Marina lamenta que ideais de Campos tenham ficado conhecidos só após morte

Fernanda Calgaro

Do UOL, em Brasília

  • Joel Rodrigues/Folhapress

    A ex-senadora Marina Silva (PSB) participa da missa de sétimo dia do falecimento de Eduardo Campos na Catedral Metropolitana de Brasília

    A ex-senadora Marina Silva (PSB) participa da missa de sétimo dia do falecimento de Eduardo Campos na Catedral Metropolitana de Brasília

Após missa realizada nesta terça-feira (19) na Catedral Metropolitana de Brasília em homenagem a Eduardo Campos, a ex-senadora Marina Silva (PSB), que deverá ser oficializada como candidata nesta quarta-feira (20), lamentou que os ideais do ex-governador de Pernambuco tenham ficado conhecidos "ao preço de tamanho sacrifício, de tamanha perda".

"Que bom que se revelaram os seus ideais. Que pena que, para se revelarem, foi ao preço de tamanho sacrifício, de tamanha perda", afirmou.

Em um rápido pronunciamento, Marina enalteceu a trajetória política de Campos e pediu "o esforço de todos os brasileiros, independentemente de partido", para levar adiante a "insistência de Eduardo de renovar a política" e que sua história seja tratada como "legado" e não como "despojo".

 
Marina citou ainda dois momentos da carreira de Campos que, para ela, evidenciaram o quanto ele era querido. O primeiro foi em uma ocasião quando ele era governador e o segundo, no seu velório."Eu costumo dizer que só se expande aquilo que tem densidade, e Eduardo tem densidade. [Se não fosse por isso] essa explosão de sentimento pela sua memória jamais teria acontecido".
 
A cerimônia reuniu políticos de diferentes partidos, como o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), e os ministros Marta Suplicy (Cultura) e Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), além de aliados, incluindo o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e o deputado Julio Delgado (PSB-MG).
 
O clima era de pesar, e os presentes evitaram falar sobre o futuro da candidatura e quem deve assumir como vice na chapa.
 

Em uma breve conversa com jornalistas, o coordenador do programa de governo do PSB, Maurício Rands, afirmou, porém, que o programa com as propostas da coligação está pronto e não sofrerá mudanças com Marina como candidata, apenas ajustes pontuais que já estavam previstos. "Os compromissos alinhavados entre Eduardo e Marina vão ser cumpridos", disse Rands.

As Executivas dos demais partidos que compõem a coligação com o PSB planejam fazer reunião nesta tarde para definir apoio em relação à candidatura de Marina. O aval da maioria é necessário para que ela assuma no lugar de Campos.

No entanto, o anúncio oficial pelo PSB, incluindo o nome do vice, deverá ser feito somente amanhã, após reunião da Executiva da sigla, marcada para as 15h.

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