Vereador usaria computador da Câmara para produzir material de campanha em Sorocaba

Do UOL, em Sorocaba

Oficiais de justiça e assistentes do Ministério Público apreenderam todos os computadores do gabinete do vereador de Sorocaba (a 90 km de São Paulo), Emílio de Souza Oliveira, o Ruby (PSC). Ele é acusado de usar os equipamentos para produzir material de campanha eleitoral. O parlamentar nega e diz possuir notas fiscais de tudo o que foi confeccionado.

O mandado de busca e de apreensão, expedido pelo juiz da Vara da Fazenda Pública, José Eduardo Marcondes Machado, foi cumprido na tarde de quarta-feira (20). Além de seis computadores, os oficiais levaram também uma máquina de xerox e o notebook que o vereador costumava usar em plenário. As máquinas serão periciadas e o resultado deve ficar pronto em cerca de 30 dias.

Caso sejam comprovadas as denúncias, o Ministério Público deve entrar com uma ação de improbidade administrativa. Já na Câmara de Sorocaba, o caso será analisado pela Comissão de Ética de Decoro Parlamentar.

O advogado do vereador, Luiz Fernando Adami Latuf, disse que as acusações contra seu cliente tem cunho eleitoral.

Segundo ele, foi um ex-assessor de Ruby, Aroldo Fernandes Batista, hoje pré-candidato a vereador pelo PRP, quem fez as denúncias. Aroldo, por sua vez, nega. “Eu me desliguei do gabinete em março. Nem sei mais o que está acontecendo lá”, afirma.

Histórico de problemas

Essa não é a primeira vez que o vereador de Sorocaba se envolve em problemas com a Justiça. Em setembro de 2009, ele foi detido pela Polícia Militar acusado de dirigir bêbado.

Na época, Ruby teve a carteira de habilitação suspensa --para readquiri-lá teve de fazer curso de reciclagem-- e foi proibido pela Justiça de frequentar bares, boates, danceteria e casas noturnas pelo período de dois anos.

Em maio de 2010, o parlamentar foi acusado de sortear cestas básicas, corte de cabelo e limpeza de pele durante audiência pública.

Já em julho do ano passado, o Ministério Público enviou ofício à Câmara pedindo para que fosse apurada a acusação de que Ruby teria recebido dinheiro da Prefeitura de Sorocaba para se apresentar, como cantor, na festa junina da cidade. Todas as vezes, o vereador teve o processo de cassação de mandato arquivado.

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