra de tempo. Esse mercado persa de compra de televisão. Então nós, para começar. O outro aspecto, com relação a reforma política, é que nós, quando defendemos também a permanência do modelo de contribuição da iniciativa privada. Por quê? Quando você passa para a iniciativa privada estas empresas hoje que são foco de corrupção, não haverá mais interesse. Então não podemos colocar mais cargas sobre o cidadão brasileiro que já paga uma enormidade de impostos.

Luciana Genro (PSOL)

Luciana Genro responde

Boa noite, muito obrigada pela oportunidade de estar aqui, dialogando com este público tão qualificado, dizer que para mim é uma grande honra e um desafio suceder Plínio de Arruda Sampaio nessa tarefa de representar o PSOL nas eleições presidenciais. Plínio que foi um exemplo de cristão, um exemplo de católico e colocou sua vida a serviço do ideal de Justiça e igualdade. Espero estar a altura dessa figura icônica da esquerda brasileira, Plínio de Arruda Sampaio. Não só o PSOL concorda como foi parceiro da CNBB e das entidades na construção desta proposta de reforma política, através dos nossos parlamentares, principalmente deputado Chico Alencar, também Jean Willys, Ivan Valente, nós participamos ativamente porque entendemos que o financiamento privado das campanhas eleitorais dá origem a uma relação promíscua entre o setor privado, os partidos e os políticos. O PSOL inclusive é o único partido que tem representação parlamentar que proíbe estatutariamente receber dinheiro de bancos, empreiteiras e empresas multinacionais, que são justamente os segmentos que instituem as relações mais perigosas e que nós estamos vendo agora, se reproduzirem na Petrobras com escândalo de corrupção envolvendo empreiteiras e partidos. As mesmas empreiteiras que estão envolvidas nesse escândalo da Petrobras financiam também os grandes partidos, o PT, o PSB, o PSDB e tantos outros. Nós entendemos que junho de 2013 deu um recado aos políticos brasileiros. As instituições estão desacreditadas, é preciso uma transformação profunda e sim radical neste modo de fazer política, e a participação popular do povo é fundamental para que a política seja de fato um bem a serviço.

Eduardo Jorge (PV)

Eduardo Jorge responde

Dom Raimundo Damasceno, obrigado pelo convite, quero lembrar que domingo foi o aniversário de Dom Evaristo Arns, provavelmente vão florir já no próximo ano. Eu vi e recebi das mãos de Dom Raimundo o seu texto, já li, relâmpago, mas já li, e digo que concordo com o não financiamento por empresas, não só concordo, mas já estou praticando nessa eleição, entreguei um ofício do TSE dizendo que não vou receber contribuição de empresas, somente de pessoa física e fundo partidário. O G3 concorda e está recebendo gostosamente por enquanto essas contribuições. A eleição em dois turnos, nós estamos propondo o voto distrital misto estilo alemão que é parecido com isso que Dom Raimundo apresentou, inclusive permite a alternância homem e mulher na lista. Estamos propondo isso. Fim das coligações proporções também concordamos. Mas não perdi a oportunidade e já entreguei na mão de Dom Raimundo a proposta de PV, porque o PV tem uma proposta bastante ampla, é o capitulo dois do nosso site, foi o primeiro partido que apresentou, 30 e tantas páginas, já deixei na mão do nosso Dom Raimundo as nossas propostas, que tem a volta do debate do parlamentarismo, o voto facultativo, o voto da liberdade que vai politizar o processo político brasileiro e uma coisa muito interessante que nós estamos estudando em outros países, de debaixo para cima vereador tem que continuar trabalhando na sua profissão, vamos começar a quebrar essa casta de políticos pela base. Pela base. Política não é carreira, política é para servir.

