Há quase 30 anos, hit "We Are the World" inspira campanhas políticas

Do UOL, em São Paulo

  • Reprodução

    Paul Simon, Kim Carnes, Michael Jackson e Diana Ross em cena do clipe da música "We Are the World"

    Paul Simon, Kim Carnes, Michael Jackson e Diana Ross em cena do clipe da música "We Are the World"

Em 1985, 45 artistas americanos, entre eles Michael Jackson, Diana Ross, Tina Turner, Stevie Wonder, Cyndi Lauper e Lionel Richie, reuniram-se em um estúdio para gravar o hit "We Are the World", cuja renda seria revertida para o combate à fome na África.

A gravação se tornou um videoclipe que mostrava imagens de crianças subnutridas alternadas com cenas dos artistas, ora de mãos dadas, ora batendo palmas e conclamando as pessoas a olharem para os irmãos africanos e a contribuírem com o que pudessem para enviar comida ao continente.

Desde então, o marketing político se apropriou do formato artistas + estúdio + atmosfera informal, porém emocionante + jingle + imagens de pessoas reais, só que felizes para criar campanhas eleitorais que "falam ao coração do eleitor".

Uma das campanhas mais populares e uma das primeiras a se apropriar da fórmula foi a de Luiz Inácio Lula da Silva, em 1989. Com o jingle "Lula lá!", o vídeo reunia praticamente todo o elenco do Projac (que nem existia ainda) em uma vinheta que mais parecia a campanha de fim de ano da Globo.

Neste ano, tanto Dilma Rousseff (PT) quanto Aécio Neves (PSDB) fizeram suas versões de "We Are the World" com os artistas que apoiam suas respectivas candidaturas. Claro que há as adaptações ao tempo e aos estilos musicais da época, mas, em uma análise fria, a essência da coisa é a mesma.

Veja também

UOL Cursos Online

Todos os cursos