"Tenho o DNA do PSDB na minha vida política", diz vice de Serra, que é do PSD

Aiuri Rebello

Do UOL, em São Paulo

O vice na chapa de José Serra, pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, Alexandre Schneider (PSD), afirmou que tem o “DNA do PSDB" na sua vida política. A declaração foi feita durante o anúncio oficial de seu nome, no diretório estadual do PSDB, na zona sul da capital paulista.

A frase de Schneider, que foi secretário municipal de Educação da gestão Gilberto Kassab (PSD), foi uma resposta para os que defendiam uma chapa puro-sangue do PSDB. Schneider, que entrou no PSDB em 1994, deixou a legenda em 2011 para ir para o PSD.

O evento não contou com a presença de Kassab, padrinho político de Schneider, nem do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que teria ficado insatisfeito com a indicação do vice ao invés de um nome do próprio PSDB.

Tanto Serra com seu vice minimizaram o desconforto com a indicação entre os tucanos. “É natural que haja divergências no processo político. As pessoas têm o direito de manifestar sua opinião até as escolhas serem feitas. Depois disso, é hora de ficar unido e levar a campanha para a rua”, afirmou Serra.

“O governador Alckmin me ligou para dar parabéns. Ele elogiou a minha indicação”, declarou Schneider.

Serra afirmou que o tempo de TV e rádio do PSD na propaganda eleitoral gratuita --que passou de menos de um minuto para cerca de dois minutos com a vitória da sigla no Supremo Tribunal Federal, na semana passada-- não influenciou na escolha do vice.

"Estou à esquerda de Maluf e à direita do PSOL", diz o vice de Serra, Alexandre Schneider (PSD)

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“O PSD declarou apoio a nossa candidatura faz tempo, sem nenhuma condição. Isso não teve nada a ver [com a vitória no STF]”, afirmou Serra. “Escolhi o Alexandre porque ele representa a renovação na política paulista que, ao mesmo tempo, vem acompanhada com muita experiência e competência”.

"Nem de direita, nem de centro e nem de esquerda"

"Sou um político de centro", afirmou Schneider, provocado por um repórter que lembrou a declaração de Kassab quando o PSB foi fundado, no ano passado, ao dizer que a nova sigla não é "de direita, nem de centro e nem de esquerda". "Estou à esquerda do [Paulo] Maluf e à direita do PSOL", disse Schneider.

Schneider também rebateu as declarou que o pré-candidato petista, Fernando Haddad, tem recentemente afirmou que a prefeitura não buscou verbas junto ao governo federal para  firmar convênios para a construção de creches na cidade. “Isso não é verdade. Pedimos e não recebemos”, afirmou o ex-secretário.

"Estive pessoalmente no Ministério da Educação no início do ano passado e fui recebido pelo ministro Haddad e pela secretária de Educação Básica, Maria do Pilar, justamente para tratar do estabelecimento", afirmou Schneider. "Enviamos toda a documentação pedida e 90 dias depois, chegou uma resposta com a recusa da pasta da Educação em firmar o convênio", disse Schneider.

De acordo com ele, o pedido foi negado pois a Prefeitura de São Paulo devia se adaptar a alguma burocracias exigidas pelo governo federal para poder receber os recursos.

Ao longo da entrevista coletiva, que durou cerca de uma hora, Schneider mencionou diversas vezes o tema educação, defendendo a atual gestão e criticando o governo petista da ex-prefeita Marta Suplicy (2000-2003).

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