Dilma Rousseff (PT)

Dilma responde

Eu queria cumprimentar os candidatos, as candidatas, queria cumprimentar a CNBB e a rede de inspiração católica. Eu tenho certeza que nós precisamos de uma profunda reforma política, baseada na participação popular, por meio de um plebiscito. Eu respeito e apoio a proposta da CNBB e das cem entidades. Concordo com os quatro pontos básicos, que é o fim do financiamento empresarial das campanhas. A participação proporcional e paritária de homem e mulheres. Também o voto em lista partidária em dois turnos e o fim do voto proporcional. Aliás, desculpa, das coligações proporcionais. Eu acredito que é muito importante uma reforma política para que a gente, para que a gente faça de fato um processo de transformação das estruturas institucionais e políticas no Brasil. Acredito que essa reforma política tenha de renovar e transformar os partidos políticos existentes. Me preocupa muito porque os partidos, numa democracia, são essenciais. Não existe democracia no mundo sem partidos. Mas nós precisamos sistematicamente submetê-los ao voto popular de dois em dois anos, como ocorre agora, a partir desta reforma política. Daí porque é tão importante a questão do financiamento público de campanha. Acredito também que, numa reforma política, nós temos de considerar que quando os partidos não existem, poderosos mandam por trás da cena. E é o caminho para a ditadura, ou restrições das liberdades. O Brasil precisa muito dessa reforma. Para tornar as práticas mais transparentes, para reforçar as instituições políticas.

Marina Silva (PSB)

Marina responde

Quero parabenizar a CNBB pela iniciativa desse debate. É uma oportunidade para que todos os brasileiros possam conhecer as propostas, as trajetórias dos candidatos. Nós apresentamos um programa de governo, temos insistido que é fundamental que todas as candidaturas apresentem um programa de governo, e no nosso programa de governo nós fizemos questão de tratar do tema da reforma política. Não com uma proposta pronta e acabada, mas uma proposta que seja capaz de ajudar a atualizar o processo político no Brasil, que volte a fazer uma ligação entre representantes e representados. Hoje há um forte reconhecimento da sociedade de que boa parte das lideranças políticas, das instituições políticas, não os representam. Não é por acaso que as manifestações de junho do ano passado claramente deram esse sinal, e daí a necessidade de uma reforma política que seja capaz de colocar no centro do debate a melhoria da qualidade da política, das instituições políticas, trabalhar para que se tenha uma nova governabilidade. Defendemos sim o financiamento público de campanha, temos algumas propostas que foram colocadas no nosso programa para deflagrar o debate. Consideramos acúmulos que já assistem dentro da sociedade brasileira e iniciativas como da CNBB, vamos considerar o conjunto dessas propostas para poder fazer um debate à altura do processo político que o Brasil está vivendo, a sociedade brasileira dá um sinal de que está à frente das suas lideranças políticas. Dá um sinal de que está à frente das instituições políticas, que se perderam na lógica do poder pelo poder, da oposição pela oposição. O financiamento público de campanha, a valorização das mulheres, termos no centro do processo político o cidadão.

Aécio Neves (PSDB)

Aécio responde

Em primeiro lugar, boa noite aos candidatos e candidatas que participam de mais esse debate, meus cumprimentos a CNBB, através de seu presidente, Dom Damasceno, que dá aos brasileiros, não apenas a imensa comunidade católica brasileira, mas a todos os cidadãos brasileiros, e de todos os credos, a oportunidade de conhecer um pouco mais a história de cada candidato e em especial aquilo que eles propõem fazer pelo Brasil. Eu estou imensamente feliz de estar aqui mais uma vez na casa de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, e que Nossa Senhora possa nos ajudar a construir um tempo novo no Brasil, onde política e ética voltem a ser compatíveis. Eu tenho uma alegria enorme de começar de forma muito objetiva respondendo a indagação que nos é feita, pois a reforma política é aquilo que já se costumou chamar de a mãe de todas as reformas. A minha proposta de governo, que eu tenho debatido intensamente pelos, nos últimos dois anos, por todas as nossas regiões, reunindo os mais qualificados e experientes brasileiros e brasileiras, não é uma proposta construída no improviso, tampouco se modifica ao sabor dos ventos, e nela nós defendemos uma reforma política que anteceda às demais reformas, pois só com uma reforma política que enxugue o quadro partidário, que nos possibilite por exemplo em se instaurar no Brasil o voto distrital misto, uma forma mais moderna e adequada de aproximar o representante do seu representado, e o fim da reeleição, com mandato de cinco anos para todo os detentores de cargos públicos, é que nós, a meu ver, estaríamos criando as condições e uma maior isonomia nas disputas eleitorais, para que as outras propostas possam vir e ser debatidas. A CNBB ajudou muito para que a ficha limpa fosse votada e foi o primeiro e importante passo para a reforma política que no meu governo começa no primeiro dia.

