O vice-prefeito Juninho (PPS) e o deputado estadual Marcelo Santos (PMDB) irão disputar o segundo turno em Cariacica (ES), na Grande Vitória. A corrida eleitoral no primeiro turno foi acirrada, com três candidatos disputando voto a voto quem teria a chance de seguir na disputa.

Ao final, quem ficou de fora foi a deputada estadual Lúcia Dornellas (PT), e seu apoio será um dos fatores mais importantes para definir quem será o novo prefeito do município.

Um dos focos do debate neste segundo turno certamente será a atual administração municipal, de Helder Salomão (PT), há oito anos na prefeitura. Marcelo Santos acusa o atual prefeito de ter inchado a máquina pública e de ter feito uma administração confusa e sem prioridades.
O candidato aponta o fato de, em oito anos, a cidade ter tido sete secretários de saúde, entre eles um professor de história, como uma das provas de que aqueles que participam do governo atual não têm capacidade técnica para governar.

Seu adversário, apesar de ser o atual vice-prefeito, coloca-se também como candidato de oposição à atual administração. Ele afirma ter sofrido um isolamento político no governo. 

Sob essa perspectiva, o candidato tenta blindar-se das críticas ao prefeito, sendo ele mesmo um de seus maiores críticos. Se for eleito, Juninho promete extinguir secretarias (como a de Relações Institucionais) e criar novas pastas (Trânsito e Segurança Pública).

O candidato promete também investigar negócios e contratos firmados pelo município que ele considera suspeitos. 

Marcelo Santos, por sua vez, manteve uma postura mais fria, evitando ataques frontais aos outros candidatos e à atual administração. É que o peemedebista desde o início liderou as pesquisas, e entendeu que dependeria do apoio de quem ficasse de fora do segundo turno para chegar à vitória definitiva.

Como os dois candidatos que disputavam a outra vaga no segundo turno possuem ligação com a atual prefeitura (a petista Lúcia Dornellas era a candidata da situação), Santos manteve uma linha mais propositiva na campanha, preferindo apostar em críticas técnicas à atual administração, evitando ofensas pessoais aos adversários.

A estratégia do candidato do PMDB também se explica pelo fato de a gestão de Helder Salomão contar com boa avaliação nas pesquisas de opinião. As dificuldades de Lúcia Dornellas na campanha, que acabaram por deixa-lá de fora do segundo turno, se deram pelo fato de sua escolha como nome para suceder o atual prefeito não ter contado com o apoio unânime dos membros do partido na cidade e de seus eleitores, e sim ter sido fruto de uma vontade individual do atual prefeito.

O pleito também era disputado por Adilson Avelina (PSD) e Sandro Locutor (PV).