Durante o horário eleitoral desta segunda-feira (27) na TV, José Serra (PSDB) fez críticas à gestão petista de Marta Suplicy e disse que as ideias do PT para a saúde são "mirabolantes".

"Esse pessoal do PT não tem jeito mesmo. De novo estão propondo ideias mirabolantes para a saúde. Quando eles estavam no governo, não fizeram nada. Aliás, fizeram sim, abandonaram a saúde", afirmou o narrador do programa.

Logo depois, são mostradas imagens feitas com câmera oculta, com os corredores dos hospitais lotados e falta de quartos para internação. As imagens teriam sido feitas em 2004, quando Marta Suplicy (PT) foi prefeita.

Serra usou como exemplo o hospital municipal do M'Boi Mirim, promessa de Marta, mas que não foi construído durante a gestão da petista à frente da Prefeitura de São Paulo, e sim durante a gestão Serra/Kassab.

Fernando Haddad (PT) também mostrou os problemas da saúde em seu programa, criticando a atual gestão, de Gilberto Kassab (PSD).  "Quando se trata de saúde, tempo é tudo. Mas quando se trata de saúde para o paulistano, o tempo parece uma eternidade".

Além disso, o candidato do PT propôs a construção de uma rede de centros de saúde chamada "Hora Certa", para consultas, exames e cirurgias sem necessidade de internação, o que "desafogaria os hospitais". Além disso, prometeu mais mil leitos nos hospitais.

Russomanno

O candidato do PRB à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, usou seu programa para se mostrar como "um homem do povo, que olha nos olhos". São mostradas imagens em que o candidato aparece caminhando com as pessoas nas ruas e fazendo promessas.

"Celso Russomanno caminha no meio do povo, fala com as pessoas olhando nos olhos", disse a narração, usando, mais uma vez o tom emocional que já é uma marca de seus programas. "Essa é uma campanha de verdade. Você vai me ver pouco nesse estúdio, vai me ver nas ruas'.

Chalita

Gabriel Chalita (PMDB), por sua vez, voltou a usar o nome da presidente Dilma em seu programa e se intitulou como "a verdadeira novidade desta eleição". "É deputado do PMDB, único partido que pode unir governo municipal, estadual e federal", disse o programa, repetindo o principal slogan de sua campanha.

Para demonstrar imparcialidade, elogia o corredor Ibirapuera, e cita que foi uma iniciativa de Marta Suplicy, mas diz que Kassab deixou de investir essa solução porque era uma marca da gestão petista na Prefeitura de São Paulo. Já sobre a lentidão na ampliação do Metrô na capital paulista, Chalita afirmou que o governo do Estado recebe menos dinheiro do governo federal porque é comandado pelo PSDB.

"Vou investir em corredores de ônibus e ampliação de metrô", disse o candidato do PMDB. "Vamos deixar as picuinhas de lado, e colocar São Paulo em primeiro lugar".

Outros candidatos

Soninha (PPS) tratou da educação e criticou a progressão continuada do ensino público estadual, e defende que o modelo do ensino público municipal, sem aprovação automática, deve ser mantido e expandido.

Paulinho (PDT) retomou o tema da distribuição de mais postos de trabalho em regiões periféricas para resolver os problemas do transporte público. Para isso, defende  com a redução do ISS e do IPTU para empresas que se instalarem fora do centro da capital paulista.

Levy Fidelix (PRTB) relembrou que a sugestão do monotrilho do governo do Estado é sua, e desde 1996, com a proposta do Aerotrem. "Prefira o original".

Gianazzi (PSOL)  fala do combate à corrupção e aponta a eleição direta para as vice-prefeituras como solução para diminuí-la.

Ana Luiza (PSTU) atacou a ação do governo Dilma contra as greves de servidores federais.

Eymael (PSDC) voltou a citar sua atuação na Assembeia Constituinte de 1988.Miguel Manso (PPL) criticou a perda de força da indústria de São Paulo e defende a parceria da prefeitura com os setores que geram empregos.

Anaí Caproni (PCO) defende o fim do domínio das empresas privadas que prestam serviços públicos, como a coleta de lixo e o tranporte coletivo.