José Maria Eymael (PSDC)

Eymael responde

Para responder essa pergunta, quero fazer uma breve introdução da minha própria história e da democracia cristã do país. Nasci em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Mais velho de sete filhos, de um funcionário público, comecei a trabalhar muito cedo, aos doze anos de idade. Como aprendiz numa tipografia no bairro da Glória, em Porto Alegre. Meus primeiros estudos fiz numa escola pública do Rio Grande do Sul. E depois só consegui avançar porque recebi da Prefeitura de Porto Alegre uma bolsa de estudos. Com esta bolsa de estudos, fiz ginásio, colégio. E o Colégio Rosário em Porto Alegre. Depois duas faculdades na PUC, filosofia e direito, me formei em primeiro lugar na minha turma de direito, recebendo o prêmio Paulo Brossat, de família católica, cresci, me desenvolvi nos quadros da ação católica. Fui Benjamim, aspirante e depois um dos dirigentes da juventude gaúcha, e foi através da JOC, onde conheci a disciplina da igreja. Onde João 13 afirma que o trabalho não é mera mercadoria mas é expressão da dignidade humana, e foi através da própria JOC que conheci e me afiliei ao PDC. Em 1986, já em São Paulo, advogado tributarista, já empresário, fui eleito advogado constituinte...

CNBB pergunta sobre a proposta de reforma política encampada pela instituição

Os senhores e senhoras sabem certamente conhecem o projeto de reforma política encampado pela CNBB. Como a senhora e os senhores veem a necessidade da reforma política com participação popular levando em consideração a proposta da coalizão que defende em primeiro lugar impedir financiamento de campanha por empresas privadas; em segundo lugar, eleições em dois turnos, primeiro nos programas partidários e depois das pessoas; em terceiro lugar, maior participação das mulheres, em quarto lugar a regulamentação do artigo 14 da Constituição Federal? Seguindo a ordem estipulada em sorteio nós começamos com as respostas à pergunta colocada pela CNBB, com o candidato Eymael, do PSDC. Candidato, o senhor tem dois minutos para sua resposta, por gentileza.

Oito candidatos participam do debate

Oito candidatos participam do encontro: Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB), Aécio Neves (PSDB), Pastor Everaldo (PSC), Luciana Genro (PSOL), Eduardo Jorge (PV), Levy Fidelix (PRTB) e José Maria Eymael (PSDC). O jornalista Rodolpho Gamberini é o mediador o debate, que tem cinco blocos. a Rodolpho Gamberini é o mediador o debate, que tem cinco blocos. 

Dilma foi a última a chegar ao estúdio

A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, foi a última a chegar ao estúdio da TV Aparecida, no interior de São Paulo.

Marina diz que não quer embate

"Nós temos priorizado o debate, não queremos essa lógica do embate, que empobrece o processo político", disse Marina.

Aécio diz debate é oportunidade de candidatos mostrarem o que pensam

"É uma oportunidade extraordinária dos candidatos mostrem de forma clara não apenas a imensa comunidade católica brasileira mas a todos os brasileiros, de todas as religiões o que pensam, o que são, o que fizeram ao longo da sua vida, e aquilo que pretendem fazer se vencerem", afirmou o candidato tucano. 

Confira as pesquisas de avaliação do governo Dilma

Na pesquisa Ibope divulgada hoje, a parcela de eleitores que avaliam a gestão da petista como ótima ou boa representa 37%. Os que consideram a administração regular se mantiveram em 33%. A proporção dos que entendem que o governo é ruim ou péssimo permaneceu em 28%. Leia Mais

Acompanhe a evolução dos candidatos nas pesquisas

Confira o desempenho dos presidenciáveis nas pesquisas Datafolha e Ibope. Leia Mais

