Em São Paulo, Temer vota na PUC, palco de vários atos contra seu governo

Janaina Garcia

Do UOL, em São Paulo

  • Kevin David/ Brazil PhotoPress/ Estadão Conteúdo

    Então vice-presidente da República e candidato à reeleição com Dilma, Temer votou na PUC em outubro de 2014

    Então vice-presidente da República e candidato à reeleição com Dilma, Temer votou na PUC em outubro de 2014

A primeira eleição de Michel Temer (PMDB) na condição de presidente da República e eleitor acontece neste domingo para o peemedebista justamente em um dos principais redutos de protestos "Fora, Temer" na cidade de São Paulo, a PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).

Localizada no bairro de Perdizes, área nobre na zona oeste da capital paulista, a universidade também foi palco recente de atos contrário e favorável ao impeachment de Dilma Rousseff (PT).

Até a tarde desta sexta-feira (30), as assessorias de imprensa de Temer e do Palácio do Planalto não informaram o horário de votação do peemedebista. Procurada, a assessoria de imprensa da candidata do PMDB à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, informou que Temer não acompanhará a senadora na votação em um colégio da região dos Jardins –assim como ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme a assessoria do Instituto Lula, não deve acompanhar o candidato à reeleição, Fernando Haddad (PT), na votação em um colégio de Indianópolis.

Pelo PSDB, o candidato João Dória Jr vai votar nos Jardins acompanhado do governador Geraldo Alckmin, também nos Jardins.

É da PUC-SP a primeira mulher a integrar a equipe de governo de Temer, que, tão logo anunciou a composição do governo interino, foi alvo de críticas pela presença maciça de homens nos cargos de primeiro escalão. Procuradora e professora de direito constitucional e direitos humanos da PUC-SP, Flavia Piovesan aceitou em maio o convite para assumir a Secretaria de Direitos Humanos do Ministério da Justiça.

Mas foi na universidade também que, em março, o ato "Pela liberdade democrática" encheu o teatro Tuca sob os gritos de "Não vai ter golpe". Na ocasião, o ato organizado pelo Centro Acadêmico de direito reuniu artistas, juristas e representantes de movimentos sociais. Dias depois, em resposta ao ato, a mobilização de estudantes de direito, administração e economia a favor do impeachment de Dilma acabou em confusão: um grupo contrário a Temer e ao impeachment da petista respondeu com gritos de "Não vai ter golpe" e "Fascistas não passarão", e a Polícia Militar, que acompanha a movimentação à distância, interveio com balas de borracha, bombas de efeito moral e gás de pimenta.

Em abril, no debate "Diagnósticos da Crise: Alternativas para o desenvolvimento brasileiro", organizado pelo movimento de alunos na universidade 'Reviva', o ex-governador e ex-ministro Ciro Gomes chamou Temer de "safado" e "salafrário dos grandes".

O último ato "Fora Temer" realizado na universidade aconteceu no dia 14 deste mês.

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