Dilma diz que falou com Marina, mas afirma que cogitar apoio é prematuro

Leonardo Prazeres

Do UOL, em Brasília

A presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), disse nesta segunda-feira (6) que recebeu um telefonema da candidata derrotada Marina Silva (PSB) na manhã desta segunda-feira (6) e que é prematuro falar a respeito de apoios para o segundo turno.

Marina obteve 21,3% dos votos no primeiro turno e chegou a estar tecnicamente empatada com Dilma em pesquisas de intenção de voto. Dilma disputará o segundo turno com Aécio Neves (PSDB).

"Recebi um telefonema extremamente gentil e civilizado da candidata Marina. Ela me cumprimentou pela eleição, eu agradeci o cumprimento e disse que tinha certeza que nós, ambas, lutávamos por melhorar o Brasil em que pese nossas diferenças", disse a candidata durante entrevista coletiva, em Brasília.

Questionada sobre se o PT iria pedir o apoio de Marina e do PSB para o segundo turno, Dilma disse que é cedo para falar sobre o tema.

"Olha, eu acho que hoje seria uma temeridade qualquer falar a respeito de como será os apoios no futuro. É óbvio que, muitas vezes, os apoios não dependem só de uma pessoa. Eles são decididos por várias instâncias e nós temos a certeza de que uma parte dos votos [de Marina Silva] vai se dividir", afirmou a candidata.

O discurso de cautela da candidata foi diferente do utilizado pelo ministro-chefe da Secretaria-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, após a entrevista coletiva concedida por Dilma no domingo, pouco antes da finalização da apuração dos votos do primeiro turno.

Carvalho disse que o PT iria procurar Marina Silva, minimizou os ataques do PT à candidatura dela chamando-os de "acidentes". Ele ainda que o PT estaria disposto a incorporar propostas de Marina ao seu programa de governo.

"Nossa ideia é oferecer essa aliança ao PSB e à Marina e a tudo o que ela significa de militância, de ideais novas. Estamos dispostos a acolher essas propostas que ela formulou e incorporá-las, naturalmente, ao nosso programa", disse Carvalho.

"Pequenos problemas, acidentes de campanha (…) isso são acidentes de campanha que você coloca do lado em função do bem maior. O que importa é o programa", disse Carvalho, no último domingo (6).

Dilma deverá continuar em Brasília até pelo menos esta terça-feira (7), quando ela se reunirá com governadores e senadores eleito no primeiro turno e que fazem parte da base aliada.

Durante a reunião, a candidata deverá pedir o empenho dos vencecores para auxiliar a sua candidatura no segundo turno. 

Campanha presidencial 2014
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