Ibope: Dilma tem 36%; Marina, 30%; e Aécio, 19%

Pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira (16) mostra que a presidente Dilma Rousseff (PT) lidera a corrida eleitoral com 36% das intenções de voto. A ex-senadora Marina Silva (PSB) está em segundo lugar, com 30%. O senador Aécio Neves (PSDB) aparece em terceiro, com 19%. Em relação ao levantamento CNI/Ibope divulgado na última sexta-feira (12), a petista caiu três pontos percentuais; a ex-senadora oscilou um ponto para baixo, dentro da margem de erro; e o tucano subiu quatro pontos. Leia Mais

Tucanos já declaram apoio a Marina

Aliados do candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, estão se aproximando da campanha de Marina Silva (PSB) para declarar apoio à ex-senadora já no primeiro turno. Segundo apoiadores da presidenciável, prefeitos e deputados tucanos procuraram integrantes da campanha nos últimos dias para manifestar simpatia pela candidata. Ontem, o presidente estadual do PSDB no Ceará, Tomás Figueiredo Filho, declarou apoio à Marina.  Leia Mais

Manterei o Bolsa Família pois já passei fome, diz Marina

No programa de TV mais emocional feito até hoje pela equipe da presidenciável do PSB, Marina Silva embarga a voz para dizer que uma pessoa que já passou fome, como ela, jamais acabará com o Bolsa Família. Leia Mais

Ministro do TSE determina que site de apoio a Dilma seja retirado do ar

O ministro Herman Benjamin determinou nesta terça-feira (16) que seja retirado do ar o site "Muda Mais" por fazer propaganda de Dilma Rousseff sem estar devidamente registrado na Justiça Eleitoral. Leia Mais

Debate de hoje marca posição da Igreja Católica

A Igreja tenta se equilibrar entre a orientação do papa Francisco, mais tolerante em assuntos como o homossexualismo, e a oportunidade de cobrar dos candidatos posições sobre estes temas. Leia Mais

Segundo debate

As candidatas Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB), que lideram a corrida eleitoral, deixaram o candidato do PSDB Aécio Neves em segundo plano, direcionando perguntas uma à outra durante o debate realizado no dia 1º pelo UOL, pela Folha de S.Paulo, o SBT e a rádio Jovem Pan.

Segundo debate - Eduardo Knapp/Folhapress

As regras permitem perguntas sobre 20 temas

As regras permitem perguntas sobre os seguintes temas: saúde, educação, emprego, lei do aborto, uso de células tronco embrionárias, exposição de símbolos religiosos em locais públicos, habitação, saneamento básico, transportes, segurança pública, previdência, agricultura, reforma agrária, economia, liberdade de imprensa, meio ambiente, reforma política, reforma tributária, contas públicas e direitos humanos.

Presidenciáveis farão considerações finais no 5º bloco

O quinto e último bloco será reservado para as considerações finais dos presidenciáveis.

Candidato pergunta para candidato no 4º bloco

No quarto bloco, candidato pergunta para candidato, com ordem definida por sorteio.

Jornalistas perguntarão a candidatos no 3º bloco

No terceiro bloco, jornalistas das emissoras envolvidas na transmissão farão perguntas aos candidatos.

Bispos questionarão candidatos no 2º bloco

No segundo bloco, oito bispos indicados pela CNBB questionarão os candidatos. A ordem será definida pelo sorteio do mediador, o jornalista Rodolpho Gamberini.

Presidenciáveis responderão pergunta única da CNBB no 1º bloco

O cardeal arcebispo de Aparecida, dom Raymundo Damasceno, abrirá o debate. No primeiro bloco, os candidatos responderão uma pergunta formulada pela presidência da CNBB.

Encontro terá a participação de oito candidatos

Oito candidatos participam do encontro: Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB), Aécio Neves (PSDB), Pastor Everaldo (PSC), Luciana Genro (PSOL), Eduardo Jorge (PV), Levy Fidelix (PRTB) e José Maria Eymael (PSDC).

Primeiro debate

O primeiro encontro entre os candidatos a presidente realizado pela Band foi marcado pelos ataques entre os principais candidatos

Primeiro debate - Thais Haliski/UOL

Debate promovido pela CNBB começa às 21h30

O debate entre os candidatos à Presidência da República organizado pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) começa às 21h30, em Aparecida, no interior de São Paulo

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