"Se o Serra não for um bom prefeito, nunca mais votem nele", diz Soninha ao selar apoio ao tucano

Débora Melo

Do UOL, em São Paulo

Soninha Francine, candidata derrotada à Prefeitura de São Paulo, selou nesta quarta-feira (10) apoio de seu partido, o PPS, à candidatura de José Serra (PSDB). O tucano vai enfrentar Fernando Haddad (PT) no segundo turno.

“Empenho aqui a minha palavra. Se o Serra não for um bom prefeito, nunca mais votem nele”, disse Soninha fazendo piada com a célebre frase do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP).

SONINHA USA FRASE DE MALUF; VEJA

A declaração de Maluf foi feita em 1996, quando ele ocupava a Prefeitura de São Paulo e tentava eleger seu afilhado político Celso Pitta: “Se o Pitta não for um bom prefeito, nunca vai votem em mim", disse Maluf. Pitta acabou sendo eleito.

O apoio do PPS à candidatura de Serra já havia sido divulgado na terça-feira. Segundo Soninha, o partido escolheu o tucano “porque ele, sem dúvida, é o mais competente e o mais corajoso”.

“Ele será um bom prefeito. Mesmo assim, em 2016, votem em mim, senão a minha vez não chega nunca”, continuou Soninha.

Questionada se o apoio à candidatura de Serra envolvia algum tipo de troca, Soninha respondeu que esse não é "o modo como o Serra costuma compor equipes".

"Ele não aceita simplesmente uma indicação de algum partido que tenha dado apoio, seja de quem for a indicação. Ele até desagrada muita gente da própria base aliada porque bate o pé e fala: ‘esse não’."

No evento em que o apoio do PPS foi firmado, no comitê eleitoral de Serra na região central de São Paulo, o tucano voltou a citar o caso do mensalão, que está sendo julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) desde agosto.

“O que está acontecendo no âmbito do STF é o começo do fim da impunidade. Não estou colocando ou descolocando [o mensalão na campanha]. O assunto está posto. Não está fora da campanha porque a campanha está dentro do Brasil", disse Serra.

O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (PPS-SP), também citou o mensalão em seu discurso de apoio a Serra.

"O julgamento do mensalão não é um julgamento qualquer, é histórico. Temos que ter a consciência de que o Supremo faz seu papel e nós cidadãos temos que fazer o nosso. Agora não há mais suspeitas, agora há criminosos que desviaram dinheiro público", disse Freire.

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