Lacerda (PSB) terá ampla maioria na Câmara de Belo Horizonte; delegado do caso Bruno é eleito
Carlos Eduardo Cherem e Guilherme Balza
Do UOL, em Belo Horizonte
A partir de 1º de janeiro, o prefeito reeleito Marcio Lacerda (PSB) terá ao seu lado, na Câmara Municipal, 32 dos 41 vereadores eleitos, que pertencem aos 19 partidos que integraram a sua chapa. Já a coligação que sustentou o petista Patrus Ananias, formada por PT, PMDB e PCdoB terá apenas nove vereadores, o que dificultará a tarefa capitaneada pelos petistas, com o aval da presidente Dilma Rousseff, de fazer oposição ao governo de Lacerda.
O estopim para rompimento do PT e PSB foi a negativa dos socialistas em compor com os petistas na coligação proporcional (de vereadores). Após a decisão, o PT em Belo Horizonte, que já estava com a relação com o PSB desgastada, decidiu lançar a candidatura de Patrus e teve aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A bancada que mais cresceu foi a do PSB, que duplicou, saltando de três para seis vereadores, igualando a do PT. As duas siglas, que romperam nas eleições deste ano após uma união de 20 anos, possuem as maiores bancadas da Câmara.
Delegado do caso Bruno eleito
O Bispo Fernando Luiz (PSB), da Igreja Universal, foi o mais votado da capital mineira, com 11.950 votos. O delegado responsável pelo inquérito do caso Bruno, Edson Moreira (PTN), foi o terceiro mais votado, com 10.532 votos.
Já o advogado e professor universitário Pedro Patrus (PT), filho do candidato a prefeito derrotado Patrus Ananias (PT), foi o sexto mais votado na capital mineira, com 9.284 votos.
A Câmara Municipal de Belo Horizonte terá uma renovação de 54% da sua composição com as eleições desse domingo (8). Dos 41 vereadores, apenas 19 se reelegeram. No pleito de 2008, a renovação da Casa foi de 39% dos parlamentares.
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O delegado Edson Moreira (PTN), que presidiu o inquérito do caso Bruno, foi eleito vereador em Belo Horizonte
Wellington Magalhães (PTN) foi eleito vereador com 8.436 votos, mas enfrenta recurso aberto pelo Ministério Público de Minas Gerais contra o registro de sua candidatura, no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ele teve o mandato cassado por distribuir sopa em troca de votos na eleição de 2009.
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