Com Alckmin e Marina, santinhos 'Geraldina' começam a circular em SP

Guilherme Balza

Do UOL, em São Paulo

  • Divulgação

    Santinhos distribuídos pelo PSB em SP

    Santinhos distribuídos pelo PSB em SP

Começaram a circular em São Paulo santinhos feitos pelo comitê estadual do PSB com as 'colas' dos números da candidata à Presidência, Marina Silva (PSB), e do candidato ao governo do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), além de José Serra (PSDB), que disputa uma vaga no Senado.

Em São Paulo, o PSB é aliado histórico dos tucanos e apoia a reeleição do Alckmin. O presidente estadual da sigla, o deputado federal Márcio França, é o vice na chapa do governador. Desde o início da campanha, Marina recusou-se a participar de atos de campanha ao lado de Alckmin.

A reportagem obteve cópia de santinho com os nomes de Marina, Alckmin e Serra, além dos candidatos a deputado estadual Caio França, filho de Márcio, e a deputado federal, Amilton Pacheco.

"Quando você pula um candidato, confunde a cabeça do eleitor. A colinha tem de estar completa, não pode faltar ninguém", afirmou Márcio França.

Desde que teve início a queda de Marina nas pesquisas, a candidata foi pressionada por correligionários paulistas a se aproximar de Alckmin, que é franco favorito à reeleição, com 49% dos votos válidos, para reduzir a dianteira de Dilma Rousseff (PT). Ainda assim, Marina não se dispôs a dividir palanque com os candidatos tucanos até agora.

A candidata sempre foi contrária à aliança com os tucanos em São Paulo, mas foi voto vencido. O ex-governador Eduardo Campos, inclusive, era defensor da união das siglas.

"Lutei muito para que ela se aproximasse. Os eleitores dos dois são majoritários em São Paulo. É óbvio que você tem que entender que o eleitor paulista vota em gente com fama de certo, de honesto", disse o candidato a vice de Alckmin.

"Gestos de gentileza"

De acordo com a colunista da "Folha de S. Paulo" Monica Bergamo, Marina autorizou a circulação de santinhos com ela e Alckmin, informação negada pela presidenciável. Na última sexta-feira (23), durante evento em São Bernardo do Campo (Grande SP), a campanha de Marina pediu para que fossem retirados cartazes em que apareciam ela, Alckmin e um candidato a deputado federal do PPS.

Desde o episódio, no entanto, Marina baixou o tom contra Alckmin. Nessa terça-feira, a candidata participou de eventos de campanha no  Paraná em Santa Catarina, Estados em que o PSB não possui candidatura própria ao governo e apoia candidatos tucanos –Beto Richa, no Paraná, e Paulo Bauer, em Santa Catarina.

Embora Richa não tenha participado do evento em Curitiba, militantes do PSDB e de outras siglas disputaram espaço no palco e na panfletagem. Para Márcio França, é natural uma aproximação entre a campanha de Marina e tucanos conforme a eleição se aproxima.

"O PSB vai continuar no seu ritmo, mas está também fazendo gestos já pensando no segundo turno [das eleições presidenciais]. São gestos de gentilezas para o PSDB, que obviamente vai ficar fora do segundo turno, já que o Aécio não tem a menor chance", disse o candidato a vice de Alckmin.

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