PT, PSTU e políticos da Rede formalizam apoio a Freixo no Rio

Do UOL, em São Paulo

  • Reprodução/Facebook Jefferson Moura

    Randolfe (à esq.) e Jefferson Moura (centro), da Rede, se reúnem com Marcelo Freixo no Rio

    Randolfe (à esq.) e Jefferson Moura (centro), da Rede, se reúnem com Marcelo Freixo no Rio

O PT, o PSTU e integrantes da Rede anunciaram formalmente nesta quarta (5) apoio à candidatura de Marcelo Freixo (PSOL) na disputa pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Freixo está no segundo turno com Marcelo Crivella (PRB), que ainda não formalizou nenhum apoio.

No primeiro turno, o PT lançou o ex-deputado federal e ex-ministro Edson Santos como vice na chapa de Jandira Feghali (PCdoB). A candidata, que teve 3,39% dos votos válidos, já havia declarado apoio a Freixo. Agora, em comunicado, o PT orienta sua militância a "apoiar incondicionalmente as candidaturas do PSOL, do PCdoB, da Rede e do PDT nas capitais".

Na terça (4), Freixo disse que o apoio do PT seria "bem-vindo", mas demonstrou não querer a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sua campanha. Lula não dividirá o palanque com Freixo nem aparecerá em seu horário eleitoral.

Já a Rede não fechou questão sobre o apoio a Freixo, mas o candidato do PSOL ganhou o apoio de políticos da legenda, como o senador Randolfe Rodrigues (AP) e o vereador carioca Jefferson Moura. O postulante da Rede à prefeitura, Alessandro Molon, que conquistou 1,43% dos votos válidos no primeiro turno, já havia endossado Freixo. No Facebook, Moura disse que o apoio se deve à necessidade de "construir uma sólida unidade contra o obscurantismo, o retorno do clã Garotinho e na defesa do Estado laico."

Randolfe e Jefferson participaram esta tarde de uma reunião com Freixo ao lado de Luiz Eduardo Soares e Liszt Vieira. Os dois últimos deixaram a Rede esta semana e assinaram uma carta na qual fazem diversas críticas à legenda e à ex-ministra Marina Silva, sua principal liderança. 

O PSTU, que teve Cyro Garcia como candidato à prefeitura, teve 0,19% dos votos válidos no primeiro turno. Em nota divulgada hoje, o partido defende um "voto crítico" a Freixo, citando "diferenças programáticas" com o PSOL. O PSTU afirma que não medirá esforços na "luta eleitoral" contra Crivella e que "de forma alguma" fará parte de uma possível prefeitura do PSOL.

Na segunda (3), o presidente do PSB, Carlos Siqueira, anunciou apoio a Freixo, mas o partido --que teve Hugo Leal como vice na chapa de Indio da Costa-- ainda não fechou posição sobre a eleição no Rio. 

Crivella procurou o PSD, de Indio da Costa, e o PSDB, de Carlos Osorio, mas os tucanos já anunciaram sua neutralidade. O PMDB, de Pedro Paulo, deve seguir o mesmo caminho. Já o PSD ainda mantém silêncio sobre que rumo irá tomar, mas o endosso a Freixo --que foi contra o impeachment de Dilma Rousseff-- parece improvável para um partido da base de Michel Temer.

O PSC, de Flávio Bolsonaro, também não definiu sua posição no segundo turno, mas não apoiará Freixo. O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), pai e um dos principais cabos eleitorais de Flávio, declarou voto em Crivella, mas disse que não fará campanha para o candidato do PRB.

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