O ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) vai enfrentar o deputado estadual Hermano Morais (PMDB) no segundo turno da disputa pela Prefeitura de Natal.

Carlos Eduardo largou como favorito, com mais de 50% das intenções de voto, e o apoio da ex-governadora Wilma de Faria (PSB), sua candidata a vice, mas o crescimento da candidatura de Hermano empurrou a decisão da disputa para o segundo turno.

O candidato do PMDB contou com a ajuda da cúpula do partido, que chegou a organizar um “Dia do PMDB” em Natal, a um mês da votação O evento reuniu o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), o presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), e três ministros do partido no governo Dilma Rousseff (PT).

Entre suas propostas estão fazer faixas exclusivas de ônibus, construir o primeiro hospital de Natal para o atendimento de casos classificados como baixa e média complexidade e construir mais escolas.

Hermano Morais é apoiado ainda por lideranças tradicionais do PMDB no Estado, como o ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, e o deputado federal Henrique Alves.

Ambos são primos do candidato adversário Carlos Eduardo, mas militam em campos opostos da política.

O candidato do PDT foi eleito vice-prefeito de Natal em 2000, na chapa encabeçada por Wilma de Faria. Em 2002, assumiu a prefeitura com a renúncia da titular, que disputou, e venceu, a eleição para o governo do Estado. Em 2004, foi reeleito, tendo como vice a atual prefeita Micarla de Souza (hoje no PV, à época no PP).

Entre suas propostas estão transporte público por 24 horas, investir em políticas preventivas de saúde e recuperar escolas e garantir a participação da família na vida escolar dos alunos.

Com 95% de reprovação à sua gestão, segundo pesquisa Ibope de 26 de setembro, a prefeita Micarla de Souza (PV) foi rechaçada pelos concorrentes à prefeitura, e viu sua gestão ser alvo de críticas de todos os candidatos.

Carlos Eduardo chegou a convocar uma entrevista coletiva para rebater uma declaração da prefeita, que anunciou seu voto no candidato do PDT. Ele se diz “inimigo político” de Micarla.

O pedetista enfrenta ainda na Justiça a rejeição pela Câmara de Vereadores das contas de 2008 de sua gestão como prefeito. A decisão da Câmara contrariou parecer do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Rio Grande do Norte, que as havia aprovado.

Carlos Eduardo conseguiu suspender na Justiça a decisão da Câmara, mas o caso ainda não foi julgado em definitivo. A rejeição das contas é uma das hipóteses de inelegibilidade previstas pela Lei da Ficha Limpa.

Também concorreram Rogério Marinho (PSDB), Fernando Mineiro (PT), Professor Robério (PSOL) e Roberto Lopes (PCB).

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