Na TV, Greca mostra Doria, e Leprevost homenageia professores

Rafael Moro Martins

Colaboração para o UOL, em Curitiba

  • Montagem/UOL

    Os candidatos à Prefeitura de Curitiba: Rafael Greca (à esq.) e Ney Leprevost

    Os candidatos à Prefeitura de Curitiba: Rafael Greca (à esq.) e Ney Leprevost

No primeiro dia de propaganda eleitoral na televisão do segundo turno, neste sábado (15), os candidatos à Prefeitura de Curitiba, Rafael Greca (PMN) e Ney Leprevost (PSD), venderam "experiência" e "novidade na política".

"Curitiba fez um teste, colocou um bom deputado, inexperiente como gestor, na prefeitura. Não deu certo. Agora outro deputado, inexperiente, quer ser prefeito", afirmou o narrador do programa Greca, exibido primeiro.

A referência, óbvia, é ao prefeito e candidato derrotado à reeleição, Gusvato Fruet (PDT), cuja gestão é mal avaliada, e a Leprevost, que tem como única passagem no poder Executivo o cargo de secretário de Esporte e Turismo, entre 1999 e 2000.

Grega levou ao ar depoimentos de Maria Victoria (PP), que ficou em quarto lugar no primeiro turno, e de João Doria (PSDB), prefeito eleito de São Paulo.

"Na política, paixão é fundamental. E Greca ama Curitiba", afirmou Doria.

Leprevost, num programa que usou tom emocional, falou que caberá ao eleitor, no segundo turno, "escolher entre velha e nova política". Aproveitou o Dia do Professor para falar de Educação, e levou ao ar uma entrevista com a primeira professora que teve.

Mas também cutucou o adversário. Mostrou cenas da manifestação dos professores em 29 de abril, duramente reprimida pela Polícia Militar, num episódio que ficou conhecido com o "Massacre de 29 de abril" --o governador Beto Richa (PSDB) apoia Rafael Greca.

Ao final, disparou: "Os verdadeiros faróis do saber são os professores de Curitiba", em referências às bibliotecas em formato de farol marítimo que se tonaram ícones da primeira passagem de Greca pela prefeitura, entre 1993 e 96.

Promessas

Greca priorizou a saúde em seu primeiro programa. Prometeu mutirões de especialidades, em parcerias com hospitais, para "zerar a fila de consultas para especialidades".

Ele garante ser possível requalificar todo o sistema municipal de saúde em 180 dias.

Usando um apresentador, Greca questionou a promessa do adversário, feita em entrevistas, de reduzir a passagem de ônibus cortando a fatia que é repassada à empresa municipal que administra o sistema de transporte. Para a campanha, ela é inviável. "Tem que saber fazer", provocou o apresentador.

Já Leprevost foi genérico nas promessas. "A saúde vai mal porque ninguém assumiu responsabilidade de oferecer médico e remédio na hora em que é preciso, custe o que custar. A velha política faz alianças que comprometem dinheiro público", falou.

Fez menção a Jaime Lerner (sem partido), prefeito de Curitiba por três vezes, também muito citado no primeiro turno por Maria Victoria.

Consultado à época, o escritório de Lerner --que, hoje, se dedica à arquitetura-- disse que ele "não participa dessa eleição".

E falou, também genericamente, em "valorizar professores e escolas", tema que ficou ausente da propaganda do adversário.
 

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