O ex-presidente nacional do PSB Roberto Amaral vai se encontrar com a presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), nesta segunda-feira (13). A informação foi confirmada pela própria presidente.

Amaral perdeu o comando do partido nesta segunda-feira (13) após votação entre membros da Executiva do partido. Amaral era contra a aliança do PSB com o candidato tucano à Presidência, Aécio Neves (PSDB).

A petista disse acreditar que a "base fundamental" do PSB não deverá seguir a orientação nacional do partido que é a de apoiar a candidatura de Aécio.

"Tenho certeza de que a base fundamental do PSB, o pessoal mais ligado à tradição do PSB, bacisamente ao ex-governador [Miguel] Arraes nunca estaria com Aécio Neves", disse a presidente.

Na última quarta-feira (8), Executiva Nacional do partido declarou apoio a Aécio. No último domingo (12), a candidata derrotada à Presidência, Marina Silva (PSB), fez o mesmo.

No último sábado (11), a família do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, que era neto de Miguel Arraes, declarou apoio à candidatura do tucano. Questionada sobre o posicionamento da família de Campos, Dilma disse não se sentir traída.

"Não considero traição. Considero um direito legítimo deles de apoiar quem eles queiram apoiar. Eleição é algo democrático. Todo mundo tem direito de escolher quem quer apoiar", disse Dilma.

A decisão de apoiar Aécio no segundo turno das eleições deixou o PSB parcialmente "rachado".

Integrantes da Executiva Nacional como Beto Albuquerque e o ex-coordenador da campanha de Eduardo Campos à Presidência Carlos Siqueira defendiam a aproximação com o tucano.

Amaral, que foi ministro da Ciência e Tecnologia durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula de Silva, defendia uma aliança com Dilma Rousseff (PT).

Na semana passada, o candidato à reeleição na Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), declarou seu apoio à candidatura de Dilma Rousseff (PT).