O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), informou em nota nesta quarta-feira (10) que não irá apoiar nenhum candidato na etapa final das eleições em Curitiba. No primeiro turno, Richa apoiou o prefeito Luciano Ducci (PSB), que ficou na terceira colocação do pleito, com 261 mil votos.   

Com a derrota do socialista,  Richa perde poder no maior colégio eleitoral do Estado, o que pode ter consequências em sua tentativa de reeleição em 2014.

“Respeito o resultado das urnas e, como governador, pretendo estabelecer com o novo prefeito o mesmo relacionamento de respeito que mantenho e manterei com os atuais e futuros prefeitos do Paraná”, afirmou.

Em entrevista concedida na segunda-feira (10), o governador disse que "os adversários tentam jogar [a derrota] no meu colo”. No mesmo dia, Ducci anunciou que não apoiaria ninguém no segundo turno.

Também na segunda, Richa cumprimentou os candidatos do segundo turno e minimizou a derrota do aliado: “Antigamente existia uma facilidade de transferência de voto; hoje, o eleitor é focado nada ou quase nada nos apoiadores ou padrinhos políticos”, definira.

Lula, Dilma e Requião

Os ministros Paulo Bernardo (Comunicações) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil) se empenham em convencer o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a subir no palanque de Gustavo Fruet (PDT). Ex-deputado pelo PSDB, o pedetista foi um dos principais críticos do governo federal quando começaram as denúncias do escândalo do mensalão, em 2005.

Ratinho Junior (PSC), vencedor do primeiro turno em Curitiba, foi um dos coordenadores da campanha da presidente Dilma Rousseff no Paraná, e faz parte da base de apoio de seu governona Câmara. O senador Roberto Requião (PMDB-PR) já anunciou o apoio de sua legenda ao candidato social-cristão.

Virada

Gustavo Fruet (PDT) obteve 265 mil votos, apenas 4.000 a mais do que Ducci, numa virada que não foi prevista pelas pesquisas de opinião. O pedetista vai disputar o segundo turno contra Ratinho, que obteve 332 mil votos.