Eleição em Cuiabá deve opor aliados do governo estadual

Do UOL, em Cuiabá

  • Wilson Dias - 08 dez. 2012/ABr

    Governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB)

    Governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB)

A disputa pela Prefeitura de Cuiabá (MT) promete opor aliados que integram a coligação que elegeu o governador Silval Barbosa (PMDB) –formada pelo PMDB, PT, PR e PP e mais nove partidos nanicos.

PMDB, PT e PR, legendas que formam o núcleo duro da gestão de Silval, prometem lançar candidatos.

João Dorileo Leal, dono do Grupo Gazeta de Comunicação, que entre outros órgãos detém a TV Record em Cuiabá, pleiteia a indicação do PMDB.

Ele se filiou ao partido no ano passado, em festa que teve a presença do vice-presidente da República, Michel Temer.

O PT deverá lançar o vereador Lúdio Cabral. O PR tem como nome certo o secretário de Estado de Logística, Francisco Vuolo.

Quem for entrar na disputa de outubro deverá enfrentar o empresário do ramo da metalurgia Mauro Mendes (PSB), que já disputou a prefeitura em 2008 e o governo do Estado, em 2010.

O atual prefeito de Cuiabá, Francisco Galindo (PTB), tem dito que não pretende concorrer à reeleição.

O governador tem se esforçado para manter a base coesa. Em reunião segunda-feira (9) com aliados, Silval convenceu os participantes –deputados federais e estaduais– de que ele deve assumir as articulações e decidir quem irá apoiar.

A coligação decidiu, após o encontro, criar duas comissões: uma eleitoral e outra administrativa.

A eleitoral cuidará das questões relacionadas com a presença do governador em palanques de candidatos. A outra tomará conta de assuntos relacionados aos rumos da campanha deste ano. Nenhum nome foi formalizado para comandar as equipes.

Participaram da reunião com o governador, os deputados federais Wellington Fagundes (PR), Homero Pereira (PSD), Pedro Henry (PP) e Carlos Bezerra (PMDB) e deputados estaduais.

Candidatos

Para Dorileo, que contava com apoio dos partidos da base aliada do governador na sua eleição, o acordo costurado na reunião de lideranças da coligação é “normal”.

Segundo peemedebista, o governador vai trabalhar pela unidade da aliança e onde não houver acordo, trabalhará pelo candidato do PMDB, como é caso de Cuiabá.

Vuolo disse acreditar que haverá acordo. “O governador é o líder dos partidos e vai trabalhar pela coesão”, disse.

Fisiologismo

Para o cientista político Alfredo Motta Menezes, as tratativas por acordos para as eleições de outubro retratam o “continuísmo”. “Não existe mais oposição, todos só pensam em manter a base aliada e não se preocupam com os nomes dos partidos”, disse.

Segundo ele, lideranças só se preocupam em fortalecer a base aliada e esquecem-se de reforçar os partidos.

“Acaba uma eleição e todos já começam em se preocupar com o próximo pleito. Todos eles são políticos profissionais, apesar de não gostarem dessa denominação”, afirmou.

Menezes disse não ter ficado surpreso com o resultado da reunião, já que o estilo do governador, segundo ele, não é de confronto.

Pesquisa

Em pesquisa realizada pelo Instituto Mark e publicada no dia 3 de abril em um site de Cuiabá, o empresário Mauro Mendes (PSB) aparece na frente, com 49,5% das intenções de votos –votação que eliminaria um segundo turno.

O também empresário Dorileo Leal, do PMDB, tem 11,5% e está empatado tecnicamente com o vereador petista Lúdio Cabral, com 10,2%.

A pesquisa ouviu 576 eleitores de 90 bairros. A margem de erro é de 4,5% para mais ou para menos.

O nome do deputado Guilherme Maluf (PSDB) se manteve com 3%, quase junto com o prefeito Francisco Galindo (PTB) e com o vereador Francisco Vuolo (PR), ambos com 1,4%. Os indecisos somam 15,6%.

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