Aécio: Exageros no seguro-desemprego precisam ser contidos

Do UOL, em São Paulo

  • Reprodução/TV Globo

O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, afirmou em entrevista no Jornal da Globo, na madrugada desta quinta-feira (4), que pretende corrigir supostas falhas no seguro-desemprego. "Exageros precisam ser contidos", afirmou. Para Aécio, falta ao seguro e a outros programas sociais do governo transparência e eficiência.

"O que nós queremos ver é onde estão as falhas, onde estão os exageros e corrigi-los, como vamos fazer em todo o governo, em todos os programas", disse o candidato, sem especificar medidas.

Em terceiro nas pesquisas, Aécio ainda apontou que "direitos conquistados pelo trabalhador" não serão alterados. Questionado sobre o custo dos encargos para empregadores, o tucano afirmou que não tomará medidas que altere ou flexibilize a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). "Jamais serei o presidente que vai retirar os direitos conquistados pelos trabalhadores", afirmou.

O tucano em diversos momentos aproveitou para criticar a experiência do PT no governo, com Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, e uma suposta inexperiência de Marina Silva, candidata pelos PSB.

"A experiência do PT na presidência cobrou muito caro; e eu temo que uma nova experiência, com Marina Silva, tenha efeitos negativos".

Atualmente em terceiro lugar nas pesquisas de opinião, e defendendo um discurso de transparência na economia, com "respeito a contratos e regras", Aécio direcionou as críticas a Marina ao que ele considera imprevisibilidade.

"Economia é confiança. A candidatura da Marina não sabe exatamente o que significa isso, governar é com todos, com Lula, com Fernando Henrique", apontou.

A campanha do candidato do PSDB tem afirmado que irá reduzir de 39 para 20 os ministérios do governo federal. Questionado quais seriam os ministérios que deixariam de existir, Aécio se referiu apenas ao ministério da Pesca e à criação de um grande ministério da Infraestrutura. 

Mercosul

Sobre acordos comerciais na América Latina, o candidato defendeu que o Mercosul seja uma área de livre comércio, e não uma união aduaneira, como é atualmente. A flexibilização das regras no bloco, que inclui Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela, permitiria que os países assinassem acordos comerciais sem ter de depender da decisão dos sócios.

"O Brasil não pode estar de mãos atadas, vendo a sua competitividade aqui diminuída e os seus mercados possíveis serem ocupados por outras nações concorrentes", defendeu o tucano. A proposta também foi defendida no programa de Marina.

Segundo os apresentadores William Waack e Christiane Pelajo, a entrevista havia sido gravada na noite de quarta-feira, conforme acordado entre os presidenciáveis. Marina Silva foi entrevistada pelo jornal na última terça-feira, e a presidente Dilma Rousseff cancelou a participação, que seria na quarta-feira. Naquele dia, foram divulgadas as perguntas que seriam feitas a Dilma

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