25/10/2010 - 18h30

Serra diz que trava luta "de Davi contra Golias" com Dilma

Andreia Martins
Do UOL Eleições
Em São Paulo

O presidenciável José Serra (PSDB) recebeu nesta segunda-feira (25) um documento com propostas elaboradas por integrantes da Academia Brasileira de Ciências e da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência). Na reta final da campanha, o tucano disse ainda que trava uma luta "de Davi contra Golias" contra a rival Dilma Rousseff (PT).

"Eu destaco, nessa campanha, o elemento de confiança [do eleitor], por termos chegado até aqui, porque estamos numa luta de Davi contra Golias", afirmou o ex-governador de São Paulo, recorrendo a uma frase que já havia sido utilizada por Marina Silva (PV) durante a disputa pelo Palácio do Planalto. "E, em matéria de baixaria, por parte do adversário é a pior [campanha]. Nunca um adversário jogou tão baixo em uma campanha", disse.

De acordo com pesquisa Vox Populi divulgada nesta segunda-feira (25), a candidata do PT lidera a disputa no segundo turno com 49% das intenções de voto, contra 38% do presidenciável do PSDB. Na última sondagem do instituto, divulgada no dia 18, Dilma aparecia com 51%, ante 39% do ex-governador de São Paulo.

Ciência e educação

Serra afirmou que, se eleito, fará do documento apresentado pela SBPC seu programa de governo para a área, e disse também que todas as propostas apresentadas têm "o mesmo ponto de partida, a educação".

No texto, que foi entregue na semana passada à candidata petista, constam propostas relacionadas a cinco eixos na área de ciência e tecnologia. São eles: proteção do bioma, aumento dos investimentos em ciência dos atuais 1,2% para 2% PIB, elevar para 6% do PIB o investimento em educação, agregar valor
aos produtos de exportação, e investir na formação de novos cientistas.

"Eu tenho destacado no meu programa que nós precisamos de um plano nacional da educação acima dos partidos políticos. Nós estamos andando para trás no ensino superior", disse o tucano, ao criticar o fato de o Brasil estar formando menos engenheiros e cientistas, e também a falta de uma política de desenvolvimento.

"[Hoje] há inexistência  de uma política de desenvolvimento. O governo enveredou numa trilha da desindustrialização, o que é comprometedor", afirmou o ex-governador de São Paulo.

O presidenciável afirmou que é possível duplicar os investimentos no setor "num prazo de 10 anos se o setor privado receber incentivos". "É preciso melhorar a legislação, deixando-a mais clara, com mais segurança para os investimentos privados", completou Serra.

Reta final

O presidenciável não confirmou a agenda de sua última semana de campanha, e pediu que a população compareça as urnas no dia 31 de outubro, véspera de um feriado prolongado. "Melhor um feriadão pela metade e um feliz ano novo", afirmou.

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