DEM encolhe bancada e fica pela 1ª vez sem um governo de Estado

Carlos Madeiro

Do UOL, em São Luís

  • Sérgio Lima 4.dez.2012/Folhapress

    Presidente do DEM, Agripino Maia (RN)

    Presidente do DEM, Agripino Maia (RN)

Sem eleger ou levar sequer ao segundo turno um candidato ao governo, o DEM não terá também, pela primeira vez, um chefe de Executivo estadual. As eleições de domingo (5) ratificaram uma tendência de encolhimento do partido verificado nos úlitmos anos.

Todas as apostas do partido para conquistar um governo estavam depositadas na eleição de Paulo Souto, na Bahia, mas acabaram após uma virada surpreendente, há apenas uma semana da eleição, de Rui Costa (PT), eleito em primeiro turno.

Em 2007, o partido deixou de se chamar PFL e se remodelou para se transformar no DEM (Democratas). Desde lá, passou a perder quadros e iniciou luta para não virar nanico.

Hoje, o partido governa apenas o Rio Grande do Norte, com Rosalba Ciarlini, mas que não concorreu à reeleição por conta da alta rejeição popular no Estado.

Menor na Câmara, maior no Senado

Além de não eleger nenhum governador, o DEM também viu sua pequena bancada ser ainda mais reduzida na Câmara Federal --de 25 para 22 parlamentares.

Em 2010, foram 76 deputados federais eleitos, mas 51 deixaram o partido no período, especialmente após a criação do PSD.

No Senado, a bancada ganhou cinco novos nomes nesta eleição, comemorando o único avanço.

Em 2010, haviam sido eleitos apenas dois --um deles Demóstenes Torres, cassado em 2012.

Quatro anos antes, quando ainda era PFL, tinha eleito seis senadores.

Ganhos e perdas

Para o presidente do DEM, o senador Agripino Maia (RN), o resultado das urnas não foi de todo mal e pode ser comemorado por alguns aspectos.

"Tivemos ganhos e perdas nessa eleição, com um ganho no Senado, com cinco senadores eleitos, mas realmente tivemos perda na Câmara. É algo natural. A perda maior foi na Bahia, onde esperávamos a vitória do Paulo, mas lamentavelmente não conseguimos", disse.

Na avaliação do líder democrata, as atenções do partido estão todas voltadas para o 2º turno da eleição presidencial.

"Para nós, a grande vitória dessa eleição é a ida ao segundo turno com força do Aécio. Estamos juntos nesse projeto desde o começo", afirmou.

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