Juiz do STF é "tarimbado" e julgará Lula "de acordo com a lei", diz Alckmin

Janaina Garcia

Do UOL, em São Paulo

  • Marivaldo Oliveira/Código19/Estadão Conteúdo

    Geraldo Alckmin é o pré-candidato do PSDB à Presidência da República

    Geraldo Alckmin é o pré-candidato do PSDB à Presidência da República

Um dia depois de o STF (Supremo Tribunal Federal) adiar para o dia 4 de abril o julgamento do mérito do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador Geraldo Alckmin (PSDB), pré-candidato à Presidência, afirmou não ver pressão sobre a Corte a fim de que o recurso seja julgado com rapidez.

"Não acho que haja pressão. O juiz de suprema corte é extremamente tarimbado, experiente, vai julgar de acordo com a lei e com o interesse público", disse.

A decisão de ontem dos ministros deu tempo a Lula, à medida que, além de adiar o julgamento do mérito do HC para até 4 de abril, também concedeu uma liminar ao petista impedindo que ele seja preso até lá.

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Prestes a deixar o governo do Estado — a renúncia deve acontecer até o dia 7 de abril —, Alckmin evitou polemizar sobre a decisão do Supremo, ainda que ela tenha sido favorável a um de seus principais adversários no plano eleitoral.

"Decisão do poder Judiciário cabe respeitar; não é uma decisão definitiva, cabe aguardar, ninguém está acima da lei. A lei é para todos, e o Judiciário é um poder independente, vamos aguardar", disse.

Indagado se espera Lula fora de campanha, desconversou: "Não escolhemos adversário; a Justiça e o PT escolhem", encerrou. Atualmente, Lula é o pré-candidato do Partido dos Trabalhadores ao Planalto, e a legenda não admite publicamente qualquer possibilidade de plano B.

Campanha do agasalho

Alckmin esteve nesta tarde no Parque da Mônica, zona sul de São Paulo, onde lançou, ao lado da primeira-dama Lu Alckmin, a campanha do agasalho de 2018. Ela preside o Fundo Social de Solidariedade do Estado, entidade sem fins lucrativos.

Junto com o casal, esteve no evento a futura-primeira-dama, Lúcia França, mulher do vice-governador e candidato ao governo Marcio França (PSB). Ele assumirá o governo quando Alckmin renunciar e disputará a eleição em outubro.

Janaína Garcia/UOL
Lu Alckmin (e), mulher do governador de SP, Geraldo Alckmin, e Lúcia França, mulher do vice, Márcio França

Lu Alckmin se emocionou ao lembrar que deixa em duas semanas o Fundo Social, mas garantiu a outras primeiras-damas municipais, na plateia, que a sucessora "vai dar continuidade aos nossos projetos".

"Nossa vida não é um círculo, mas um ciclo; estamos aqui de passagem. Deixo meu lugar à Lúcia, esse ser humano especial que vai dar continuidade aos nossos projetos no fundo social", disse. Após a saída de Alckmin, elas posaram para fotos com as primeiras-damas, em dupla, em uma sala de acesso restrito.

O cartunista Maurício de Souza, criador da Turma da Mônica, cedeu o direito de imagem dos personagens da história em quadrinhos à campanha.

Interessados em aderir à iniciativa precisarão preencher um formulário no site www.campanhadoagasalho.sp.gov.br, em funcionamento a partir do próximo dia 26. Só a partir do cadastro o material de divulgação poderá ser retirado no depósito do Fundo, no Jaguaré (zona oeste).

A campanha dura dois meses.

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