Horário eleitoral começa com promessa de Russomanno e desculpa de Marta

Do UOL, em São Paulo

O horário eleitoral gratuito começou em São Paulo nesta sexta-feira (26) com o deputado federal Celso Russomanno (PRB), líder nas pesquisas, prometendo melhorar a gestão da saúde na capital paulista e com pedidos de desculpas da senadora Marta Suplicy (PMDB), que já foi prefeita da cidade.

Russomanno disse que a cidade sofre por causa das promessas não cumpridas de políticos. "Foram 60 prefeitos". O apresentador de TV citou o não cumprimento da meta do prefeito Fernando Haddad (PT) de construir 43 UBSs (Unidades Básicas de Saúde). Na Saúde, o candidato do PRB prometeu "fazer funcionar o que São Paulo já tem".

Marta pediu desculpas por ter criado a taxa do lixo durante sua gestão, entre 2001 e 2004, e também por ter dito "o que não devia como ministra". Quando era ministra do Turismo, ela usou a expressão "relaxa e goza" durante a crise que provocava atrasos nos aeroportos do país. "Peço desculpas pelos tropeços", afirmou Marta, que foi filiada ao PT. "Quando erro tenho coragem para mudar."

 

A senadora disse que espera ser lembrada pelos seus acertos e citou o Bilhete Único e os CEUs, criados durante sua gestão.

O prefeito Haddad (PT), que tenta a reeleição, fez o discurso da continuidade, mostrando bandeiras de sua administração nas áreas de transporte (Passe Livre para estudantes e investimentos em faixas e corredores de ônibus), saúde (construção de unidades de saúde) e educação (fim da aprovação automática e abertura de creches). Como já falou em entrevistas, o prefeito falou em corte de investimento em comunicação, o que teria provocado desconhecimento da população sobre sua gestão. "Com crise, tivemos que cortar o gasto em publicidade", disse o prefeito. "Nós entregamos muita coisa. Tivemos muitos avanços", afirmou acrescentando que a cidade "tem rumo".

O empresário João Doria, candidato pelo PSDB, começou sua campanha, se apresentando. Contou a história de sua vida e procurou enfatizar momentos de dificuldade que enfrentou na infância e na adolescência, lembrando da  cassação do mandato de deputado de seu pai pela ditadura, da morte de sua mãe e do primeiro trabalho aos 13 anos. 

Luiza Erundina (PSOL) aproveitou os 10 segundos de propaganda eleitoral para exigir a presença nos debates eleitoral. "Cadê a Erundina? Cadê a democracia?" foi a frase da candidata, que não pode participar do primeiro debate, na TV Bandeirantes, por causa da legislação eleitoral. Ontem, no entanto, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que os pequenos partidos poderão participar de debates na mídia, desde que convidados pelos veículos de comunicação.

O candidato da Rede, Ricardo Young, trouxe a imagem de Marina Silva nos poucos segundos que tem.

Tempo dos candidatos

Neste ano, os candidatos a prefeito têm metade do tempo de exposição no horário eleitoral fixo no rádio e na televisão, em comparação com a eleição de 2012. Em compensação, eles terão direito a mais inserções - peças de 15 ou 30 segundos que são exibidas ao longo da programação das emissoras.

A nova legislação eleitoral reduziu também de 45 para 35 dias a duração da propaganda eleitoral no primeiro turno e cortou o horário eleitoral fixo de 90 minutos por semana para 60, caindo o tempo total do horário fixo de 19 horas e 30 minutos para 10 horas no decorrer de toda a campanha.

Já o número de inserções, no decorrer de toda a campanha, aumentou de 1.350 para 1.470 minutos.

O empresário João Doria Júnior, que nunca disputou cargos eletivos, uniu 12 partidos ao PSDB e obteve 31% do tempo de propaganda. Em termos proporcionais, é a maior fatia já obtida por um tucano na capital paulista em 20 anos.

A seguir, aparecem Fernando Haddad (PT), com 26% do tempo total, e Marta Suplicy (PMDB), com 20%. Celso Russomanno (PRB) terá 12% do tempo de propaganda no rádio e na TV.

Veja como foi o 1º dia de propaganda eleitoral em São Paulo

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