Sem citar rivais, Russomanno critica "quem já teve São Paulo nas mãos"; Serra ataca gestão petista

Do UOL, em São Paulo

No segundo dia de horário eleitoral na TV para os candidatos à Prefeitura de São Paulo, nesta sexta-feira (24), Celso Russomanno (PRB) aproveitou seu espaço para criticar àqueles que declaram amor à São Paulo em seus programas, "mas pouco fizeram pela cidade". Já José Serra (PSDB) atacou a administração petista de Marta Suplicy (2001-2004) e mostrou obras paradas na gestão PT e terminadas no governo do atual prefeito da cidade, Gilberto Kassab (PSD).

Russomanno começou o programa criticando os candidatos que declararam amor à São Paulo. Uma voz feminina, como se fosse a própria cidade falando, diz: "Mas preste atenção. Uns já me tiveram nas mãos. O que me salva é que sei que hoje vocês sabem o que querem. Sou São Paulo, asssustadora mas empolgante,  cheia de contrastes, mas cheia de vida", diz a voz, para logo na sequência ter a imagem do candidato na tela, que não usou o espaço para falar.

Veja íntegra do horário eleitoral de SP - 22/08/12 (tarde)

Ao final, a narração retoma o antigo bordão usado pelo apresentador no extinto programa do SBT, "Aqui e Agora", quando defendia os direitos do consumidor: "Estando bom para ambas as partes".

Serra usou seu programa para criticar a administração de Marta. Ele cita o Expresso Tiradentes, na zona leste, como um exemplo de obra que ficou parada no governo petista e retomada por Kassab, quando assumiu no lugar do tucano, que se licenciou da prefeitura para concorrer ao governo do Estado, em 2006.

O candidato diz em seu programa que aumentou o número de vagas nas Fatecs (faculdades de tecnologia) e Etecs (escolas técnicas) e que levou o ensino técnico para os CEUs, obra educacional feita na gestão de Marta. "Quero levar o ensino técnico para todos os CEUs. Em parceria com Alckmin, vamos ampliar o número de vagas nos cursos técnicos", disse o tucano, citando a parceria com o governo estadual. O candidato encerrou dizendo que quer investir em cursos profissionalizantes.

A propaganda de Serra o mostrou como "exigente", e "com vontade para fazer", repetindo a frase: "dá pra fazer", um dos seus bordões na campanha presidencial de 2010.

Paulinho (PDT) propôs levar empregos para as áreas mais afastadas da região central e, assim, evitar o deslocamento. O candidato aparece no bairro Jardim Capela (zona sul) para dizer que uma pessoa que mora lá e trabalha no centro leva duas horas para chegar ao trabalho. Soninha Francine (PPS) também usou o exemplo de uma eleitora que demora para ir ao trabalho para falar do mesmo problema e falar da mesma proposta para o trânsito de São Paulo.

Fernando Haddad (PT) e Gabriel Chalita (PMDB) repetiram o programa da última quarta-feira (22).

Ontem, em seu site, Haddad publicou  um vídeo em que critica a "cidade proibida de Kassab", em que enumera as proibições do prefeito como o artista de rua e a feira popular. A canção é uma marchinha de carnaval cantada na avenida Paulista.

No rádio

No horário eleitoral do rádio, pela manhã, Serra atacou a proposta de Haddad de fazer um bilhete único com um valor mensal e que poderia ser usado o mês todo, sem acréscimo. Para o tucano, o bilhete é "mensaleiro", remetendo ao escândalo do Mensalão, em julgamento desde o início do mês e que envolve o governo Lula.

"Tem candidato prometendo um bilhete mensaleiro. Mas assim fica mais caro porque estou pagando transporte mesmo quando estou dormindo já paguei pelo mês inteiro. E no dia que eu estiver em um churrasco em casa? Já vou ter pago e não vou aproveitar?", pergunta um suposto eleitor.

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